Navegando por Autor "Lima, Maria Nazaré Mota de"
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- ItemCaras de farinha: espaços de cultura, educação e afirmação de identidades(Universidade do Estado da Bahia, ) Santana, Jeanne Lopes; Lima, Maria Nazaré Mota de; Costa, Suzane; Santos, Stella Rodrigues dos; Costa, Edil SilvaEste estudo busca compreender o cotidiano das casas de farinha na comunidade de Panelas-Ba, nas relações de convivência que perpassam a produção da farinha como um processo educativo possibilitando a construção e a difusão de saberes culturais. Associando a educação, cultura e identidade o estudo se baseia em, Caldart ( 2000 ) com as pesquisas relacionadas a educação do campo; as práticas educativas, Freire (2007) com prática social, produtiva e de relações humanas; cultura e identidade, relacionada aos saberes de geração em geração e Brandão (2007) que concebe as praticas educativas nas casas de farinha como situações de ensino aprendizagem .Utilizei entrevista semiestruturadas, observação participante, conversas cotidianas, e o uso de fotografias dos espaços das casas de farinha para que a produção de dados permitisse a construção da pesquisa. Nesses espaços, as práticas da produção da farinha de mandioca informam e materializam saberes que são socializados nas relações de convivência na comunidade e que nas escolas, muitas vezes, são descartados. Os moradores da comunidade buscam manter a continuidade da cultura do ato de fazer farinha, manualmente e sem a utilização da tecnologia com os fornos elétricos, utilizam práticas de aprendizagem que são dinamizadas por meio do aprender fazendo, da oralidade e da observação.
- ItemDevir negro: por democracia e cidadania cultural do Brasil(2016-12) Lima, Maria Nazaré Mota de; Santos, Osmar Moreira dosTrata-se de uma reflexão sobre a problemática do negro no Brasil atual em que se aponta a necessidade de nos posicionarmos contra o retorno da “Casa Grande/Senzala” e suas violências simbólicas, jurídicas, sociais e econômico-políticas. A partir das recentes conquistas sociais, educacionais, políticas e culturais, num Brasil democrático, em que se exercitou a passagem de um povo escravizado para uma multidão, cada vez mais livre, a imagem do devir negro, neste livro, além de traçar as linhas de um processo de subjetivação forte, aponta, ainda, para uma efetiva ocupação, nossa, do Estado como uma instituição de direito público e não, ao contrário, como instituição policial e de exceção. Além da crítica das representações, do racismo e do epistemicídio, precisamos, urgentemente, reinventar as instituições.
- ItemDiscursos sobre formação continuada: influências na construção identitária das professoras de Lingua Portuguesa(Universidade do Estado da Bahia, ) Santos, Iramaia da Silva; Moreira, Claudia Martins; Ferreira, Andrea Tereza Brito; Lima, Maria Nazaré Mota deEsta dissertação analisa as maneiras como o discurso autorizado sobre formação continuada se reflete no discurso das professoras de Língua Portuguesa da escola Castro Alves, da rede municipal de ensino, na cidade de Alagoinhas. Desse modo, visa-se propor uma análise acerca da construção de discursos sobre saberes, práticas pedagógicas e construção de sentidos atribuídos a essas professoras e da sua implicação na construção das identidades docentes e nas representações que dela são geradas. A base teórico-metodológica deste trabalho parte dos estudos no âmbito da pesquisa qualitativa por ser uma forma de fazer pesquisa baseada nos fenômenos sociais, sendo a obtenção de dados descritivos mediante contato direto e interativo do pesquisador com a situação objeto de estudo parte de sua metodologia. Outros dados selecionados, gerados em pesquisa, foram os princípios do programa GESTAR referentes a quais competências foram construídas como política de formação do professor de Língua Portuguesa e as transcrições das falas das professoras de Língua Portuguesa que participaram do programa GESTAR, obtidas através da aplicação de entrevistas que nos mostraram como os discursos em torno da formação continuada constroem e reconstroem as identidades dessas professoras. Este trabalho apresenta uma posição crítica diante dos modos como estão sendo construídos os processos identitários que criam a ideia do que é ser um professor. A partir dos estudos realizados foi possível perceber que os discursos, tanto em relação aos princípios do programa GESTAR quanto os das próprias professoras, constroem uma política identitária e valores diretamente encalçados na construção formativa da sua profissionalidade.
