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Navegando Pós-Graduação por Palavras-chave "Amílcar Cabral"
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- ItemRepresentação simbólica da bandeira do PAIGC e do Amílcar Cabral na comunidade dos Rabelados de Espinho Branco(2022-06-13) Semedo, Emanuel de Jesus Correia; Seibert, Karl Gerhard; Santos, Joceneide Cunha dos; Gonçalves, Maria de Lourdes SilvaRabelados é um fenômeno sócio-religioso surgido na Ilha de Santiago, Cabo Verde, inicialmente com a resistência de um grupo de fiéis às mudanças religiosas implementadas no seio da Igreja Católica em Cabo Verde, nos primeiros anos da década de 1940. Porém, somente no final da década de 1950 e início de 1960 em decorrência de atritos destas populações com outras autoridades do governo colonial português em Santiago, os Rabelados se organizaram em dezenas de pequenos núcleos populacionais em várias localidades no interior da ilha representando cerca de 2% da população santiaguense. Ao longo da trajetória histórica, adotaram estratégias de isolamento social e a coesão intragrupo no sentido de garantir a autonomia coletiva e a liberdade de viverem segundo seus valores sócio-religiosos tradicionais, mantendo o grupo afastado da sociedade maioritária até os finais da década de 1990. O presente estudo tem por objetivo investigar a relação entre os Rabelados do grupo Monte Santo com as autoridades políticas-administrativas do PAIGC/CV nos primeiros 15 anos pós-independência em Cabo Verde. Além disso, pretende-se analisar a representação simbólica da bandeira do PAIGC e a figura de Amílcar Cabral na comunidade dos Rabelados localizado em Espinho Branco, no município de Calheta São Miguel. Para isso, foi realizada a pesquisa histórica documental, alinhada à pesquisa etnográfica, possibilitando de melhor forma interpretar fenômenos específicos pertencentes à história dos Rabelados e as dinâmicas sociais atuais. Constatamos que os Rabelados demonstraram certa intimidade/veneração aos símbolos e a figura de algumas lideranças históricas do PAIGC. Com isso, atribuíram à bandeira do PAIGC e a figura de Amílcar Cabral uma dimensão sagrada. Porém, constatamos que a relação dessas populações com os “camaradas de Cabral” durante os primeiros 15 anos após a independência não foram pacíficas.