Este artigo analisa as cisternas de produção como tecnologia social de convivência com o Semiárido no Assentamento Rose, localizado no município de Santaluz-BA, inserido no bioma Caatinga. A região é marcada por condições climáticas adversas, como escassez hídrica, altas temperaturas e longos períodos de estiagem, que historicamente impactam a agricultura familiar e a permanência das famílias no campo. A pesquisa é orientada pela seguinte questão: de que maneira as cisternas de produção contribuem para a convivência com o Semiárido e para a melhoria das condições de vida das famílias do Assentamento Rose? Nesse sentido, o objetivo geral do estudo é analisar o papel das cisternas de produção como tecnologia social no contexto da convivência com o Semiárido, considerando seus usos, limites e potencialidades. Metodologicamente, trata-se de um estudo de caso, com abordagem mista, que utiliza revisão bibliográfica, pesquisa documental e entrevistas com famílias beneficiárias. O referencial teórico fundamenta-se no paradigma da convivência com o Semiárido, destacando a importância das tecnologias sociais, das políticas públicas e da valorização dos saberes locais para a promoção da segurança hídrica e do desenvolvimento rural sustentável. O artigo contribui para o debate acadêmico sobre estratégias de adaptação às condições climáticas do Semiárido brasileiro, enfatizando a relevância de iniciativas contextualizadas e participativas no fortalecimento da agricultura familiar. Como desdobramento da pesquisa, será elaborado um produto pedagógico na forma de um folheto informativo ilustrado, com linguagem acessível, a ser distribuído na comunidade, com o objetivo de socializar conhecimentos sobre o uso, manejo e potencialidades das cisternas de produção, contribuindo para o fortalecimento da autonomia comunitária e para o aprimoramento das práticas produtivas no território estudado.