Campus XIV - Departamento de Educação (DEDC) - Conceição do Coité
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Navegando Campus XIV - Departamento de Educação (DEDC) - Conceição do Coité por Orientador "Ferreira, Maria Jucilene Lima"
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- Item(Auto)biografias de professoras: indagações sobre a identidade da escola do campo(2021-11-21) Carneiro, Flávia Amâncio; Ferreira, Maria Jucilene Lima; Pinho, Maria José Souza; Carvalho, Sandra Maria Gadelha de; Marques, Tatyanne GomesO texto problematiza a identidade da Escola do Campo, a partir das narrativas (auto)biográficas de professoras que atuam nas Escolas do Campo: Escola Municipal José Lopes Araújo e Colégio Estadual João Carneiro, do povoado de Vila Carneiro em Conceição do Coité- Bahia. O estudo foi desenvolvido na perspectiva do Materialismo Histórico-Dialético, considerando as seguintes indagações: Como as professoras receberam e se relacionaram com a mudança da identidade da escola para a Educação do Campo? E que relação as educadoras estabelecem ou estabeleceram com as Lutas Sociais camponesas e como isso se reverbera no trabalho pedagógico? Objetivouse compreender como as professoras receberam e se relacionaram com a mudança da identidade das referidas escolas para a Educação do Campo, bem como examinar a relação estabelecida pelas professoras com os Movimentos Sociais Populares do Campo, pois entende-se que esta relação implica na forma como as professoras atuam em relação a sua própria vida e no mundo. Os procedimentos metodológicos pautaram-se na abordagem (Auto)biográfica, com entrevista narrativa, para a análise posterior. Os resultados apontam que as professoras consideram a identidade das escolas fragilizada, do ponto de vista da percepção da Educação do Campo e, na mesma medida, evidenciam potencialidades para o fortalecimento desta identidade quando questionam o material didático utilizado pela escola, quando reconhecem a importância dos Movimentos Sociais Populares do Campo, quando demonstram relação de afeto e pertencimento com o próprio Campo. Há falta de formação específica sobre o Projeto da Educação e ausência de vinculação da docência com a agenda política dos Movimentos Sociais Populares do Campo. Conclui-se afirmando que acabe a cada um de nós, alinhar forças, criar estratégias de luta, "freiriar" e "esperançar" para romper os discursos "necropolíticos" e a partir daí, pensar um novo mundo possível.
- ItemEducação profissional do campo: contribuições para a organização do trabalho pedagógico no centro estadual de educação profissional do Campo Paulo Freire- Santa Luz / BA.(2020-10-29) Silva, Elcione de Araujo; Ferreira, Maria Jucilene Lima; Araújo, Sandra Regina Magalhães de; Lima, Antônio Almerico BiondiEsse trabalho utiliza a compreensão da Organização do Trabalho Pedagógico (OTP) e a Educação Profissional do Campo no Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) do Campo Paulo Freire - Santaluz/ Ba. Em vista disso, questionase como a Organização do Trabalho Pedagógico contribui para os processos formativos na Educação Profissional do Campo no CEEP- CAMPO PAULO FREIRE? Dessa maneira, objetiva-se analisar as contribuições da Organização do Trabalho Pedagógico na perspectiva da Educação do Campo, com vista à elaboração de um plano de intervenção pedagógica no Centro Estadual de Educação Profissional do Campo Paulo Freire. Os pressupostos teóricos que subsidiam este trabalho são: Caldart (2010, 2012) e Ferreira (2012, 2015) que engloba Educação do Campo, Pistrak (2000, 2009), Manfredi (2002) Frigotto (2009) os quais discutem Educação Técnica e Profissional na perspectiva da politecnia e Freitas (1994) a Organização do Trabalho Pedagógico. A metodologia trouxe uma abordagem qualitativa, por meio da pesquisa-ação, com vistas a identificar as proposições teórico metodológicas do planejamento coletivo dos docentes do CEEP - Santaluz/Bahia a partir de oficinas formativas, tendo em vista a compreensão da Educação Profissional na perspectiva da Educação do Campo. O lócus da pesquisa é o Centro Estadual de Educação Profissional do Campo Paulo Freire em Santaluz/Ba e os sujeitos os professores (licenciados, Bacharéis e Tecnólogos) da referida escola. Os instrumentos da pesquisa: observação, questionários e oficinas formativas, elaboradas com/para os próprios professores do CEEP. Os resultados dessa pesquisa foram os Planejamentos Coletivos da Educação Profissional do Campo, produto dessa pesquisa, que foram elaborados pelos professores como uma proposta interdisciplinar, através da Organização do Trabalho Pedagógico (OTP) e dos princípios da Educação do Campo nessa instituição de ensino. Compreende-se, portanto, que o planejamento e trabalho coletivo são práticas essenciais da Organização do Trabalho Pedagógico e contribuem para processos formativos na Educação Profissional do Campo.
