Navegando por Autor "Rios Júnior, Jairo Soares"
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- ItemFormas de bem morrer em Serrolândia: intimidade fúnebre numa cidade do interior (1930-1980)(UNEB, 2004) Rios Júnior, Jairo Soares; Fraga Filho, WalterA historiografia sobre assuntos fúnebres vem crescendo no Brasil, porém, até o momento, ela ficou restrita aos grandes centros urbanos e às mudanças que se processaram com a modernização desses espaços. As representações de morte dos moradores dos povoados, vilas e pequenas cidades ficaram à margem de tais trabalhos. Serrolândia, no interior da Bahia, apresentava comportamentos fúnebres peculiares em relação às atitudes já analisadas por alguns historiadores sobre outras cidades brasileiras. A proximidade com o meio rural, a ausência de catolicismo ortodoxo e de médicos no lugarejo fizeram emergir um ritual e representação mortuárias próprias de uma população que vivia do campo. Mas os moradores de Serrolândia passaram a incorporar novos elementos em seus rituais a partir da década de 1960, quando os evangélicos chegaram na cidade construindo um cemitério particular, onde eles poderiam expressar suas crenças e representações fúnebres de acordo com seus dogmas. Outro elemento importante nessa mudança de atitude em Serrolândia foi o aparecimento dos médicos, apoiados pelos representantes politicos, e suas idéias sobre higiene e controle de doenças.
- ItemNarrativas de fé e outras histórias dos Batistas em Serrolândia(Universidade do Estado da Bahia, 2012-08-02) Rios Júnior, Jairo Soares; Farias , Sara Oliveira; Silva, Elizete da; Severs , Suzana Maria de Sousa SantosEste trabalho analisa narrativas de batistas e católicos de Serrolândia diante da chegada da Denominação Batista na localidade e das tensões que se desenrolaram a partir disto entre as décadas de 1950 e 1980. O estudo e a contextualização dos discursos sobre a ideia de “vida mundana” dos primeiros protestantes da cidade deram sentido à construção do enredo sobre as divergências entre os que eram católicos e os que se converteram à Denominação. “Ser do mundo” significava viver fora das doutrinas pregadas pelo grupo religioso batista. O trajeto para transmutar-se em “ex-mundano” seguia passos que iam do arrependimento dos pecados, passando pela conversão, doutrinamento, teste de fé – com a Confissão de Fé - e, finalmente, o batismo. Esta ordenança dava credibilidade ao neófito em relação à salvação. O indivíduo tornava-se, então, não apenas membro da Denominação Batista, mas também um servo de Cristo que aguardava o esperado e garantido encontro com o Senhor. Esses protestantes assumiam comportamentos diferenciados do restante da população serrolandense e delimitavam espaços de convivência para fugirem do que consideravam ultrajante à sua doutrina. Assim, tensões com o oponente católico configuraram-se nas narrações, que produziram discursos de conflitos em nome de poder e espaço até fins dos anos de 1970, quando Serrolândia passou a receber outras Denominações protestantes e alguns membros batistas ganharam respeitabilidade pela posição econômica que tinham