Campus I - Departamento de Ciências da Vida (DCV) - Salvador
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Navegando Campus I - Departamento de Ciências da Vida (DCV) - Salvador por Orientador "Camelier, Fernanda Warken Rosa"
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- ItemCaracterização do acesso ao cuidado ambulatorial, tratamento farmacológico e qualidade de vida de pacientes com condição respiratória crônica(2022-10-06) Carvalho, Phydel Palmeira; Camelier, Fernanda Warken Rosa; Souza, Marcio Costa da; Noblat, Lúcia de Araújo Costa BeislDoenças Respiratórias Crônicas (DRC) são agravos, tanto das vias aéreas superiores como das inferiores, que geram uma redução na qualidade de vida do indivíduo. Dentre elas destacam-se a asma, a rinite alérgica e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) como as mais comuns e representam um dos maiores problemas de saúde mundial. Por ser discutível que exista desigualdade ao acesso e na cobertura dos serviços de saúde na Bahia, fornecer dados que comprovem essa carência justifica este estudo. OBJETIVO: Caracterizar o acesso ao atendimento, à terapia farmacológica e avaliar a qualidade de vida dos pacientes com condições respiratórias atendidos em um ambulatório de referência em Pneumologia, no município de Salvador/Bahia/Brasil. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, analítico/observacional, de corte transversal, retrospectivo, com método de análise quantitativo, mediante informações de dados secundários dos formulários de atendimento de um Ambulatório de Pneumologia do Hospital da rede pública de saúde do Estado da Bahia. Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (Nº do Parecer: 4.565.338/2021), foi realizado entre maio de 2021 e agosto de 2022, feita a análise secundária de 115 formulários, sob dispensa do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE. A análise de dados foi realizada por meio do Statistical Package for the Social Sciences 22 (IBM® SPSS®). RESULTADOS: Dos 115 pacientes selecionados, foram considerados 92 elegíveis para análise, onde 23 foram excluídos por critérios de elegibilidade. A maioria (68,5%) dos pacientes atendidos foram do sexo feminino. Sendo a média de idade de 54,6 anos (± 17,6). A maior parte, 42,0% relatava algum sintoma respiratório ou ainda desconhecia o diagnóstico por ser a primeira consulta e o grupo diagnóstico mais prevalente foi de Doenças Obstrutivas Crônicas, representando 31,5%. Como análise sobre o acesso ao ambulatório, observou-se que 62,1% dos pacientes pertencia a macrorregião Leste (região que abrange o ambulatório. A média de tempo gasto ao sair de casa até chegar ao ambulatório foi de 3 horas e 10 minutos e 42,4% dos usuários utilizaram transporte público para buscar pelo atendimento. Em relação a terapia farmacológica, 35,6% usavam medicamentos respiratórios. Sobre a disponibilidade de tratamento, a maior parte, 55,4% ainda não fazia uso de medicamentos ou não sabiam informar se estavam disponíveis gratuitamente e 31,5% compravam o medicamento. Com uma média de 9,2 (± 5,5) sobre a avaliação da Qualidade de vida (AQ-20), observa-se o estado de saúde intermediário. CONCLUSÃO: Através deste estudo, foi possível caracterizar o acesso à atenção especializada e o tratamento de pacientes, sob os seus aspectos clínicos, terapêuticos e epidemiológicos, mapear o deslocamento geográfico e descrever o nível de sua percepção de qualidade de vida, o que possibilitou ampliar o conhecimento sobre a disposição do serviço ambulatorial no que diz respeito ao acesso e o tratamento de pacientes com condições respiratórias crônicas.