- ItemEscola do campo e a organização do trabalho pedagógico: leituras das relações com a mineração no assentamento nova esperança(2021-11-29) Carvalho, Danillo Eder Pinheiro; Ferreira, Maria Jucilene Lima; Bogo, Maria Nalva Rodrigues de Araujo; Gomide, Caroline SiqueiraO presente trabalho visa identificar e analisar as principais alterações pedagógicas que ocorreram na Escola Municipal do Assentamento Nova Esperança, em Cansanção, Bahia, após a ocorrência da instalação da empresa exploradora de Minério Yamana S/A, e as implicações na construção do trabalho pedagógico articulado à Educação do Campo. O Assentamento fica localizado na divisa entre os Municípios de Santaluz e Cansanção – BA. Indaga-se acerca do que foi feito do trabalho pedagógico a partir da instalação da mineradora nas proximidades da comunidade assentada e em que medida os impactos ambientais e sociais das atividades de exploração de minério, podem subsidiar aspectos da organização do trabalho pedagógico no âmbito da sala de aula e do Projeto Político da Escola do Campo. Os pressupostos teóricos que fundamentam a pesquisa são: Caldart (2012), Ferreira (2015), Freitas (1994), Molina & Sá, (2012), Frigotto (2010), Freire (2019). O lócus é a Escola Municipal Assentamento Nova Esperança. De natureza qualitativa, com abordagem na forma participante/ação, utilizará como instrumento metodológico a correspondência de Cartas Pedagógicas cujo objetivo é estabelecer um diálogo horizontal sobre as transformações ocorridas no trabalho pedagógico desde a instalação da referida empresa na região. Igualmente, utilizou-se o questionário para levantamento das informações mais gerais sobre as participantes. A intervenção ocorre por meio da realização de curso de extensão para docentes que atuam na escola pesquisada. Este, focaliza a leitura da/na e sobre a docência; o estudo da história, concepções e princípios da Educação do Campo; igualmente, pautará as matrizes formativas na perspectiva de Caldart (2012), quais sejam: o trabalho, a luta social, a organização coletiva, a cultura e a pedagogia da história; e a agroecologia como contraponto ao avanço do agronegócio. Objetiva-se ao final do curso de extensão a publicação de um e-book a partir das experiências e dos trabalhos desenvolvidos pelas docentes na escola do assentamento ao longo do curso, de modo que o pensar, construir, executar e avaliar ocorram em paralelo à formação das docentes. O estudo identifica a importância da escola municipal no assentamento numa relação de identidade e de contribuição histórica para a comunidade. Assim como, aponta também para a ocorrência de alteração incipiente na atividade pedagógica e uma origem ainda embrionária na utilização de processos formativos que envolvem a educação do campo. Evidencia a invisibilidade de temas como sustentabilidade, agroecologia e agricultura familiar nas políticas públicas do Município de Cansanção no que tange à Educação e ressalta a necessidade de cumprimento da legislação vigente na municipalidade, em especial o Plano Municipal de Educação. Por fim, conclui-se que a ação da mineradora impactou diretamente a vida da comunidade assentada com a fragilização das relações sociais, culturais e econômicas, configuradas ainda pela omissão do próprio Estado e que se faz urgente o apoio estrutural, didático-pedagógico às escolas do campo e à formação docente para o fortalecimento de processos educativos que contribuam efetivamente para uma educação de perspectiva integral, interdisciplinar e críticoemancipadora.