- Item“Embaixo do pé do louco” políticas curriculares e a produção de material de apoio para a educação escolar qulombola em São Francisco do Conde/BA(2021-10-30) Gelard, Fabiana Pedreira; Oliveira, Iris Verena Santos de ; Lima, Maria Nazaré Mota de; Silva, Claudilene Maria da; Moreira, Núbia ReginaO Estado da Bahia é hoje o segundo maior estado em número de comunidades quilombolas certificadas, são cerca de 811 segundo dados da Fundação Palmares. A Educação Escolar Quilombola enquanto modalidade da educação teve suas diretrizes instituídas em 2002. Desde então, as pesquisas sobre educação escolar quilombola no Estado da Bahia apontam que as Diretrizes Curriculares Quilombolas não são implementadas pelas escolas situadas em quilombos. Utilizando como referencial analítico os estudos de Stephen Ball, Mag Maguire e Annette Braun (2016), em que se compreende que as políticas não são simplesmente atuadas pelas escolas, mas são por elas também produzidas, essa pesquisa tem como objetivo: compreender os processos de interpretação e tradução das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola feitos pela Escola José de Aração. Além disso, por se tratar de um mestrado profissional em educação, a pesquisa tem como produto educacional a criação de um material de apoio pedagógico com as histórias, os causos e a cultura da Comunidade Quilombola do Monte Recôncavo. A pesquisa tem como fundamento epistemológico os estudos decoloniais (QUIJANO, 2009; MIGNOLO, 2003; WALSH, 2009; 2014) e utiliza a Escrevivência (EVARISTO, 2020) como metodologia de pesquisa, uma vez que a mesma possibilita borrar os lugares entre pesquisadores(as) e pesquisados(as), em uma tentativa de fuga de simplificações que colocariam pesquisadores(as) como escribas das escrevivências quilombolas montenses. O processo de busca envolve encharcar-se com as vivências quilombolas monteses e também produzir narrativas sobre os afetos e trocas produzidas neste encontro. A conversa foi assumida como dispositivo de pesquisa e, através dela, houve uma tentativa abrir-se para o outro, com afeto, atenção e cuidado, que constitui esse movimento de troca, em que não há um ser que pergunta a espera de respostas muitas vezes esperadas e pré-concebidas (SAMPAIO; RIBEIRO; SOUZA, 2018). Na análise das informações foi (re)construído o caminho das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola até sua chegada na escola, nesse caminho novas atuações e sentidos vão sendo dados, o que demonstra que, atualmente, falar que a escola não implementa as Diretrizes pode não ser o meio mais eficaz de pensar sobre o trato das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na escola. A Escola José de Aragão Bulcão vem realizando ao longo de todo esse tempo de instituição das Diretrizes uma série de atividades tendo a Comunidade Quilombola do Monte Recôncavo-BA com protagonista das ações. Em um contexto político educacional em que ainda há algumas incompreensões acerca da Educação Escolar Quilombola, ter uma escola que se preocupa em transformar em atividades as vivências da comunidade é um passo muito grande para o fazer político da Educação Escolar Quilombola.
- ItemEscrituras de “índio”: modos estéticopolíticos de combater e superar as ordens de despejo(Universidade do Estado da Bahia, 2019-06-03) Pinto, Juliene Cristian Silva; Santos, Osmar Moreira dos; Lima, Maria Nazaré Mota deUm dos ganhos do Movimento Indígena nos anos 1970 foi a consolidação de um ativismo específico, nas malhas do Brasil (BANIWA, 2006). Por meio dele, os indígenas puderam articular uma mobilização estético-política aguerrida, cujas bases perpassam a destruição da história única. Tomando as dimensões histórico-culturais e sociopolíticas desse fio condutor, o estudo trata de uma interpretação teórico-crítica, que discute os elementos epistemológicos da elaboração do indígena brasileiro formulados pelas políticas indigenista e indianista, lançando luzes sob a política indígena, que busca reconfigurar o imaginário coletivo e subverter a naturalização das narrativas logocêntricas (MUNDURUKU, 1999, 2000, 2004; 2006, 2008, 2010, 2012; POTIGUARA 2004; JEKUPÉ, 2003). No plano do método, o corpus considerou o mapa dos rastros da cobiça do Estado brasileiro, de caráter catequizador e integracionalista, petrificados numa tradição política composta pelas ordens de despejo linguístico, cultural, territorial e ontológico (VIVEIROS DE CASTRO, 2002; COELHO, 2006). Ao fazer isso, os dados evidenciam uma avaliação da política indianista enveredada pelo discurso de acomodação aos destinos fictício, utópico, apocalíptico e invisível, adentrando nas linhas de fuga e reversão operacionadas pelos modernistas. Os seus desdobramentos compreendem a nova história indígena, que envolve a questão da autoria e do protagonismo, aqui, (re) pensada sob os termos do substrato político pedagógico e do debate intercultural aberto nos anos 1980-1990. Essa leitura aponta que a política indigenista, em grande medida, pôs em prática as referidas ordens de despejo para a extinção física e simbólica dos povos indígenas, e nos interstícios deixou escapar a autoria (CUNHA; VIVEIROS DE CASTRO, 1985; CLASTRES, 1978). Esvazia-se, portanto, o discurso falacioso de invisibilidade e silenciamento, fomentado, inclusive, pela política indianista, de cunho romântico e Pré-Modernista que deu seguimento à barbárie. Para além disto, contribui com o acervo de produções de temática indígena para o Laboratório de Edição Fábrica de Letras no Programa de Crítica Cultural, e, na formação continuada de estudantes e professores, como um chamariz que realça o discurso contra -hegemônico ao revisitar a história indígena e reconhecer formas de ação dos próprios sujeitos a fim de fazer circular a criatividade e a memória ancestral frente ao discurso único que os invade.
