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Navegando Graduação por Orientador "Figueiredo, Maria Aparecida Araújo"
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- ItemEpidemiologia da sífilis congênita entre crianças expostas no período gestacional: um estudo na cidade de Salvador(Universidade do Estado da Bahia, 2024-07-09) Silva, Elisabeth do Espirito Santo da; Figueiredo, Maria Aparecida Araújo; Lobão, William Mendes; Cerqueira, Jeane Magnavita da FonsecaIntrodução: A sífilis é uma doença sexualmente transmissível que pode ser transmitida da mãe (não tratada, ou inadequadamente tratada) para o feto durante a gestação, resultando em uma condição conhecida como sífilis congênita. Crianças expostas a sífilis, são todos os recém nascidos de mulheres que tiveram diagnóstico de sífilis durante o pré-natal, foram adequadamente tratadas com penicilina benzatina, de acordo com o estágio clínico da doença, iniciado em até 30 dias antes do parto. Desse modo, o acompanhamento da criança exposta durante dois anos após o nascimento é crucial para evitar uma série de complicações, incluindo problemas neurológicos, deformidades ósseas e dentárias, surdez, cegueira e outras complicações graves, causadas pela sífilis congênita. Objetivo: Analisar a epidemiologia da sífilis em crianças cujas mães foram diagnosticadas com sífilis e adequadamente tratadas durante a gestação, no município de Salvador, no ano 2017. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional, de corte transversal, com caráter descritivo, a partir de dados de secundários oriundos do Sistema de Informação de Agravo e Notificação (Sinan), no período de 2017 a 2019, na cidade de Salvador, Bahia. A identificação das crianças expostas foi realizada a partir das gestantes notificadas com sífilis no Sinan, módulo gestante, em Salvador, no ano 2017, que foram adequadamente tratadas, segundo critério do Ministério da Saúde: uso de penicilina benzatina, de acordo com o estágio clínico da doença, iniciado em até 30 dias antes do parto. A variável desfecho (sífilis na criança exposta) foi buscada no módulo sífilis congênita do Sinan, nos anos 2017 a 2019. Foi realizada análise descritiva (número e percentual) da variável desfecho e das variáveis maternas consideradas de exposição: sociodemográficas, clínicas, obstétricas e terapêuticas. A análise bivariada observou a distribuição das variáveis de exposição em relação a variável desfecho, estabelecendo-se o nível de significância estatística p≤ 0 05 a partir do teste quiquadrado, e para as variáveis com menos de cinco o observações, utilizou-se o teste exato de Fisher. A análise de dados foi realizada no Programa Stata® versão 16.0. Resultados: A prevalência de sífilis congênita entre crianças cujas mães tiveram diagnóstico de sífilis na gestação e foram adequadamente tratadas foi 25,27%. Dentre essas crianças, a prevalência da sífilis congênita foi maior entre aquelas cujas genitoras tinham idade de 20 à 29 anos (48,70%), de raça cor parda (47,83%) e preta (39,13%), com escolaridade fundamental incompleto/completo (39,13%), com diagnóstico no segundo trimestre de gestação (57,39%), cujos parceiros não foram tratados (53,91%). Em todas as formas clínicas, a maioria da gestantes foi tratada com a dose máxima de penicilina (7,2 milhões UI). A maioria das crianças foi assintomáticas (70,43%) e, dentre as que apresentaram sintomas (13 crianças) todas tiveram icterícia e duas tinham registro de anemia. Considerações finais: Em que pese a fragilidade da qualidade das notificações, evidenciadas pelo elevado percentual de exames não realizados e de outras informações ignoradas, que refletem uma importante barreira no conhecimento da real situação epidemiológica, o estudo ratificou que as características sociodemográficas influenciam diretamente na ocorrência de doenças evitáveis como é o caso da sífilis congênita. Desse modo, é crucial considerar além dos aspectos sociodemográficos das pacientes, as limitações estruturais do sistema de saúde que dificultam a realização de determinados exames, bem como o preenchimento adequado das informações nas fichas de investigação da doença.
- ItemSituação epidemiológica do câncer de colo uterino no estado da bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2009) Silveira, Flávio Pinto da; Figueiredo, Maria Aparecida Araújo; Pereira, Ana Paula Chancharulo de Morais; Góes , Ângela Cristina FagundesIntrodução: Dentre todos os tipos de câncer, o de colo uterino é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, chegando a perto de 100%, quando diagnosticado precocemente podendo ser tratado em nível ambulatorial em cerca de 80% dos casos. Embora o Brasil tenha sido um dos primeiros países no mundo a introduzir a citologia de Papanicolaou para a detecção precoce do câncer de colo uterino, esta doença continua a ser um sério problema de saúde pública em nosso país. Objetivo: Analisar a epidemiologia do câncer do colo do útero no Estado da Bahia, a partir dos dados registrados no INCA e do DATASUS, no período de 1979 a 2009. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica descritiva, de série temporal, realizada a partir de dados secundários, obtidos nos sites do INCA e do DATASUS. Buscou-se identificar o grupo etário de maior risco de morrer, evidenciado pelos coeficientes de mortalidade, o grupo de maior risco de adoecer, evidenciado pelos coeficientes de incidência, bem como os grupos mais atingidos, revelados pela distribuição proporcional de óbitos. A análise descritiva dos dados foi realizada a partir da leitura dos indicadores de incidência/mortalidade de câncer de colo de útero, presentes nas tabelas, gráficos e figuras disponibilizadas nos sites do INCA e DATASUS. Resultados: Os principais achados deste estudo evidenciaram que, entre as mulheres, o câncer de colo de útero tem a segunda maior incidência do estado, ficando atrás apenas do câncer de mama. Embora tenha ocorrido uma redução de 18% entre os óbitos por câncer de colo de útero em relação ao total de óbitos no Estado da Bahia, no período de 1979 a 1983, a taxa de mortalidade por este tipo de câncer apresentou uma tendência de crescimento de 75% entre os anos de 1995 e 1999, contudo, o Estado da Bahia continua entre os estados com os menores índices de mortalidade por este agravo, quando comparados aos demais da federação. As mulheres de 25 a 29 anos foram as que mais realizaram o exame anátomo-patológico, entre 2006 e 2009. As internações por neoplasia maligna do colo do útero apresentaram uma tendência de queda a partir do ano 2000, apesar da incidência ter aumentado. Considerações finais: Em que pese as limitações dos estudos baseados em dados secundários, ao término deste estudo foi possível constatar que, o Estado da Bahia não se encontra entre os estados com os maiores coeficientes de incidência e de mortalidade para o câncer de colo de útero do país, embora este agravo represente o segundo mais importante em termos de magnitude no estado, atrás apenas do câncer de mama.