- ItemEscola do campo e a organização do trabalho pedagógico: leituras das relações com a mineração no assentamento nova esperança(2021-11-29) Carvalho, Danillo Eder Pinheiro; Ferreira, Maria Jucilene Lima; Bogo, Maria Nalva Rodrigues de Araujo; Gomide, Caroline SiqueiraO presente trabalho visa identificar e analisar as principais alterações pedagógicas que ocorreram na Escola Municipal do Assentamento Nova Esperança, em Cansanção, Bahia, após a ocorrência da instalação da empresa exploradora de Minério Yamana S/A, e as implicações na construção do trabalho pedagógico articulado à Educação do Campo. O Assentamento fica localizado na divisa entre os Municípios de Santaluz e Cansanção – BA. Indaga-se acerca do que foi feito do trabalho pedagógico a partir da instalação da mineradora nas proximidades da comunidade assentada e em que medida os impactos ambientais e sociais das atividades de exploração de minério, podem subsidiar aspectos da organização do trabalho pedagógico no âmbito da sala de aula e do Projeto Político da Escola do Campo. Os pressupostos teóricos que fundamentam a pesquisa são: Caldart (2012), Ferreira (2015), Freitas (1994), Molina & Sá, (2012), Frigotto (2010), Freire (2019). O lócus é a Escola Municipal Assentamento Nova Esperança. De natureza qualitativa, com abordagem na forma participante/ação, utilizará como instrumento metodológico a correspondência de Cartas Pedagógicas cujo objetivo é estabelecer um diálogo horizontal sobre as transformações ocorridas no trabalho pedagógico desde a instalação da referida empresa na região. Igualmente, utilizou-se o questionário para levantamento das informações mais gerais sobre as participantes. A intervenção ocorre por meio da realização de curso de extensão para docentes que atuam na escola pesquisada. Este, focaliza a leitura da/na e sobre a docência; o estudo da história, concepções e princípios da Educação do Campo; igualmente, pautará as matrizes formativas na perspectiva de Caldart (2012), quais sejam: o trabalho, a luta social, a organização coletiva, a cultura e a pedagogia da história; e a agroecologia como contraponto ao avanço do agronegócio. Objetiva-se ao final do curso de extensão a publicação de um e-book a partir das experiências e dos trabalhos desenvolvidos pelas docentes na escola do assentamento ao longo do curso, de modo que o pensar, construir, executar e avaliar ocorram em paralelo à formação das docentes. O estudo identifica a importância da escola municipal no assentamento numa relação de identidade e de contribuição histórica para a comunidade. Assim como, aponta também para a ocorrência de alteração incipiente na atividade pedagógica e uma origem ainda embrionária na utilização de processos formativos que envolvem a educação do campo. Evidencia a invisibilidade de temas como sustentabilidade, agroecologia e agricultura familiar nas políticas públicas do Município de Cansanção no que tange à Educação e ressalta a necessidade de cumprimento da legislação vigente na municipalidade, em especial o Plano Municipal de Educação. Por fim, conclui-se que a ação da mineradora impactou diretamente a vida da comunidade assentada com a fragilização das relações sociais, culturais e econômicas, configuradas ainda pela omissão do próprio Estado e que se faz urgente o apoio estrutural, didático-pedagógico às escolas do campo e à formação docente para o fortalecimento de processos educativos que contribuam efetivamente para uma educação de perspectiva integral, interdisciplinar e críticoemancipadora.
