Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado Acadêmico) em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC)
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado Acadêmico) em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) por Autor "Almeida, Carla Verônica Albuquerque"
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- ItemAngústia do professor, afeto que não engana: um estudo em representações sociais(2020-06-11) Silva, Marcos Vinícius Paim da; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Almeida, Carla Verônica Albuquerque; Nascimento, Ivany Pinto; Souza, Elizeu Clementino de; Farias, Larissa Soares Ornellas; Bomfim, Natanael ReisTrata-se de uma pesquisa denominada Angústia do professor, afeto que não engana: um estudo em representações sociais e que tem como objeto a angústia do professor, cujo construto da angústia foi analisado a partir da referência psicanalítica lacaniana. Desta forma, o tema foi consolidado pela seguinte inquietação: quais as representações sociais que o professor tem sobre a angústia na sua práxis pedagógica, e de que maneira esse afeto revela ser uma possibilidade desse professor sujeito perceber os (im)passes implicados e que repercute na educação contemporânea? Assim sendo, a pesquisa que aqui se apresenta tem por objetivo geral apreender as representações sociais sobre a angústia do professor, e de que forma passam a serem objetivadas e ancoradas à práxis pedagógica, no sentido de ressignificar as ações docentes desse sujeito professor. Os objetivos específicos versam: a) capturar os (im)passes que o afeto angústia revela na práxis pedagógica do professor implicados na educação contemporânea; b) identificar os aspectos psicossociais sobre a angústia do professor, e como este afeto pode ressignificar suas ações docentes; c) analisar as representações sociais da angústia do professor, no sentido de alavancar as objetivações e ancoragem que possibilitam o seu ato educativo. O traço metodológico se delineou guiado pela modalidade da pesquisa qualitativa em que foi elencado como lócus uma escola pública da rede federal, o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Baiano – IFBAIANO (Campus Governador Mangabeira-Ba). Os sujeitos professores do ensino médio de áreas distintas do conhecimento foram em número de 08 e de ambos os sexos, cujas representações sociais apreendidas a partir do objeto investigado geraram análises através da entrevista semiestruturada, desenho e grupo focal. Os dados obtidos frutos da coleta foram analisados sob a perspectiva da análise de discurso de vertente francesa. As representações sociais foram definidas como principal aporte para a escuta do professor acerca da angústia, valendo-se de sistemas socialmente elaborados, bem como dos processos de objetivação e ancoragem. A concepção teórica da pesquisa foi sustentada em: Moscovici (1978; 2003; 2011a; 2011b ;2012); Jodelet (2009; 2001; 1990;1989); Marková (2006; 2017); Alves-Mazzotti (1998 2000; 2002), no campo das representações sociais; Freud (200; 2014;2014); Lacan (2004); Laplanche (1996); Kierkegaard (2010); Miller (2007), no que diz respeito ao construto da angústia; Bauman (2012); Charlot (2013); Nóvoa (1995; 2007); Ornellas (2005; 2013; 2015; 2015), no que concerne à educação atual. A pesquisa revela que a angústia do professor observada na educação contemporânea está ancorada em representações sociais de: desinteresse do aluno, atualização, resiliência, docência compartilhada, indisciplina e desafio em ensinar/aprender.
- ItemA Professora nos entremuros do cárcere(2014-12-15) Almeida, Carla Verônica Albuquerque; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Rabinovich, Elaine Pedreira; Nascimento, Ivany Pinto; Souza, Elizeu Clementino de; Nunes, Eduardo José FernandesTrata de uma pesquisa doutoral nomeada de A professora nos entremuros do cárcere alicerçada na abordagem processual moscoviciana da teoria das representações sociais sobre o fazer docente, experenciada no cotidiano carcerário e tem como objetivo, apreender as representações sociais da formação, dos saberes e práticas pedagógicas de professoras que atuam em uma escola prisional. O problema da pesquisa versa sobre: que lugar e posição tem as representações sociais da formação, dos saberes e práticas pedagógicas da professora que constrói seu exercício docente numa escola prisional e quais as implicações do entremuros para o processo de ensinar e aprender? Nesta perspectiva, o estudo se delineia no contexto de oito professoras que exercitam seu ofício numa escola prisional. O referencial teórico estudado contextualiza a educação formal em um ambiente prisional, a formação de professores que atuam neste espaço, as representações sociais de suas práticas pedagógicas e está alicerçado nos estudos de Foucault (2011), Moscovici (2001, 2004, 2011), Ornellas (2001, 2007, 2009, 2011), Nóvoa (1995, 2002, 2009, 2011), Tardif (2000, 2002, 2008) bem como de outros teóricos fundantes que fazem o matiz do bordado teórico metodológico. A tessitura metodológica se fundamenta numa abordagem qualitativa, com ênfase no método das representações sociais e do estudo de caso. Os instrumentos aplicados para a colheita de dados foram: a observação, a entrevista narrativa e o desenho. Com relação aos dados foram construídas categorias descritivas e analíticas e analisados pela vertente da análise do discurso. Os resultados apontam que, embora a prática docente se dê em um espaço marcado pelo imprevisível e improvável, cujos alunos mostram-se visivelmente afetados pelo amódio, a pesquisa revela que as professoras exercem sua função com prazer, mesmo apontando as lacunas da formação e ausência de políticas públicas destinadas à educação prisional e o impacto do dispositivo do cárcere sobre a professora- sujeito e seu exercício na escola. O cruzamento dos dados entre os três instrumentos expressa que os significantes: professora no cárcere, ensinar e aprender, (im)possibilidades e relação professor e aluno/afeto, foram recorrentes o que denota a pertinência do rigor no processo da análise. Nesta perspectiva, a tese a qual defendo expressa que as representações sociais da professora no entremuros do cárcere estão ancoradas em representações sociais de: formação, na escolha, no cotidiano do cárcere, nas (im)possibilidades, na prática pedagógica e no afeto. É uma aposta, em que o objeto educação no cárcere se mescla com as narrativas e o senso comum emerge revelando-se em ato, emancipado cientificamente.