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Navegando Graduação por Palavras-chave "Contaminação"
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- ItemAnálise micológica em cascas de amendoins cozidos e comercializados em vias públicas e feiras livres em Paulo Afonso – Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2024-07-15) Gomes, Elian de Souza; Vitória, Nadja Santos; Nunes, Erika dos Santos; Silva, Mabel Sherlla Rozendo Campos daArachis hypogeae L., popularmente conhecido como amendoim, é uma importante fonte de proteína vegetal para consumo humano, tendo grande utilidade no Nordeste do Brasil. O amendoim cozido verde é considerado patrimônio imaterial de Sergipe, mas no Estado da Bahia as mulheres também mantêm uma tradição de cozinhar e vender amendoins. Estudos de fungos em cascas de amendoim geralmente são realizados em vagem de amendoim cru. Com intuito de diminuir essa lacuna, objetivou-se, nesta pesquisa, realizar um estudo de cunho taxonômico dos fungos presentes nas cascas dos amendoins verdes cozidos comercializados na cidade de Paulo Afonso – Bahia. Foram realizadas três expedições de coletas em 12 pontos de venda, nos períodos de setembro e outubro de 2023 e maio de 2024. As amostras foram acondicionadas em potes esterilizados e levadas ao Laboratório de Micologia da UNEB, DEDC, Campus VIII para o isolamento dos fungos em meio de cultura BDA (Batata Dextrose Ágar) acrescido com antibiótico Terramicina. Após isolamento, as estruturas fúngicas foram caracterizadas morfologicamente e identificadas. Foram verificadas as frequências e constâncias dos gêneros fúngicos encontrados, comparando-os entre os pontos de coletas. Também foi realizado um checklist para avaliar as condições higiênico-sanitárias dos locais coletados. Foram obtidos 355 isolados, abrangendo 275 fungos filamentosos e 80 leveduriformes, 11 clamidósporos e 49 mycelia sterilia. Dentre os filamentosos, os gêneros com estádio assexual foram Aspergillus, Aureobasidium, Cladosporium, Curvularia, Fusarium, Geotrichum, Mucor, Nigrospora, Penicillium, Phoma e Rhizopus. Eurotium foi o único gênero de morfo sexual isolado neste trabalho. Aspergillus e Cladosporium foram os fungos mais frequentes e constantes. Nos pontos de vendas, foram observadas condições de exposição imprópria do amendoim, além de falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual como máscara e luvas), higienização inadequada, manuseio e distanciamento inadequados e presença de animais como cães e pombos. O risco de contaminação está geralmente ligado à falta de manutenção das boas práticas de higiene durante o manuseio, transporte, comércio e consumo desse produto. Mitigar esses riscos envolve a adoção de fiscalização e controle da qualidade sanitária em locais de venda, ensino das boas práticas de manipulação aos vendedores e de higiene à comunidade. A maioria das pesquisas micológicas em amendoins são concentradas no estudo das sementes e vagens cruas. Publicações sobre a micobiota epifítica em cascas de amendoins cozidos e comercializados para consumo são inexistentes, sendo esse um estudo pioneiro.