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Navegando Pós-Graduação por Orientador "Santana, Gean Paulo Gonçalves"
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- ItemA poética do desassossego de Jônatas Conceição da Silva: um olhar sobre as vozes quilombolas.(Universidade do Estado da Bahia, 2025-06-17) Soares, Amilson Santos; Santana, Gean Paulo Gonçalves; Nascimento, Juciene Silva de SousaA presente dissertação se propôs a construir traços da literatura negra no Brasil, a partir da escrita do poeta baiano Jônatas Conceição da Silva, através da análise de um corpus composto por textos críticos, literários e fotográficos, observando, portanto, inferências e interpretações entre essas distintas textualidades. Brandino (2024) diz que literatura negra é a produção artística cujo sujeito da escrita é o próprio negro. Para dialogar com o corpus da pesquisa foram analisados os poemas de Jônatas Conceição, disponíveis nas Obras Reunidas Jônatas Conceição, do Programa Rumos 2019-2020, oportunizado pelo Itaú Cultural e organizado por Ana Célia da Silva; e, ainda, os movimentos construídos a partir dos periódicos dos Cadernos Negros (Volumes: 9, 10, 19, 23, 29 e Três Décadas) e da fundamentação construída pelo grupo Quilombhoje. Os objetivos propostos buscam construir um caminho possível às perguntas de partida: Como entender, a partir dos poemas do literato, o desassossego e a resistência negra? Como o aquilombamento tornou-se um campo epistêmico para se fazer ouvir as múltiplas vozes e olhares de luta e resistência impressos na poética de Jônatas Conceição? Justifica-se o construto desse trabalho dada a relevância da obra do citado autor, do ponto de vista da sua contribuição literária, acadêmica, política e social que, certamente, influenciará leitores e leitoras interessados/as na criação de um olhar holístico das múltiplas identidades culturais que formam a sociedade brasileira. Não arbitrário, apropriando das reflexões de Augel (1988, p. 150-151), mesmo noutro contexto, é possível dizer que, na poética de Jônatas Conceição, o “eu poético ressalta o sofrimento estampado tanto no rosto como na alma dos indivíduos”. Desse modo, observou-se os recônditos da mente humana que nos conduz a exploração dos labirintos do âmago. Compostos por fragmentos, pensamentos e reflexões, os textos nos transportam para um universo de introspecção e desassossego, desvendando a melancolia e a solidão que permeiam a existência humana.
- ItemEscritura do corpo e da voz na poética de Ricardo Aleixo(Universidade do Estado da Bahia - UNEB, 2024-03-22) Silva, Artur Pereira; Santana, Gean Paulo Gonçalves; Queiroz, Sônia Maria de Melo; Sales, Karina LimaEsta dissertação analisa uma produção poética contemporânea sob o viés crítico da inespecificidade e expansão dos artefatos artísticos, desde a perspectiva das formas híbridas à fusão entre realidade e ficção. Dessa maneira, é de interesse desse estudo a performance Fruto Estranho, de Ricardo Aleixo, apresentada na Festa Literária Internacional de Paraty (2017), como um objeto literário singular, passível de intercambiar histórias e de acionar memórias de outros tempos e eras, sobretudo, quando suscita conexões históricas e culturais que remetem à restauração do olhar estereotipado da imagem do negro na sociedade. Para tanto, essa investigação debruça-se sobre os poemas encenados na performance corpus dessa pesquisa, além das camadas que revestem a vocalização em foco, como a palavra, a voz, o corpo e outros signos que emanam resistência e luta contra a desigualdade racial e a necropolítica ainda presentes no país. O objetivo dessa dissertação é, portanto, analisar os trânsitos literários presentes na performance interartes de Ricardo Aleixo, que atravessa o conceito de realidade e ficção, bem como funde tradição oral a aparatos tecnológicos para potencialização do discurso poético, coberto por camadas, à maneira de um palimpsesto, já que subscreve entre as camadas da performance a história, a memória, a herança cultural africana e as identidades dos sujeitos afro-brasileiros na contemporaneidade. Sendo assim, o percurso de escrita desse trabalho é atravessado por diálogos dos poemas vocalizados na Flip (2017). Sustentam as leituras dessa dissertação as teorias da inespecificidade da arte contemporânea, segundo Florencia Garramuño; o conceito de realidadeficção, cunhado por Josefina Ludmer; a voz e a oralidade poética, em Paul Zumthor; o discurso intermídia, de Claus Claus Clüver; o palimpsesto ou inter/transtextualidade, de acordo com Gerárd Genette; a emancipação do espectador, em Jacques Rancière; o conceito de narrador e história, segundo Walter Benjamin; a tradição viva, em Hampâté Bâ; o conceito afro-diaspórico de corpo-tela, formulado por Leda Maria Martins.
- ItemTempo espiralar e insurgência poética quilombola: Uma análise dos cantos-poemas das comunidades quilombolas do Extremo Sul da Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 0024-10-30) Souza, Fúlvia Katheriny da Silva; Santana, Gean Paulo Gonçalves; Figueiredo, Denise de Lima SAntiago; Nascimento, Aline Santos de Brito doOs estudos sobre literatura e, em específico, poéticas orais, cartografam o apagamento das oralituras poéticas, sobretudo evidenciando a negação da performatividade do corpo vozeado, que é por excelência um local de memórias. Diante disso, esta dissertação objetiva analisar as negroesias produzidas na comunidade quilombola de Helvécia, localizada no Extremo Sul da Bahia. Para tanto, apropria-se dos cantos-poemas documentados por Santana (2014), a fim de demonstrar como esta oralitura afro-brasileira quilombola apresenta diálogos entre tempo e com a ancestralidade. O percurso discursivo-metodológico aporta-se em uma análise qualitativa documental. Estabelece diálogo com os conceitos de oralitura e tempo espiralar, de Martins (2021); palavra viva, em Hampate-Bá (1982); negroesia, em Cuti (2007); literalização da oralidade, em Derive (2010), cantos-poemas, em Santana (2014) e oralidade, Zumthor (1993), dentre outros que dialogam com o tema da pesquisa. Os cantos-poemas reverberam modos insurgentes, históricos e poéticos afro-brasileiros, como importante contribuição à cultura brasileira.