- ItemGestão escolar democrática e intermitências na rede de ensino de Cansanção-BA(Universidade do Estado da Bahia, 2024-04-29) Jesus, Fernando Pereira de; Ferreira, Maria Jucilene Lima; Jesus, Rosane Meire Vieira de; Santos, Claúdio Eduardo Félix dos; educação públicaEstudar a forma como se desenvolve a gestão escolar democrática na rede municipal de educação de Cansanção-BA possibilita discutir ações que permeiam a implantação da gestão escolar democrática nas escolas da rede pública municipal de Cansanção-Ba, ao passo que a melhoria da qualidade social da educação pública se tornará ponto central no que tange à participação democrática da comunidade. Para tanto, toma-se como horizonte investigativo duas questões basilares: Quais as diretrizes orientadoras da política de gestão escolar implementadas pela Secretaria Municipal de Educação para a rede municipal de ensino de Cansanção-BA entre os anos de 2011 a 2022? Em que medida as diretrizes orientadoras da gestão educacional, na rede municipal de educação, favorecem ou dificultam a participação e a autonomia da comunidade na gestão escolar? Objetivamos analisar as diretrizes que orientam a política da gestão escolar implementadas pela Secretaria Municipal de Educação para a rede municipal de ensino de Cansanção-BA, entre os anos de 2011 a 2022, bem como a forma pela qual foi prevista e como se dá a participação da comunidade escolar no processo administrativo da escola. A metodologia da pesquisa se desenvolve nas bases da pesquisa-ação e da pesquisa participante, uma vez que se destina a uma problematização crítica da gestão escolar pelos próprios gestores escolares. Acionamos também o movimento de leitura investigativa, a partir da materialidade das relações sociais, no âmbito da escola. Utilizamos como instrumentos investigativos a pesquisa documental, a roda de conversa e a entrevista. Participaram da pesquisa três secretários de educação e duas equipes gestoras de escolas. Como intervenção e produto realizamos o “Seminário sobre Gestão Escolar Democrática” e o projeto de link de diálogos com a comunidade escolar “Fala, Comunidade”. As discussões versam sobre a compreensão de quais políticas públicas são observadas nos espaços educativos e o ponto de partida para o diálogo acerca da interação exercida pela comunidade no projeto pedagógico escolar, assim como os impactos causados pelas diretrizes educacionais, no viés de democratizar a gestão escolar. Concluímos que a promulgação do PME (2015), o regimento escolar unificado (2011) e os cursos de formação para gestores escolares (Progestão, GEF e FPE) são diretrizes de perspectiva crítica, democrática e que incentivam a participação das comunidades: escolar e local na gestão da escola. No entanto, a escolha dos líderes escolares, por eleição, ainda é um desafio a ser superado pela administração pública da cidade. E, ainda, que todas as ações desenvolvidas no período estudado foram pertinentes ao estímulo da gestão escolar democrática, mas ainda há muito que ser superado quando se trata deste tema, uma longa jornada que iniciada há alguns anos galga a cada dia, cada passo dado, a consolidação de espaços escolares mais democráticos e humanos.
- ItemJuventudes, educação e trabalho: perspectivas sobre o projeto de vida de jovens do campo(2021-08-13) Silva, Ilka Meyre Alves da; Ferreira, Maria Jucilene Lima; Novais, Marcos Paulo Souza; Lima, Aline dos SantosEste trabalho busca analisar as perspectivas de projeto de vida entre os jovens do campo egressos e concluintes do ensino médio, do Colégio Estadual Hamilton Rios de Araújo, localizado no Distrito de São João, no município de Conceição do Coité/BA, entre os anos de 2019 e 2020, visando problematizar a relação dessas juventudes com as territorialidades no campo. As questões que mobilizam o presente estudo voltam-se para entender quais são os projetos de vida das juventudes do campo? Como a auto-organização das juventudes pode contribuir com o fortalecimento da constituição da territorialidade camponesa? A metodologia caracteriza-se como de cunho qualitativo pautando-se no método da pesquisa-ação, uma investigação social e interventiva na realidade, essa por sua vez tem o foco no trabalho coletivo percebendo os partícipes da pesquisa como sujeitos ativos na ação/participação e o Materialismo Histórico Dialético como método de análise. Os procedimentos da pesquisa pautaram-se na utilização de um questionário semiestruturado pelo Google Forms e de quatro encontros, pela plataforma Google Meet, de diálogos