Reconhecimento da dor em felinos por meio da avaliação etológica e expressão facial
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Resumo
O presente estudo teve como objetivo investigar os principais parâmetros utilizados por médicos veterinários autônomos ou de clínicas particulares no município de Barreiras-BA para o reconhecimento da dor em gatos domésticos (Felis catus), dada a dificuldade de avaliação dos quadros de algia nesta espécie e o baixo enfoque da medicina felina na graduação. A pesquisa foi pautada na abordagem quali-quantitativa, utilizando como instrumento de coleta de dados um questionário composto por perguntas objetivas e objetivas. Como resultados, 60% dos participantes relataram ter aprendido a identificar sinais de algia em felinos na graduação, embora a análise estatística (teste Qui-quadrado, p = 0,964) não tenha demonstrado associação significativa entre tempo de atuação e este aprendizado, corroborando a existência de lacunas na formação. Observou-se que a maioria dos profissionais (93,3% para ambos) utiliza tanto parâmetros fisiológicos quanto comportamentais para avaliar a presença de dor no paciente felino. Foi evidenciado que critérios mais específicos para a espécie aludida , bem o uso de escalas de dor, são pouco citados, mas, quando citados, a Feline Grimace foi a escala mais conhecida. Quanto a avaliação prática de imagens, a maioria (80%) identificou corretamente a dor, mas cerca de 20% não obteve êxito em recomendar analgesia para um caso de dor intensa, indicando risco de subtratamento (oligoanalgesia). A conclusão aponta para a existência de lacunas na formação dos médicos veterinários quanto ao reconhecimento da dor em felinos, com baixa utilização de critérios mais específicos por profissionais sem formação complementar, o que sugere a necessidade de maior ênfase na etologia e nas ferramentas específicas de diagnóstico na graduação a fim de diminuir o subdiagnóstico e tratamento insuficiente dos processos álgicos.