- ItemFluências lexicais africanas e afro-brasileiras no processo de construção identitária dos estudantes da Escola Municipal Eugênia Anna dos Santos(2014-04-25) Dourado, Lise Mary Arruda; Abbade, Celina Márcia de Souza; Carvalho, Nelly, Medeiros de; Silva, Vanda Machado da; Lima, Maria Nazaré Mota de; Silva, Ana CéliaOs aportes negro-africanos e suas múltiplas combinações na Língua Portuguesa, presentes na oralidade afro-brasileira, ainda não são devidamente reconhecidos pelo cartesianismo predominante nos currículos da maioria das escolas do Brasil, sendo preteridos no ensino da língua vernácula. Há, entretanto, raras e louváveis exceções, a exemplo do que ocorre na Escola Municipal Eugênia Anna dos Santos, em Salvador, Bahia, vinculada ao terreiro Ilê Axé Opô Afonjá. Nesta tese, um estudo de caso realizado na referida escola, investigamos sobre as práticas curriculares que envolvem vivências com lexias africanas e afro-brasileiras e o impacto sociolinguístico na construção identitária dos estudantes. A partir de observações in locus, tais vivências são descritas, orientadas pela contação de mitos afro-brasileiros como eixo fundante de todas as disciplinas, as quais ocorrem por meio de: uso seleto e diligente de livros didáticos e paradidáticos; uso cotidiano de saudações de gentileza, em yorubá; consultas lexicográficas e elaboração de pequenos dicionários; nominações na ambientação escolar e nos espaços circunvizinhos; cânticos em yorubá e wolof. Nesta pesquisa qualitativa, situada em uma zona fronteiriça entre Educação e Linguagem, realizamos uma escuta dos falares de um grupo amostral de 12 estudantes, na intenção de identificar a fluência de tais lexias no uso cotidiano e de que forma esse contato lhes provoca sentimentos de pertença identitária. Dialogamos com autores que defendem uma educação voltada para a pluralidade cultural (NASCIMENTO, MUNANGA, entre outros), e que discutem o conceito de identidade a partir da língua (RAJAGOPALAN), em consonância com o conceito de identidade nos estudos culturais (HALL, BAUMAN). Nos falares dos estudantes, foram verificadas 65 lexias africanas e afro-brasileiras, categorizadas e glosadas, considerando o contexto em que surgem. A análise dos dados possibilita concluir que tais fluências lexicais conduzem os estudantes ao conhecimento do legado cultural afro-brasileiro, à desconstrução de estereótipos referentes ao sujeito negro e a construções identitárias pautadas no respeito à diversidade.