grupais intitulados “Quintais de Diálogos” como movimento de escuta sensível de vivências juvenis e das projeções futuras dos jovens do campo, ancorados nas ideias freirianas (2013), do diálogo como ato comunicativo, significativo e de amor. No que tange as discussões teóricas, este estudo pautou-se em autores como Carneiro (1998), Weisheimer (2005), Castro (2009), Frigotto (2009) Arroyo (2011), Caldart (2011), Molina (2011), Dayrell (2015). Dentre outros, entrecruzados com o questionário e relatos dos estudantes e egressos do Colégio Estadual Hamilton Rios de Araújo com a intenção de buscar a percepção de autoorganização como elemento emancipador. Os resultados apontam que os jovens vivenciam uma multiplicidade de juventudes no interior deste mesmo território, com perspectivas sociais e econômicas diversas. Em sua maioria, compõem a classe média baixa e tem poucas oportunidades, em uma sociedade capitalista extremamente excludente e deterioradora da vida humana e ambiental. Direcionam ainda, para o trabalho como definidor dos projetos de vida dessas juventudes do campo, uma vez que centralizam o processo do trabalho como princípio que promoverá seu futuro. O produto da pesquisa é o projeto de continuidade dos Quintais, intitulado: “Os Quintais de Diálogos Para Além dos Muros da Escola” que intenta articular a auto-organização dos jovens do campo, concluintes e/ou egressas do Colégio Estadual Hamilton Rios de Araújo, como importante estímulo ao protagonismo juvenil e para a reflexão sobre o engajamento nos movimentos sociais juvenis, articulando os Quintais como um dos movimentos da escola. Conclui-se que a Educação do/no Campo na perspectiva omnilateral, uma formação integral humana e completa, contribui para a emancipação dos estudantes conscientes de si, de sua classe e de seus projetos de vida.
- ItemO trabalho da coordenação pedagógica escolar nos anos finais do ensino fundamental, no município de Retirolândia-BA(Universidade do Estado da Bahia, 2023-09-27) Oliveira, Luciete dos Santos; Ferreira, Maria Jucilene Lima; Pinho, Maria José Souza; Eugênio, Benedito GonçalvesEsta pesquisa intitulada de “O trabalho da coordenação pedagógica escolar nos anos finais do Ensino Fundamental, no município de Retirolândia-BA”, indaga sobre: Em que medida o Plano de Formação Continuada Territorial, da Secretaria de Educação do Estado da Bahia e Instituto Anísio Teixeira (SEC/IAT), contribui para aperfeiçoar o trabalho de Coordenadores e Coordenadoras Pedagógicos/as das Escolas Municipais de Retirolândia-BA? Objetiva-se analisar as possibilidades e limites do trabalho do(a) coordenador(a) pedagógico(a) para a formação continuada na rede, sugerida pelo plano de formação continuada territorial, e as implicações didáticas construídas nos contextos educativos escolares. Quanto aos objetivos específicos, busca-se: problematizar a proposta do Plano de Formação Continuada Territorial e identificar as condições de trabalho do(a) coordenador(a) pedagógico(a), bem como os processos formativos desenvolvidos com a docência no dia a dia da escola. A metodologia caracteriza-se pela abordagem qualitativa e quantitativa, cuja investigação ocorreu por meio da pesquisa-ação, possibilitando pesquisar e intervir socialmente no lócus da pesquisa, realizamos também o questionário semiestruturado para obtermos informações acerca da concepção de formação e o trabalho da coordenação pedagógica no dia a dia da escola. A intervenção/produto ocorreu a partir de grupos de estudos com atividades direcionadas ao debate e discussões sobre as proposições do PFCT, suas potencialidades e limites para o trabalho da coordenação pedagógica, e, ainda, a construção do Projeto de Formação Continuada para os(as) Coordenadores(as) que atuam no município. Nesse sentido, a investigação se deu com seis (6) coordenadores(as) pedagógicos(as), participantes do Plano de Formação Continuada Territorial SEC/IAT, no período de 2020 a 2022. Os resultados demonstram uma iniciativa pioneira de formação continuada pela SEC/IAT para coordenadores(as) pedagógicos(as), porém apontou algumas limites nas pautas formativas, nas condições de trabalho dos/as coordenadores(as) pedagógicos(as) e na parceria SEC/IAT com o município, o que sugere que a rede municipal amplie o diálogo entre os projetos de formação e os respectivos sujeitos em formação, assim como construa a sua própria cultura de formação continuada com base nas necessidades formativas dos(as) coordenadores(as) pedagógicos(as) e garanta participação e permanência.
