Como a história da flauta exemplifica a história da música
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Resumo
Desde o início, o homem foi atento o suficiente para sobreviver, esperto o bastante para criar, inteligente o suficiente para se adaptar e aperfeiçoar; mas quando questionamos a habilidade artística e a colocamos num quadro de inteligência X antiguidade X arte, o homem se torna limitado, burro e ritual. Reconhecemos e exaltamos sua incomparável habilidade de fazer ciência, de adaptar-se ao meio, mas expurgamos do nosso passado que o homem foi tão sábio quanto criativo nas artes. A criatura homem, sobreviveu, evoluiu, gritou, mordeu, comeu, imitou, cantarolou e no fim falou; a criatura homem, observou, aprendeu, replicou, aperfeiçoou e só então criou; a criatura homem, aprendeu, sorriu, chorou, lutou, matou e morreu, conquistou e foi conquistado, para só então tornar-se humano. Enquanto homem, admirou o canto dos pássaros, o som da chuva e o silencio da noite e desesperadamente ele imitou, criou instrumentos e fez música. Na música fez do canto dos pássaros seu canto primordial, e da flauta seu elo perdido, criado, replicado, aperfeiçoado e modificado; em diferentes eras o homem se fez arte junto a flauta, no que hoje chamamos de países, temos, mesmo que negados os mais diversos sons, de variados timbres e formatos, para as mais diversas etnias e funções; temos música, o canto das aves ensaiado em flautas, temos nossa conexão com o passado, disfarçada de brinquedo, de ritual ou simplesmente de diversão. O homem vem ouvindo música, a flauta segue fazendo música e o homem, deve reconhecer que andamos juntos, a mais tempo do que podemos imaginar.