- ItemO Programa Mais Educação: uma análise sobre a diversidade cultural e os estudos do letramento na perspectiva institucional(Universidade do Estado da Bahia, 2014-05-26) Leite, Adilsomar de Oliveira; Messeder, Suely Aldir; Lima, Maria Nazaré Mota de; Batista, Maria LimaEsta pesquisa versa sobre o Programa Mais Educação (PME) nas escolas brasileiras, instituído pela Portaria Interministerial nº. 17/2007 e pelo Decreto nº. 7.083/2010, e que faz parte do Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação brasileiro. O objetivo deste trabalho é analisar a relação do PME com o letramento e a diversidade cultural na perspectiva institucional. Para embasar a pesquisa, são revisitados autores/as que conceituam a questão do letramento, da diversidade cultural e da educação integral. Como fonte de pesquisa, são analisadas publicações oficiais relacionadas a essa iniciativa, como as versões disponíveis do Manual Operacional do PME e videoconferências realizadas pelo Ministério da Educação no ano de 2013. O trabalho subdivide-se, primeiramente, em uma breve explanação sobre a educação integral e os estudos do letramento, refletindo sobre a diversidade cultual; em seguida, apresentam-se os Manuais Operacionais do PME dos anos de 2008 a 2013, sendo feita sua descrição e análise, procedimento esse denominando de reformulações macro e micro escolar; por fim, analisam-se as videoconferências do programa dividindo-as em análise vertical (explanação sobre as falas da diretora do Programa) e análise horizontal (fusão das ideias comuns entre elas), cotejando-se os discursos com o pensamento de variados teóricos. O estudo mostra que, apesar de tais matérias fazerem referência ao letramento e à diversidade cultural, não se discute a forma contundente como essas questões incidirão sobre as classes denominadas pelo PME de "populares" e sua cultura, de maneira que possam transformar socialmente as vidas daqueles atendidos por essa iniciativa governamental. Conclui-se, portanto, que o Programa pode ser viável se ao longo dos próximos anos for mais bem estruturado visando a atender os interesses reais e coletivos dos meninos e meninas do sistema educacional brasileiro que convivem com um currículo hegemônico e excludente, eminentemente eurocêntrico, com ações que, em sua maioria, não levam em consideração as vivências e o modo de vida desses sujeitos.
- ItemProfessoras da educação básica egressas da política de cotas na UFBA: experiências formativas, percepções e práticas em torno da reeducação das relações étnicoraciais(2015-06-11) Jesus, Carla Cristina dos Santos de; Queiroz, Delcele Mascarenhas; Santos, Dyane Brito Reis; Silva, Valdélio Santos; Lima, Maria Nazaré Mota deEste trabalho destaca o contexto contemporâneo das políticas de Ações Afirmativas com recorte racial na educação básica e ensino superior. Discute os impactos de tais políticas sobre a trajetória educacional e profissional de mulheres negras que se tornaram professoras através do acesso à graduação em Pedagogia na Universidade Federal da Bahia (UFBA) pelo sistema de cotas (entre 2007 e 2009), em um cenário no qual a legislação educacional orienta para o exercício da reeducação das relações étnico-raciais através da lei 10.639/03. Aporta metodologicamente na pesquisa qualitativa, utilizando a biografia através da entrevista narrativa e a observação de inspiração etnográfica, para analisar as experiências formativas, especialmente a trajetória universitária na condição de cotistas, as percepções e práticas dessas professoras acerca das desigualdades raciais e combate ao racismo e discriminação na prática escolar. Os encontros com as experiências formativas e de atuação profissional das professoras Elane, Rita, Iracema, Valdete e Odara nos conduziram, principalmente, às seguintes conclusões: existe uma invisibilidade no currículo oficial do curso de graduação em Pedagogia da UFBA em torno das temáticas voltadas para a implementação da lei 10.639/03, mas a vivência acadêmica em Programas de Permanência e em disciplinas optativas ofertadas esporadicamente por alguns professores comprometidos com a temática racial possibilitaram uma prática pedagógica pautada no compromisso de reeducar para as relações étnico-raciais.
- ItemRelações étnico-raciais na escola: o papel das linguagens(2016) Lima, Maria Nazaré Mota deA obra aborda a complexa questão das relações étnico-raciais na escola, trazendo algumas reflexões sobre o uso das linguagens neste espaço, onde se encontram sujeitos com múltiplas identidades, envolvidos na produção de conhecimentos. São reflexões fruto do Curso de Doutorado em Letras e Linguística na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e das vivencias da autora na Formação de Professores(as) sobre História e Cultura Afro-brasileira e Africana, desenvolvidas pelo Programa Educação para Igualdade Racial e de Gênero - CEAFRO do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO). O texto discute linguagens, identidades, poder, mostrando a sua relação com o processo formativo. Os eixos temáticos apresentados buscam contribuir para a reversão do racismo, abordando aspectos da cultura afro-brasileira na educação, na escola, nas linguagens e na formação de professores/as.