Educação em direitos humanos e educação de jovens e adultos: representações sociais de professores e alunos sobre a inserção da temática direitos humanos no currículo da EJA
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Resumo
Este estudo analisou as representações sociais de professores e alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) sobre inserção da Educação em Direitos Humanos (EDH) no currículo, buscando compreender as aproximações/distanciamentos entre as representações e o currículo em EDH na EJA. A motivação emergiu das itinerâncias enquanto alfabetizadora de jovens e adultos da pesquisadora. Partindo dessa inquietação, traçamos a seguinte questão para nortear esta pesquisa: Quais as representações sociais de professores e alunos acerca da inserção da Educação em Direitos Humanos no currículo da Educação de Jovens e Adultos na cidade de Ubaitaba-Bahia? Para referendar o estudo, dialogamos com Arroyo (2002), (2006), (2001; 2011); Capucho (2012); Freire (1982), (1987), (1988), (1992), (2004), (2005), (2011), (2014); Gadotti (2013); Haddad e Di Pierro (2000); Jodelet (1984); Macedo (2011), (2010), (2013); Mazotti (1994); Paiva (2003); Sacristán (2013), Scavino; Candau (2008); Soares (2004), (2000); Silva (2010); Silva; Tavares (2010), (2015); Ventura (2012); Viola (2010) dentre outros. Com uma abordagem qualitativa, a pesquisa utilizou o método do estudo de caso, e as técnicas para coleta de informações foram: análise documental, entrevistas semiestruturadas com duas professoras e grupo focal com 12 alunos. Para tratamento dos dados, recorremos à análise de conteúdo inspirado em Bardin (2006) e Franco (2012). O estudo revelou que a EDH foi inserida no currículo da EJA do município de Ubaitaba-Bahia em disciplinas isoladas, mas é trabalhada de forma aleatória. Já as representações de professores e alunos indicaram o desejo de que a mesma fosse trabalhada de modo transversal ou interdisciplinar. Evidenciamos alguns entraves para que isso ocorra e fizemos algumas recomendações. Assim, espera-se que, através dessas representações sociais, seja possível a sistematização de proposições curriculares para fomentar estratégias pedagógicas que possibilitem trabalhar as violações dos direitos humanos desses sujeitos, pois não temos pretensão de formular inferências irrefutáveis sobre as implicações da inserção da EDH no currículo da EJA, mas com outras propostas de pesquisas.