Bacharelado em Enfermagem- DCV1
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Navegando Bacharelado em Enfermagem- DCV1 por Palavras-chave "Assistência"
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- Item“O papel da enfermeira aqui é muito diferente...”: a enfermeira e a redução de danos nos capsad(Universidade do Estado da Bahia, 2018) Santos, Diana Ramos de Oliveira; Sousa, Laio Magno Santos deO modelo anterior ao proposto pela reforma psiquiátrica, considerado modelo asilar, compreendia a atenção a saúde mental de maneira institucionalizada e de cunho exclusivamente medicamentoso. No aspecto do uso problemático de substâncias psicoativas (SPAs) a criminalização da droga e do usuário, a estigmatização e a premissa da abstinência para o cuidado era o que norteava a atenção aos usuários. Com as mobilizações sociais que culminam nas propostas da reforma psiquiátrica e da luta antimanicomial tem-se a gradativa implementação das ações baseadas em políticas públicas norteadas pela estratégia de redução de danos e desinstitucionalização, e a reorientação da formação e atuação profissional na atenção aos usuários de drogas. A enfermeira desempenha papel fundamental na produção do cuidado por estar inserida nos diversos serviços da Rede de Atenção Psicossocial como o Centro de Atenção Psicossocial álcool e outras drogas (CAPSad). Esse estudo tem por objetivo analisar as ações da enfermeira à luz da redução de danos aos usuários de substâncias psicoativas nos CAPSad. É um estudo de campo, de abordagem qualitativa, realizado nos CAPSad da cidade de Salvador/BA, tendo como sujeitos da pesquisas enfermeiras que atuassem nesses serviços. Foram entrevistadas 6 enfermeiras e utilizada a análise de conteúdo temática. A partir das entrevistas realizadas emergiram desafios para implementação da redução de danos e as ações desenvolvidas pelas enfermeiras nesses serviços. Através da análise desses resultados foi possível perceber aspectos que dificultam a implementação das ações da redução de danos como: a formação na perspectiva psiquiátrica, a moralidade no campo do uso de drogas, questões políticas como proibicionismo e guerra às drogas, a diferenciação entre o cuidado ao usuários de drogas e o sujeito com transtorno mental e o contato com instrumentos de trabalhos antes não discutidos na graduação como o cuidado e o acolhimento. No que tange as ações desenvolvidas foi observado a realização de oficinas, acolhimento inicial, estabelecimento do Técnico de Referência, ações fora do serviço, acupuntura, terapia através da música, atendimentos individuais e também atividades técnicas como administração de medicamentos. Ao final desse estudo concluiu-se que é necessário que o debate acerca das drogas e do uso, na perspectiva da redução de danos, continue a ser difundido na sociedade para promoção de transformação do imaginário social acerca desta questão, visto que, ainda é percebido a compreensão do ideal de uma sociedade sem drogas embasado em conceitos moralistas. Isto repercute no processo formativo das enfermeira e no desenvolvimento de suas ações, que estão em processo de ressignificação dentro do campo da saúde mental e das drogas, mas que ainda apresentam concepções e práticas que são contraditórias à política de redução de danos.