Relações sedimento – meiofauna como indicadoras de estresse ambiental em praias urbanas: um enfoque na ocorrência de Copepoda
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Resumo
As praias arenosas urbanas são ecossistemas dinâmicos que sofrem diversas pressões antrópicas, afetando a composição das comunidades bentônicas. A meiofauna, composta por organismos microscópicos dos sedimentos, é amplamente empregada como bioindicadora da qualidade ambiental devido à sensibilidade às variações físicas e químicas do habitat. Entre os grupos meiofaunais, os Copepoda se destacam pela abundância e rápida resposta às mudanças ambientais. Este estudo foi realizado nas praias de Boa Viagem e do Pina, na região metropolitana do Recife (PE), com coletas feitas entre novembro de 2024 e maio de 2025. As amostras foram analisadas no Laboratório de Geologia e Sedimentologia (LAGES) da Universidade do Estado da Bahia – Campus VIII, para extração e identificação da meiofauna. Foram identificados seis táxons, com predomínio de Copepoda (50%), seguidos por nematoda, polychaeta, oligochaeta, ostracoda e amphipoda. A abundância dos Copepoda esteve associada a sedimentos bem selecionados, o que evidencia a importância da granulometria na estruturação das comunidades. As análises granulométricas indicaram predominância de areia grossa a muito grossa, com alto grau de seleção, demonstrando a influência hidrodinâmica nesses ambientes. Os resultados mostram que a composição da meiofauna reflete as condições sedimentares locais, podendo ser utilizada como ferramenta eficaz no biomonitoramento de praias urbanas. O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre a estrutura granulométrica dos sedimentos e a composição da meiofauna, com foco no grupo Copepoda como indicadores da qualidade ambiental em ecossistemas costeiros.