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Navegando Pós-Graduação por Orientador "Silva, Celso Kallarrari de Souza"
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- ItemImagens do sujeito-professor de língua inglesa no documento curricular referencial da Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2024-11-25) Jesus, Danilo Laranjeira de; Silva, Celso Kallarrari de Souza; Costa, Décio Bessa da; Santos, Janaína de JesusEsta pesquisa tem como objetivo estudar quais são as imagens do sujeito-professor de língua inglesa criadas no Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB), documento orientador para o Ensino Médio baiano. Para isso, tomamos o DCRB como corpus de análise e, mais especificamente, recortes que tratam do ensino de língua inglesa que podem revelar, para além da superfície linguística, como o estado constrói a imagem do sujeito-professor. Para tanto, o arcabouço teórico deste estudo está inscrito nas teorias da Análise de Discurso (AD) pecheutianas (Pêcheux, 1975, 1995, 2006, 2010), principalmente no que diz respeito à ideologia, ao papel dos sujeitos em relação à produção, à formação, à recepção e às relações de poder presente nos discursos. Como contributos à temática da formação imaginária, contamos também com discurso, sujeito e assujeitamento em Orlandi (2006, 2012, 2015), ideologia enquanto ideário histórico, social e político em Brandão (2004), além de autores subsidiários como Foucault (1995, 2008), Maingueneau (1984), Charaudeau e Maingueneau (2004) e Bakhtin (1975, 1983, 2004, 2010), entre outros. As imagens ideológicas do sujeito-professor serão analisadas no corpus seguindo as etapas do quadro Fases da Análise de Discurso Francesa compilada por Jonas Jr. (apud Kallarrari, 2022). Esta é uma pesquisa qualitativa, que se servirá tanto dos pressupostos teóricos quanto metodológicos da AD Francesa para estruturar uma investigação a partir de noções de ideologia, de imagem, de sujeito, de assujeitamento e de interdiscurso. Para contextualização e justificativa da escolha pelo DCRB, enquanto corpus de análise, traçamos um histórico do Ensino Médio no Brasil e desenvolvemos uma discussão sobre o neoliberalismo e suas influências nas políticas educacionais com base nos estudos de Ciavatta (2018), Ferretti (2018) e Beltrão (2019). Os resultados apontam que o DCRB utiliza da redação legal para criar uma imagem do sujeito-professor de Língua Inglesa submisso ao Estado e que este, através da aparente liberdade pedagógica, deve alinhar-se à ideologia fundante do estado para que este possa manter sua estrutura de poder. Em outras palavras, as posições de sujeito/assujeitamento que ocupam o professor de Língua Inglesa no DCRB podem não ser vistas escancaradamente autoritárias, uma vez que elas são aceitas historicamente, dada à interpelação, ao chamamento que a memória faz na relação entre os Sujeitos. Podemos identificar, na materialidade do DCRB, marcas que reforçam como o Estado utiliza da linguagem (redação legal) para construir a imagem de um docente aparentemente livre, o que revela, na realidade, uma imagem de um profissional aprisionado ao “sistema”. Se por um lado, o Estado delineia imagens de subalternidade ao professor, conforme os regramentos da pasta da educação; por outro, cria para si uma imagem autoritária e de negligência perante a responsabilidade em prover os recursos necessários para a efetiva transformação social.
- ItemTransposição Didática em Aulas no YOUTUBE: o discurso da BNCC e do professor-sujeito de Língua Portuguesa(Universidade do Estado da Bahia, 2024-09-10) Oliveira, Jabson Santos de; Silva, Celso Kallarrari de Souza; Almeida, Manoel Mourivaldo Santiago; Campos, Sulemi FabianoEsta dissertação tem como objetivo analisar como se apresenta o discurso do sujeito-professor de Língua Portuguesa no processo de Transposição Didática nas vídeoaulas de gramática, literatura e produção textual, disponíveis no Youtube. Com o propósito de atender a esse objetivo geral, definimos os objetivos específicos seguintes i) identificar quais são os sentidos de ensino em relação a gramática e a produção textual que emergem na memória discursiva dos sujeitos-professores; ii) analisar os sentidos do discurso do sujeito-professor no que diz respeito ao ensino de gramática e produção textual durante o processo de transposição em relação ao discurso da BNCC; iii) refletir de que modo se apresenta o interdiscurso, a partir do resgate da memória discursiva presente na BNCC no discurso das professoras das vídeoaulas do Youtube. As questões de pesquisa explicitadas neste estudo baseiam-se nas seguintes indagações: i) Como os professores e professoras de Língua Portuguesa, observados através de aulas no Youtube, estão realizando discursivamente em sua prática de ensino a transposição didática dos saberes? ii) Esses discursos são retomados interdiscursivamente através da memória pelos professores em relação à BNCC? iii) Quais discursos estão presentes? Esta pesquisa teve como aporte teórico e metodológico a Análise de Discurso francesa (AD) na perspectiva de Pêcheux (1975, 1990, 2011, 2014, 2015) e Orlandi (2007, 2009, 2012, 2015, 2017), como também Althusser (1992) e Chauí (2016), nas discussões de ideologia e Chevallard (1991, 2009) no embasamento a esta pesquisa acerca da compreensão da transposição didática e da BNCC (2018). As análises foram realizadas por meio de categorias analíticas (Memória Discursiva e Interdiscurso) apresentadas por Pêcheux (2014, 2015) e Orlandi (2015). Os resultados apontam que o discurso da professora-sujeito da aula de gramática apresenta-se, em grande parte, contraditório em relação aos discursos teóricos e práticos preconizados no discurso sedimentado, institucionalizado dos documentos oficiais, PCN’s (1998) e BNCC (2018). O discurso e, consequentemente, a transposição didática estão baseados numa metodologia tradicional que ainda se faz presente na memória discursiva da professora-sujeito, reproduzindo os sentidos construídos, historicamente, no âmbito de formações discursivas. Quanto à aula de produção textual, ao contrário da aula de gramática, a professora-sujeito, em sua transposição dos conhecimentos, constrói uma memória de sentidos, quando faz retomadas, definições e reformula enunciados, incorpora recursos linguísticos e multissemióticos conforme preconiza a BNCC. Nessa luta, iniciada pelo professor-sujeito do saber, todos precisam cumprir seu papel. O professor deve ser o primeiro a buscar, em suas práticas, o desenvolvimento do saber compartilhado, cujo discurso busca deslocar o aluno-sujeito de mero receptor e torná-lo partícipe do processo de ensino-aprendizagem, promovendo atividades que destaque os sentidos que o próprio aluno produz e identifica no propósito de empregá-los em diversas situações de interação social.