- ItemOrganização do trabalho pedagógico e o trato com a diversidade na escola pública: uma proposta de gestão escolar(2019-06-19) Santos Júnior, Paulo Antônio dos; Ferreira, Maria Jucilene LimaA partir de nossa concreta experiência enquanto diretor em uma escola pública no território do sisal, no semiárido baiano, levantamos a seguinte problema: concebendo a organização do trabalho pedagógico em sua totalidade e do que está posto no cotidiano escolar, quais são as possibilidades da gestão democrática contribuir para o trato com a diversidade na escola pública, com vistas à superação de preconceitos e discriminação no ambiente escolar? Partindo da hipótese de que a radicalização democrática é condição necessária para o trato com a diversidade na escola pública, o objetivo geral foi identificar as possibilidades da gestão democrática, contribuir para o trato com a diversidade na escola pública com vistas à superação de preconceitos e discriminação. Em nossa revisão bibliográfica, nos pautamos na ontologia lukácsiana e na categoria trabalho para buscar uma concepção de administração que pudesse contribuir para a explicitação da generidade humana na organização do trabalho pedagógico e, dessa forma, orientar o processo de administração/gestão do tempo e do espaço escolar na direção do desenvolvimento humano. Nessa perspectiva, concebemos a democracia como condição para a diversidade, da mesma forma que colocamos a educação como mediação para a criação de uma cultura democrática, a partir da qual se possa garantir a constituição de sujeitos mediante a afirmação das diversas subjetividades que se relacionam no processo educacional, cuja síntese é a formação de personalidades humano-históricas. A metodologia de pesquisa está ancorada nos pressupostos da pesquisa-ação, uma vez que à luz dessa perspectiva pudemos vislumbrar a alteração da realidade investigada com o envolvimento dos sujeitos que nela estão inseridos. Não obstante, buscamos articulá-los com os parâmetros teórico-metodológicos do materialismo histórico e dialético. No desenvolvimento das ações em nossa intervenção, a partir de um questionário pudemos constatar um alto índice de situações envolvendo preconceito e/ou discriminação na escola. No grupo focal composto por membros da comunidade escolar, problematizamos o preconceito e a discriminação, bem como o papel da escola para a sua superação, em que os participantes tiveram liberdade para expor o seu pensamento e a sua opinião sobre o objeto da discussão. Na semana pedagógica, apresentamos aos professores e para gestão escolar os dados parciais de nossa pesquisa referentes às situações envolvendo preconceito e/ou discriminação na escola. Após tomar conhecimento dos altos índices de situações envolvendo o preconceito e/ou discriminação na escola, o coletivo docente e a direção da escola em parceria com o pesquisador se mobilizaram para elaborar ações com o objetivo de mobilizar a comunidade escolar acerca da necessidade de combater o preconceito e a discriminação na escola. Dessa forma, foram realizadas duas atividades com a proposta de problematizar a diversidade junto à comunidade escolar, no contexto da pesquisa. Com base na discussão teórica e nas ações desenvolvidas na escola que foi campo de nossa pesquisa, propomos um plano de gestão voltado para o trato com a diversidade na escola pública. Nossas considerações acerca do estudo realizado é de que a autoridade democrática, enquanto processo radical de democracia na escola, constituísse em uma concreta possibilidade para o trato com a diversidade na escola pública, confirmando, pois, a hipótese do nosso estudo.
