Interferência da oralidade na escrita: a representação gráfica de ditongos orais decrescentes
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Resumo
Esse trabalho analisa a realização variável dos ditongos orais decrescentes e na escrita de alunos de séries iniciais. A partir do pressuposto de que a língua oral mantém relações com a língua escrita, objetiva-se identificar as variantes utilizadas pelos alunos na representação gráfica dos ditongos [ey] e [ow], verificar qual desses ditongos sofre, com mais frequência, a redução da semivogal e investigar a influência de fatores linguísticos e sociais sobre o fenômeno em estudo. Baseando-se no aparato teórico-metodológico da Sociolinguística Variacionista ou Quantitativa, nos termos em que foi postulado por William Labov, esta pesquisa é composta de uma amostra de 48 exercícios, que foram aplicados em duas escolas da cidade de Conceição do Coité, uma da rede pública e outra da rede privada de ensino. Na análise do fenômeno em questão, consideraram-se fatores de ordem estrutural e social, a fim de verificar quais deles motivam ou não o uso de uma ou outra variante para representar graficamente os ditongos [ey] e [ow]. Os parâmetros linguísticos foram contexto fonológico anterior, contexto fonológico seguinte e posição do ditongo no vocábulo; e os sociais, gênero/sexo, série escolar e tipo de escola. Os resultados alcançados mostraram que: (a) as variantes padrão e são as mais utilizadas na escrita do que as não-padrão (monotongos e hipercorreção); (b) o ditongo apresentou maior tendência à monotongação do que ; (c) fatores linguísticos e extralinguísticos exercem influência para a não redução dos ditongos objeto deste estudo.