As transformações sócio-econômicas da agropecuária no município de Feira de Santana-Bahia.
Data
Autores
Orientador
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Feira de Santana caracterizou-se historicamente como um centro de expressão no comércio, com destaque para os produtos agropecuários. O Município possui o segundo adensamento populacional do Estado e uma razoável estrutura econômica, beneficiada pela localização geográfica estratégica de entroncamento rodoviário que possibilita bons níveis de integração com as demais regiões do Pais. Nos anos 70, a política de incentivos fiscais, coordenada pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste — SUDENE, juntamente com a ação do governo do Estado e do Município, reforçam o papel comercial da cidade, através da implantação do Centro Industrial do Subaé. O CIS assumiu uma posição importante na economia feirense. integrando-a à dinâmica do desenvolvimento econômico nacional. A tecnologia então implantada refletiu-se na expansão das atividades agropecuárias, com o surgimento de indústrias de beneficiamento das matérias-primas agrícolas e no emprego maciço de equipamentos e insumos modernos que Incentivaram, principalmente, a pecuária e recentemente a produção hortifrutigranjeira. Por outro lado, a modernização agrícola em Feira de Santana contribuiu, para expropriar os camponeses por causa da intensa valorização das terras. Essas mudanças comprometem os pequenos produtores, parceiros e arrendatários na condição de reproduzir-se socialmente, devido à progressiva redução do espaço dos cultivos de subsinência. Esta situação força-os a recorrer ao assalariamento fora da unidade produtiva. Dessa forma, o estudo se propõe a analisar as transformações sócio econômicas espaciais, ocorridas na agropecuária, entre 1960 e 1996, decorrentes do processo de modernização. Esse processo representa o domínio do capital no campo e foi fortalecido pelos incentivos dirigidos pela política agrícola do governo.