- ItemPolíticas públicas para a educação do campo no município de Santa Luz - Bahia no período 1997-2017(2020-12-12) Lima, José Romildo Pereira; Ferreira, Maria Jucilene Lima; Eugenio, Benedito Gonçalves; Trindade, Domingos Rodrigues da; Castro, Selma Barros Daltro deA presente pesquisa tem o propósito de compreender as Políticas Públicas para a Educação do Campo no município de Santa Luz – Bahia no período 1997-2017. Nesse sentido, ancoramo-nos na seguinte indagação: de que forma o sistema municipal de educação de Santa Luz, Bahia tem contribuído no desenvolvimento e fortalecimento da Educação do Campo no decorrer dessas duas décadas (1997 a 2017)? A investigação foi realizada por meio de pesquisa documental e entrevistas, com abordagem qualitativa. As reflexões fundamentam-se teoricamente nos estudos sobre a Educação do Campo e seus percursos históricos de Arroyo, Caldart e Molina (2004), Arroyo (2012), Caldart (1997), na categoria de Política Pública nos fundamentamos em Azevedo (1997), Friedman (1984), Jobert e Muller (1987), Mészarós (2005), Peroni (2003) e Scheibe (2002) nas discussões de trabalho pedagógico contamos com Ferreira (2015), discutindo conjuntura nos ancoramos em Fernandes, Cerioli, Caldart, (2009), Ferreira (2015) e Molina & Sá (2012). Como proposta de intervenção, realizouse a promoção de um curso de formação para os conselheiros municipais de educação, por via de um debate coletivo embasado teoricamente na Educação do Campo como concepção e não como programa de educação. Portanto, repensando a educação ofertada para o campo a partir da escuta dos sujeitos que dela fazem parte. Os resultados dessa investigação nos revelaram a ausência de Políticas Públicas municipais que contemplassem a Educação do Campo enquanto perspectiva emancipadora do homem e da mulher do campo. Desencadeando então, como desdobramento dessa pesquisa uma carta recomendação para o CME abarcando orientações a serem desenvolvidas a partir de sessões reflexivas para dialogar e refletir coletivamente e assegurar aos povos do campo uma educação contextualizada e emancipatória.
- ItemProtagonismo dos docentes de língua portuguesa nos anos finais do ensino fundamental em Retirolândia/BA(2020-10-30) Ferraz, Débora Araújo da Silva; Ferreira, Maria Jucilene Lima; Anecleto, Úrsula Cunha; Sousa, Rosineide Magalhães deNesta pesquisa busca-se investigar a atuação docente dos professores de Língua Portuguesa dos Anos Finais do Ensino Fundamental, a partir da seguinte indagação: como o protagonismo docente pode contribuir em aulas de Língua Portuguesa (LP) para combater a defasagem da aprendizagem na leitura e na escrita? Pretende-se analisar as potencialidades do protagonismo dos professores de LP nos Anos Finais do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Retirolândia, bem como as dificuldades encontradas no cotidiano escolar para o exercício desse protagonismo. Busca-se identificar as estratégias de ensino da leitura e escrita em aulas de LP, assim como articulações da práxis educativa na organização do trabalho pedagógico. Os pressupostos teóricos que subsidiam esse trabalho são Vázquez (2007) e Silva (2008, 2018), da epistemologia da práxis; Heller (2000) e Candau (2002), cotidiano escolar; Freire (1996, 2000, 2002) e Rios (2010) com ensino, educação e sociedade; Giroux (1997), conceito de professores intelectuais; Koch (2006, 2009), Antunes (2017) e Kleiman (2001, 2008) que discutem ensino de LP e letramento social crítico. Além disso, a epistemologia é o Materialismo Histórico Dialético (MHD) e o pressuposto metodológico a ser desenvolvido é a pesquisa-ação, a partir de instrumentos como a análise de documentos municipais, ficha de caracterização docente e grupos focais temáticos, realizados no espaço/tempo das atividades complementares (AC) da área de Língua Portuguesa. Estas atividades ocorreram no período de agosto a novembro. Nesse proceder, a pesquisa apontou as potencialidades do protagonismo docente, a partir de suas falas no tratar das questões de aprendizagem de seus alunos, bem como sua intervenção no espaço da sala de aula. Ademais, evidenciou-se os aspectos das condições de trabalho que podem ser qualificadas e fortalecidas, a partir de um processo continuado de formação. Os resultados culminaram na construção coletiva de um plano de ação para a organização e o funcionamento das atividades das AC. Esse trabalho pressupõe auto-organização e protagonismo dos docentes de LP da Rede, que irá compor a (Re)elaboração do currículo municipal.