- ItemCaracterização do tratamento farmacológico na vida real de pessoas com DPOC atendidas num ambulatório de pneumologia do SUS(2022-03-25) Almeida, Victor Durier Cavalcanti de; Camelier, Fernanda Warken Rosa; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Gazzotti, Mariana RodriguesO presente estudo tem como objetivo caracterizar o perfil do tratamento farmacológico na Vida Real em pacientes atendidos num ambulatório público de pneumologia em Salvador-BA, comparando com o que é preconizado pela Sociedade Brasileira de Pneumologia (SBPT). Foi realizado um estudo descritivo. Buscou-se avaliar prontuários de indivíduos portadores de DPOC segundo a classificação da SBPT no Laboratório de Fisiologia do Exercício / DCV / UNEB. Foram preenchidas fichas de coleta de acordo com dados de prontuários, coleta de dados secundários. A investigação teve como finalidade analisar os fatores que limitam o acesso do tratamento ideal preconizado pela SBPT. Os dados foram transcritos para planilha do programa Excel e aplicado cálculos estatísticos para posterior interpretação e descrição. O impacto clínico da DPOC e o grau de dispneia dos indivíduos, que foram avaliados por meio do COPD Assessment Test (CAT) e da escala de dispneia Medical Research Council (MRC), respectivamente. Para a análise foi utilizado o banco de dados realizado no software Excel e utilizado o software SPSS. Os dados discutidos foram apresentados em média desvio padrão e frequência absoluta e relativa, quando conveniente, e elaborado um quadro comparativo entre o tratamento realizado entre o paciente e o indicado pela SBPT. Um p< 0,05 foi considerado estatisticamente significante. Foram avaliados pacientes buscando caracterizar o perfil do tratamento farmacológico que ocorre atualmente em portadores de DPOC no SUS comparando com o que é preconizado pela SBPT e o tratamento farmacológico para portadores de DPOC pelo protocolo de dispensação do Estado da Bahia. Foram encontrados dados que mostraram que 65,3% dos pacientes tinham acesso gratuito a medicamentos através do programa estadual de medicamentos da DPOC pelo SUS; 62 (37,13%) foram classificados como tendo uma prescrição inadequada de acordo com a SBPT, todos os pacientes classificados como DPOC leve tiveram prescrição inadequada, Dos 51 pacientes classificados moderados, 26 (50,9%) tiveram prescrição inadequada, dos 73 pacientes DPOC Grave, 25 (34,2%) apresentaram prescrição inadequada. A única variável preditora significativamente com a prescrição de corticoide inalado (CI) foi a inserção do paciente em um programa de acesso a medicamentos de forma gratuita. Concluímos que os broncodilatadores de longa duração são subutilizados no tratamento da DPOC no contexto do SUS (Bahia), em contrapartida, há um sobretratamento dos CI.
- ItemEfeitos do uso de betabloqueadores na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) associada à comorbidades cardiovasculares: revisão sistemática e metanálise(2021-10-27) Santos, Natasha Cordeiro dos; Camelier, Fernanda Warken Rosa; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; Aras Júnior, RoqueObjetivo: Sumarizar as evidências existentes sobre os efeitos do uso de betabloqueadores na DPOC associada à comorbidades cardiovasculares em relação aos desfechos gravidade da doença, exacerbações e mortalidade. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática e metanálise. Foram utilizadas as bases de dados EMBASE, MEDLINE, Lilacs, Cochrane Library e Science Direct, com as palavras-chave e sinônimos identificados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), no Medical Subject Headings (MeSH) e Embase Subject headings (Emtree). As medidas de associação utilizadas foram Odds Ratio (ORs) ou Média e Desvio Padrão. A heterogeneidade estatística foi avaliada pelo Teste Q de Cochrane e pelo Teste de Inconsistência I2 e a qualidade dos estudos por meio da Quality Assessment Tool for Observational Cohort and Cross-Sectional Studies. Resultados: A pesquisa resultou em 24.283 artigos, destes 20 foram incluídos na seleção final. Os estudos foram organizados em tabelas com informações como autor, ano; tipo de estudo, duração; fonte de dados, país; amostra, follow up; comorbidade cardiovascular; tipo de betabloqueador; desfecho; resultados. O OR para mortalidade foi de 0,50 (IC 95%: 0,39-0,63; p-valor < 0,00001) e para exacerbações 0,76 (IC 95%: 0,62-0,92; p-valor = 0,005), sendo favorável ao grupo que utilizou betabloqueador. Não houve associação significatica com relação ao desfecho gravidade da doença. Os resultados indicam um alto grau de heterogeneidade entre os estudos e a análise do gráfico de funil revelou presença de risco de viés de publicação para o desfecho exacerbações. Considerações finais: O uso de betabloqueadores em indivíduos com DPOC e doenças cardiovasculares não provocou, de modo geral, efeitos negativos nos desfechos mortalidade e exacerbações. Na gravidade da doença provocou alteração discreta no VEF1. No entanto, foi evidenciada alta heterogeneidade entre os estudos. Em virtude disso, tornam-se necessários mais estudos que tenham como objetivo estudar o efeito do uso de betabloqueador específico na DPOC associada a uma comorbidade cardiovascular também específica.
- ItemUso de fármacos com ação sedativa para o desenvolvimento de delirium e alteração do status funcional de pacientes internados em unidades de terapia intensiva(2020-11-04) Batista, Anne Karine Menezes Santos; Camelier, Fernanda Warken Rosa; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; Nascimento, Oliver AugustoIntrodução:As unidades de terapia intensiva (UTI) possuem muitos estímulos e procedimentos que potencializam dor, estresse e disfunção cognitiva. O uso de sedativos de forma indiscriminada, como medida farmacológica a essas alterações sensoriais, culmina com o surgimento de doenças neurológicas a exemplo do delirium, causado pelo desequilíbrio do funcionamento cerebral, com sintomatologia flutuante e reversível. Objetivos: Avaliar a associação entre o uso de sedativos, o desenvolvimento de delirium e o prognóstico funcional de pacientes internados na unidade de terapia intensiva; caracterizar as variáveis associadas ao desencadeamento de delirium em pacientes internados em unidades de terapia intensiva sob uso de fármacos sedativos; elencar os medicamentos com efeito sedativo mais utilizados nas unidades intensivas e descrever a funcionalidade dos pacientes internados que desenvolveram delirium durante a estadia hospitalar. Material e Métodos: Estudo observacional, longitudinal, realizado em um hospital público da rede estadual, durante os meses de junho de 2019 a outubro (primeira quinzena) de 2020, com indivíduos acima de 18 anos, internados em unidades de terapia intensiva adulto e enfermarias, por meio da aplicação de escalas para avaliação de sedação, delirium e funcionalidade (Richmond Agitation Sedation Scale - RASS, Confusion Assessment Method for the Intensive Care Unit - CAM-ICU e Status Score for the Intensive Care Unit - FSS, respectivamente), sem disfunções neurológicas, renais e hepáticas prévias, com capacidade de verbalização e que não fossem admitidos via transferência externa. Resultados: Foram inclusos 104 pacientes com idade média de 59,7 ± 15,3 anos, sendo 53,2% do sexo masculino, com 49% sendo hipertensos e 79,8% negando tabagismo. Não houve significância estatística entre os fármacos sedativos com o desencadeamento de delirium (p>0,05). O Midazolam foi o fármaco mais utilizado, seguido pelo Citrato de fentanila, a doses 6,7 ± 4,6 ml/h, por 3,4 ± 3,6 dias de uso. Os pacientes com delírio tiveram escore na FSS-ICU condizentes a máxima dependência (54,8%), na UTI e 18,2% na enfermaria. Conclusões: Não há associação entre o uso de fármacos com ação sedativa para o desenvolvimento de delirium. O Midazolam foi o agente sedativo mais utilizado nas unidades de terapia intensiva e associado a maioria dos casos positivos para a encefalopatia aguda a baixas dosagens e aplicação por poucos dias. Houve alteração funcional nos pacientes delirantes na UTI, com os mesmos tornando-se dependentes moderados a máximos para transferências e/ou locomoção, durante o internamento.