O presente trabalho tem como objetivo discutir o funcionamento da Câmara Municipal da vila de índios de São José de Porto Alegre entre 1771 a 1794. Busca, igualmente, analisar a atuação indígena nesse espaço, as principais pautas das reuniões e os mecanismos utilizados para exercício de poder. A principal fonte utilizada foi o livro de atas do senado da câmara da vila, que abriga os termos de abertura de pilouros, de posse, de juramento, de rendimento, dos autos de audiência geral promovida pelo ouvidor da comarca, salvaguardado na seção colonial do Arquivo Público do Estado da Bahia. Para melhor amparar as discussões teóricas autores como Souza, Bicalho, Moreira, Curvelo dentre outros, foram fundamentais na construção deste artigo, pois além de aproximar nos do objeto de pesquisa, possibilitou trabalhar com as fontes, permitindo a compreensão do funcionamento da câmara, dos seus funcionários, das suas pautas.