- ItemSaberes e fazeres em saúde na interface com a educação popular: experiência de mulheres no Quilombo de Trindade Biritinga (BA)(Universidade do Estado da Bahia, 0024-04-29) Meireles, Gercilene; Ferreira, Maria Jucilene Lima; Lima , Jamile da Silva; Carvalho, Sandra Maria GadelhaSaúde e Educação são referências para a produção da vida em sua totalidade. Nesse contexto, o caminho a ser seguido não pode prescindir da perspectiva da emancipação humana. As relações entre saúde popular e processos educativos perpassam o cuidado, a forma amorosa e respeitosa de interagir e reconhecer o(a) outro(a) em suas singularidades e diversidades. Estes são sinais reveladores, que apontam os desafios e limites que perpassam, especialmente, o campo da educação e saúde, principalmente no contexto atual, onde existe uma síndrome civilizatória contemporânea, marcada pelo descuido e descaso com a produção da vida. Essa síndrome (Boff, 2014) afeta a humanidade e a natureza com a lógica social capitalista, a qual prioriza interesses econômicos e lucrativos em detrimento da vida. Face a esse argumento, tem-se a seguinte indagação: de que modo os saberes e fazeres de mulheres no Quilombo de Trindade, localizado no município de Biritinga, na Bahia, potencializam práticas educativas não escolares, ao desenvolverem situações de cura e cuidado em saúde individual e coletiva? Quanto ao objeto, a pesquisa se propõe a analisar os saberes e fazeres em saúde individual e coletiva pelas mulheres no Quilombo de Trindade, bem como suas potencialidades educativas para as relações sociais e de saúde no quilombo. Quanto à metodologia, realizou-se, inicialmente, uma revisão sistemática para fins de apropriação da atualidade do tema. Este trabalho se constitui de uma pesquisa de natureza participante-ação e de abordagem quanti-qualitativa. Realizou-se, no campo empírico, a observação participante, entrevistas coletivas e roda de conversa, por meio do dispositivo intitulado Tenda do Conto (Gadelha, 2015), com oito interlocutores(as) da pesquisa. Esse processo oportunizou um encontro de diálogo e reflexão com as mulheres no Quilombo de Trindade que, por meio de suas falas, expressaram suas vivências, experiências e as práticas de cura, cuidado e formação em saúde individual e coletiva. No caminho percorrido, foi possível perceber a ausência de políticas públicas de saúde no Brasil, no âmbito do SUS, que atendam as especificidades e particularidades em saúde para os territórios quilombolas. Verificou-se, ainda, que os territórios da Atenção Básica (AB), no município, são marcados pelos interesses hegemônicos do capital, responsável por produzir na população do campo e quilombola desigualdades sociais em saúde extremas. A Estratégia Saúde da Família (ESF), a qual é atribuída a capacidade organizacional no planejamento da assistência à saúde de qualidade no território estudado, ainda se encontra marcada por iniciativa hegemônica, questão que compromete o protagonismo social das mulheres no quilombo e a capacidade do território para a efetividade de uma atenção integral à saúde da população quilombola. No Quilombo de Trindade, por meio da observação participante, constatamos um distanciamento entre os saberes técnicos dos profissionais de saúde e os saberes e fazeres em saúde de nossas interlocutoras, existindo, portanto, maior valorização da medicina convencional em detrimento dos saberes tradicionais quilombolas. Desse percurso, surge um projeto de intervenção, por meio da Tenda do Conto, que visa fortalecer os saberes e fazeres em saúde das mulheres no Quilombo de Trindade, abrindo caminhos de diálogo e entrelaçamento de saber, com práticas educativas (não escolar). Assim, os resultados apontam que as potencialidades das práticas de cura e cuidado em saúde individual e coletiva, desenvolvidas pelas interlocutoras da pesquisa, que se materializam no uso das plantas medicinais e espiritualidade, fortalecem a identidade das mulheres quilombolas, as quais são portadoras de práxis libertadoras, pautada na emancipação humana e transformação social, na medida em que socializam, divulgam e repassam a outras gerações seus saberes e fazeres, e têm o cuidado consigo mesmo e com o outro, como fundamento do seu agir humano, em que valores como partilha e solidariedade são essenciais em uma sociedade tão individualista como a nossa