Estoque e fracionamentos do carbono em solos de uma topossequência numa área de transição cerrado caatinga do oeste da Bahia
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Resumo
A conversão do uso do solo e a perda de vegetação nativa têm reduzido ainda mais os teores de matéria orgânica do solo (MOS) nos biomas brasileiros. Neste contexto a pesquisa teve como objetivo avaliar a influência de uma topossequência sobre os estoques e fracionamentos físico e químico do carbono em uma zona de transição Cerrado- Caatinga no Oeste da Bahia. Em campo foram coletadas amostras de solos nas profundidades de 0,00-0,20 e 0,20-0,40 m nas diferentes posições de uma topossequência (topo, ombro, meia encosta, pedimento e várzea).Foram avaliados os teores de carbono orgânico total (COT) e o fracionamentos químico e físico da MOS. Também foram calculados os estoques de carbono orgânico total (EstCOT). Os resultados demonstraram que a várzea apresentou os maiores teores e estoques de COT em ambas as profundidades, seguida pelas áreas de ombro e meia encosta, com o topo apresentando os menores valores. O carbono orgânico particulado (COp) foi mais expressivo no ombro, indicando maior presença de resíduos vegetais pouco decompostos. Em contrapartida, a várzea teve predomínio de carbono associados aos minerais (COam), relacionado à maior estabilidade físico-química da MOS. A labilidade do carbono foi maior no ombro na camada superficial, enquanto na camada subsuperficial se destacou na área do pedimento se diferindo significativamente das demais posições, refletindo o equilíbrio entre formas lábeis e estáveis de carbono, com implicações diretas na qualidade e sustentabilidade do solo. O fracionamento químico revelou que a humina (HUM), fração mais estável da MOS, foi predominante na área do ombro. A fração ácida fúlvico (FAF), mais lábil, destacou-se no pedimento, enquanto o ácido húmico (FAH) teve maior concentração no topo. As relações entre as frações orgânicas do carbono: AH/AF, EA/H e o índice de humificação (IH); indicam maior grau de humificaçãoda (MOS) na posição de topo da topossequência. Os resultados indicam que a topografia exerce influência significativa sobre os estoques e o fracionamento do carbono, evidenciando maior acúmulo e estabilização da matéria orgânica do solo.