Pós-Graduação
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Navegando Pós-Graduação por Orientador "Oliveira, Rozilda Vieira"
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- ItemComunidades quilombolas do Vale do Iguape, Bahia: histórico de uso, manejo e qualidade dos solos pelo habitar quilombola(Universidade do Estado da Bahia, 2023-09-04) Santos, Daiane Cristina Maltez dos; Oliveira, Rozilda Vieira; Lima, Genilda de Souza; Souza, Sirius OliveiraA qualidade dos solos foi um fator decisivo para implantação do projeto de ocupação portuguesa na região recôncava da Kirimurê e permitiu sua exploração por cerca de trezentos anos sem registros de adoção de práticas de conservação dos solos. Após mais de 500 anos de exploração e ocupação desconsiderando os usos tradicionais e mesmo com a delimitação de áreas protegidas, a diversidade biológica associada aos remanescentes de Mata Atlântica, manguezais, restingas e áreas úmidas, ainda se encontra sob a ameaça do capital do modo habitar colonial. Esta pesquisa tem como objetivo avaliar o uso, manejo e qualidade do solo nas comunidades da RESEX Marinha da Baía do Iguape, sob a perspectiva quilombola. Para realização do estudo foi realizada pesquisa bibliográfica e documental, além de visitas dialogadas, a partir de perguntas orientadoras durante a coleta de amostras de solo. As amostras foram coletadas na profundidade de 0 a 20cm e analisadas em laboratório para aferição dos atributos físicos e químicos. Os resultados demonstraram que os solos conservam boa reserva química para produção agrícola, porém com desequilíbrios nas relações entre alguns elementos, mesmo em agroecossistemas sob manejo em transição agroecológica. O cruzamento entre os dados demonstrou que o manejo e conservação do solo está sob ameaça do racismo ambiental pelo impacto de atividades potencialmente poluidoras agravado pela falta de regularização fundiária das comunidades quilombolas. Os remanescentes de ombrófila da Bacia do Paraguaçu estão nas áreas das comunidades quilombolas, portanto garantir o território das comunidades quilombolas no Vale do Iguape é garantir sua conservação ambiental com integração entre as políticas públicas dos espaços protegidos.
- ItemUso e cobertura da terra no município de Serrolândia, BA: implicações no estoque de carbono no solo em bioma de Caatinga(Universidade do Estado da Bahia, 2024-07-31) Campos, Camila da Silva; Oliveira, Rozilda Vieira; Matos, Mara Rojane Barros de; Rosa, Maria Eloisa Cardoso daCompreender a dinâmica multitemporal de uso e cobertura da terra é fundamental para avaliar o impacto das atividades humanas, principalmente no contexto do bioma Caatinga. O mapeamento do uso da terra e a análise de carbono no solo são fundamentais para entender como as formas de uso da terra e as práticas de manejo do solo alteram os ecossistemas. Essas informações são essenciais para implementar medidas de proteção ambiental e contribuir para a preservação da Caatinga, um bioma muito ameaçado no Brasil. A pesquisa tem como objetivo analisar as mudanças de uso e cobertura da terra no município de Serrolândia-BA, nos anos 1985, 2000, 2010 e 2021, e sua influência no estoque de carbono do solo. Os mapas de uso e cobertura da terra foram elaborados com base nos dados da plataforma MapBiomas e configurados no software QGis. Os mapas de informações ambientais do município foram elaborados a partir de bases de dados do IBGE, USGS e GeoSGB. Para avaliação do estoque de carbono no solo foram coletadas amostras nas profundidades de 0 a 10, 10 a 20 e 20 a 30 cm, no ecossistema de Caatinga (área não antropizada) e nos agroecossistemas: pastagem e agricultura. Nas amostras de solo foram determinados o carbono orgânico, a densidade do solo e a textura. Os resultados indicam que houve aumento das áreas antropizadas, com um ganho significativo de pastagem nos últimos anos, correspondendo a 76,08% da área do município no ano de 2021, e regeneração da área correspondente à vegetação de Caatinga (Formação Savânica) no mesmo ano. A Caatinga apresentou maior estoque de C no solo (0 a 30 cm) de 40,86 Mg ha-1 , seguida pela pastagem (22,34 Mg ha-1 e agricultura (20,71 Mg ha-1 ). A conversão da Caatinga para pastagem e lavoura resultaram em perdas do estoque de C de aproximadamente 45,32% e 49,32%, respectivamente, o que corresponde a 18,52 Mg ha-1 para pastagem e 20,15 Mg ha-1 de C para lavouras, gerando uma emissão total de 141,92 t ha-1 de CO2 para a atmosfera, contribuindo para as alterações climáticas. As atividades agropecuárias predominam no município e são responsáveis por reduzir os estoques de carbono no solo, evidenciando a necessidade de políticas ambientais efetivas e adoção de manejo adequado do solo para equilibrar o uso da terra e proteger a Caatinga.