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Navegando Graduação por Autor "Almeida, Aurelina Ariadne Domingues"
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- ItemArlindos e negros: o nome próprio em uma irmandade de cor na Bahia dos séculos XIX e XX(UNEB, 2017-09-17) Souza, Hirão Fernandes Cunha e; Coelho, Juliana Soledade Barbosa; Almeida, Aurelina Ariadne Domingues; Santos, Elisângela Santana dos; Santos, Lucas Campos; Silva, Jorge Augusto Alves daA presente Tese teve como escopo realizar um estudo sobre os antropônimos existentes em uma inédita base de dados, isto é, os requerimentos de entrada de novos sócios da Sociedade Protetora dos Desvalidos, uma irmandade de cor, criada em Salvador, no século XIX. Para realizar tal propósito, foi necessário voltar no tempo e entender como surgiram os antigos sistemas de nomeação, ou seja, o latino e o germânico, as mudanças sofridas em cada um deles e, por fim, como se deram essas mudanças, dando origem a outras práticas de nomeação, tomando como base o aporte teórico de vários autores, a exemplo de Câmara Jr. (1975), Piel (1960), Bourin (2001), Castro (2006) e Carvalhinhos (2007). Fez-se necessário também mostrar como as novas práticas de nomeação foram se desenvolvendo (expandindo para outras áreas fora da Europa) e como se deu a criação de leis para recepcionarem essas práticas. Além disso, objetivou-se trazer à baila a discussão sobre a antroponímia dessa parcela negra da população de Salvador, para tentar explicar, sociohistoricamente, o porquê de esses negros terem recebido, em sua maioria, nomes de origem europeia em detrimento de seus nomes de procedência africana. Para alcançar tais objetivos, os antropônimos foram catalogados e analisados, somando um montante de 649 prenomes, e foi feita uma pesquisa de cunho etimológico, buscando a origem dos nomes levantados a partir do confronto entre os dados extraídos do corpus e os dados fornecidos pelo Dicionário etimológico da língua portuguesa: nomes próprios, de Antenor Nascentes, de 1952, e pelo Dicionário onomástico etimológico da lingua portuguesa, de José Pedro Machado, de 2003. Como esperado, pelos resultados alcançados, percebeu-se que foi mantida a tradição lusa, já que a maioria dos antropônimos seguiu a prática portuguesa de nomear. No entanto, como meta última de análise, tencionou-se também identificar a possível presença de prenomes destoantes da tradição e, pelos dados, foi possível perceber que, mesmo com a forte presença dessa tradição nos antropônimos da SPD, constatou-se uma encurtada mudança, com a ocorrência de 22 antropônimos considerados neológicos, uma quantidade pequena, diga-se de passagem, mas que já mostra uma pequena fissura nessa tradição e aponta novos caminhos para os estudos antroponímicos no Brasil.