Campus X - Departamento de Educação (DEDC) - Teixeira de Freitas
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Navegando Campus X - Departamento de Educação (DEDC) - Teixeira de Freitas por Orientador "Costa, Décio Bessa da"
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- ItemRepresentações discursivas sobre pessoas em situação de pobreza em Salvador (Ba) nos jornais A tarde, Correio e Tribuna da Bahia de 2020 a 2022(Universidade do Estado da Bahia, 2024-03-22) Patez, Danilo Ribeiro; Costa, Décio Bessa da; Almeida , Manoel Mourivaldo Santiago; Ottoni , Maria Aparecida ResendeEsta pesquisa visa analisar representações discursivas sobre pessoas em situação de pobreza na capital baiana por meio de um estudo discursivo-crítico a partir de elementos linguísticos presentes em textos dos jornais A Tarde, Correio e Tribuna da Bahia, da cidade de Salvador, em publicações online nos anos de 2020 a 2022, considerando as correlações com práticas sociais e com perspectivas ideológicas. Para a construção deste trabalho, empregamos perspectivas teóricas da Análise de Discurso Crítica (ADC), em especial da abordagem dialético-relacional (Fairclough, 2001, 2003, 2015, 2016). Para dar conta dos objetivos traçados, utilizamos o gênero jornalístico notícia, categorias de análise da ADC, como intertextualidade, significado lexical e interdiscursividade, baseados nos estudos de Fairclough (2001, 2003), e a representação de atores sociais de van Leeuwen (1997, 2008). Esta pesquisa é classificada como documental (Godoy, 1995), de abordagem qualitativa interpretativa (Bauer; Gaskel; Allum, 2008; Flick, 2009; Gil, 2021). Para a compreensão da situação de pobreza ao longo da história, recorremos a Fraga Filho (1995), Rezende Filho (2009), Souza (1986) e Mollat (1978). Já para a definição de situação de pobreza e de situação de extrema pobreza, baseamo-nos em Santos (2001, 2009), Green (2009), Falcão e Costa (2014), Tronco e Ramos (2017) e Cimadamore e Canttani (2007). Para o entendimento da situação de pobreza na cidade Salvador e a compreensão da situação de pobreza no estado da Bahia, utilizamos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (SEAGRI) e de Fraga Filho (1995). Nos resultados da pesquisa, percebemos que, por meio da intertextualidade, nos jornais A Tarde e Tribuna da Bahia, as vozes que ecoaram foram das autoridades e de pessoas que representavam os órgãos públicos, enquanto as vozes das pessoas em situação de pobreza foram suprimidas; já no Jornal Correio, tanto as vozes de autoridades públicas quanto as vozes das pessoas em situação de pobreza foram articuladas nos textos. Nas escolhas lexicais, representação coletivizada, encontramos termos como pessoas em situação de rua, cidadãos, cidadãos carentes e também pessoas em situação pobreza. Na interdiscursividade, foi articulado o discurso pandêmico, o discurso assistencialista, o discurso paternalista, o discurso não negacionista, o discurso de solidariedade, o discurso de desesperança, o discurso econômico, discurso político e o discurso publicitário. Por fim, na representação de atores sociais, percebemos a inclusão das pessoas em situação de pobreza em alguns dos textos analisados, enquanto em outros elas foram excluídas. Em outras formas de representação foram assimiladas, agregadas, impersonalizados, objetivados e generalizadas. As autoridades políticas e institucionais, quando conveniente, foram incluídas ou deixadas em segundo plano, além de serem nomeadas de maneira formal ou titulada.