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Navegando Pós-Graduação por Orientador "Lima, Elizabeth Gonzaga de"
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- ItemO anti-herói e a saga dos brutos: configurações anti-heróicas em Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos, O trabalho sujo dos outros e Carvão animal(2015-03-31) Lima, Diego Henrique de; Lima, Elizabeth Gonzaga de; Oliveira, Silvio Roberto dos Santos; Pereira, Kenia Maria de AlmeidaEste trabalho tem como objetivo investigar a figura do anti-herói na trilogia da autora carioca Ana Paula Maia e que é composta pelas novelas Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos, O trabaho sujo dos outros e Carvão animal. A análise das personagens considerou sobretudo sua elaboração estética, como seapresentam e quais são seus traços mais significativos, no sentido de identificar a face do anti-herói que protagoniza a “trilogia dos brutos.” Para tanto, recorreu-se a uma exposição teórica sobre a figura do herói clássico e o processo de tranformação sofrido por ele durante a modernidade, período em que a figura do anti-herói assume protagonismo. Identificou-se também a presença do anti-herói na literatura brasileira, especialmente na figura de Macunaíma. Para trabalhar a abordagem estética das obras da trilogia, optou-se por uma exposição do percurso da pulp fictione sua relação de semelhança com as novelas aqui consideradas.As reflexões acerca dos anti-heróis levaram em conta o caráter marginal presente nessas personas ficcionais, bem como a natureza socialmente excludente do meio em que vivem e das funções exercidas por elas. A figura do homem-refugo recebe destaque, evidenciando homens cuja existência miserável é negada por uma sociedade alheia a suas dores e tragédias pessoais. Esses homens são apresentados como seres estranhos, existem para catalizar e absorver o que incomoda e deve ser ocultado.Como contribuição teórica,a respeito do anti-herói,foram utilizados estudos de autores como Victor Brombert e David Simmons. Sobre a modernidade, Anthony Giddens; e acerca da literatura brasileira contemporânea,autores como Beatriz Resendee Ricardo Araújo Barberena. Com referência ao medo e estranho na literatura, SigmundFreud e H.P. Lovecraft
- ItemEspaços do eu em Infiel de Ayaan Hirsi Ali(2015-03-30) Santos, Eumara Maciel dos; Lima, Elizabeth Gonzaga de; Cordeiro, Verbena Maria Rocha; Santos, José Henrique de FreitasNeste estudo, investigou-se como a somali Ayaan Hirsi Ali, em sua autobiografiaInfiel, a história de uma mulher que desafiou o islã (2007), constituiua si nos diferentes espaços entre África, Ásia e Europa.Essa obra, no período de seu lançamento,alcançou sucesso de vendas no mercado editorial de diversos países,tendo como marca fundamental a fragmentada subjetividadecontemporânea de uma imigrante que, ao renunciar ao Islã, empreendeu uma luta pela liberdade de expressão enquanto mulher, que lhe rendeu a condenação à morte por fundamentalistas muçulmanos.Neste estudo, contou-se com as referências teóricas de Joseph Ki-Zerbo (2010) sobre a história da África, com o estudoacerca das matrizes culturais africanas, de Amadou Hampâté Bâ (2003; 2010). Quanto ao espaço biográfico contemporâneo, utilizaram-se os conceitos de Leonor Arfuch (2010; 2013). Os estudos de Stuart Hall (1996; 2000) viabilizaram reflexões acerca das questões identitárias e diaspóricas. