Pós-Graduação
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Navegando Pós-Graduação por Orientador "Santana, Gean Paulo Gonçalves"
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- ItemEscritura do corpo e da voz na poética de Ricardo Aleixo(Universidade do Estado da Bahia - UNEB, 2024-03-22) Silva, Artur Pereira; Santana, Gean Paulo Gonçalves; Queiroz, Sônia Maria de Melo; Sales, Karina LimaEsta dissertação analisa uma produção poética contemporânea sob o viés crítico da inespecificidade e expansão dos artefatos artísticos, desde a perspectiva das formas híbridas à fusão entre realidade e ficção. Dessa maneira, é de interesse desse estudo a performance Fruto Estranho, de Ricardo Aleixo, apresentada na Festa Literária Internacional de Paraty (2017), como um objeto literário singular, passível de intercambiar histórias e de acionar memórias de outros tempos e eras, sobretudo, quando suscita conexões históricas e culturais que remetem à restauração do olhar estereotipado da imagem do negro na sociedade. Para tanto, essa investigação debruça-se sobre os poemas encenados na performance corpus dessa pesquisa, além das camadas que revestem a vocalização em foco, como a palavra, a voz, o corpo e outros signos que emanam resistência e luta contra a desigualdade racial e a necropolítica ainda presentes no país. O objetivo dessa dissertação é, portanto, analisar os trânsitos literários presentes na performance interartes de Ricardo Aleixo, que atravessa o conceito de realidade e ficção, bem como funde tradição oral a aparatos tecnológicos para potencialização do discurso poético, coberto por camadas, à maneira de um palimpsesto, já que subscreve entre as camadas da performance a história, a memória, a herança cultural africana e as identidades dos sujeitos afro-brasileiros na contemporaneidade. Sendo assim, o percurso de escrita desse trabalho é atravessado por diálogos dos poemas vocalizados na Flip (2017). Sustentam as leituras dessa dissertação as teorias da inespecificidade da arte contemporânea, segundo Florencia Garramuño; o conceito de realidadeficção, cunhado por Josefina Ludmer; a voz e a oralidade poética, em Paul Zumthor; o discurso intermídia, de Claus Claus Clüver; o palimpsesto ou inter/transtextualidade, de acordo com Gerárd Genette; a emancipação do espectador, em Jacques Rancière; o conceito de narrador e história, segundo Walter Benjamin; a tradição viva, em Hampâté Bâ; o conceito afro-diaspórico de corpo-tela, formulado por Leda Maria Martins.
- ItemTempo espiralar e insurgência poética quilombola: Uma análise dos cantos-poemas das comunidades quilombolas do Extremo Sul da Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 0024-10-30) Souza, Fúlvia Katheriny da Silva; Santana, Gean Paulo Gonçalves; Figueiredo, Denise de Lima SAntiago; Nascimento, Aline Santos de Brito doOs estudos sobre literatura e, em específico, poéticas orais, cartografam o apagamento das oralituras poéticas, sobretudo evidenciando a negação da performatividade do corpo vozeado, que é por excelência um local de memórias. Diante disso, esta dissertação objetiva analisar as negroesias produzidas na comunidade quilombola de Helvécia, localizada no Extremo Sul da Bahia. Para tanto, apropria-se dos cantos-poemas documentados por Santana (2014), a fim de demonstrar como esta oralitura afro-brasileira quilombola apresenta diálogos entre tempo e com a ancestralidade. O percurso discursivo-metodológico aporta-se em uma análise qualitativa documental. Estabelece diálogo com os conceitos de oralitura e tempo espiralar, de Martins (2021); palavra viva, em Hampate-Bá (1982); negroesia, em Cuti (2007); literalização da oralidade, em Derive (2010), cantos-poemas, em Santana (2014) e oralidade, Zumthor (1993), dentre outros que dialogam com o tema da pesquisa. Os cantos-poemas reverberam modos insurgentes, históricos e poéticos afro-brasileiros, como importante contribuição à cultura brasileira.