O trabalho pretende discutir como foi sendo construída a idéia de uma política missionária em relação à presença indígena no Estado do Grão-Pará e Maranhão nos meados do século XVIII, que sempre se mostrou fértil de diversidades e complexidades culturais. Tomando como ponto de análise O trabalho dos padres jesuítas, examinamos documentação oriunda da antiga Junta de Missões, órgão governamental que dirigia e disciplinava a mão-de-obra indígena, bem como a atividade missionária e civil na região, e encontramos uma linha interessante para examinar os conflitos entre clérigos e índios e, em larga medida, alguns dos significados do processo de conquista, colonização institucionalização da legislação lusitana na Amazônia do século XVIII.