Este trabalho tem como objetivo o estudo das práticas sócio-educativas desenvolvidas no território do Parque Metropolitano de Pirajá, Salvador-Ba, e como elas funcionam enquanto estratégias de desenvolvimento local sustentável. Apesar de sua importância ambiental e histórica oficialmente reconhecida, as condições de abandono são visíveis e podemos considerar o risco de uma completa descaracterização desta área de Mata Atlântica. São utilizados mapas e análises cartográficas para observar a dinâmica sócioespacial em diferentes escalas, da realidade regional à local. Foram realizadas abordagens quantitativas e qualitativas para estudar as práticas sócioeducativas desenvolvidas pela Sociedade Primeiro de Maio, Movimento de Cultura Popular do Subúrbio, Associação de Moradores Nova Esperança de Ilha Amarela e o Instituto Oyá que atuam no entorno do parque, nos bairros de São João do Cabrito (Novos Alagados), Ilha Amarela e Pirajá. Tais experiências existem num contexto em que os conflitos contemporâneos (Alier, 2007) englobam desde a concepção atual de modernidade, bem como as conseqüências de suas incertezas na vivência cotidiana do território. As práticas socieducativas têm um papel fundamental no processo de reterritorialização (HAESBAERT, 2009) das comunidades que habitam a periferia da cidade, sendo essencial para o desenvolvimento local sustentável sua existência no Parque Metropolitano de Pirajá organizados em rede, por uma forte mobilização cívica reivindicando políticas públicas para uma gestão justa e participativa das cidades.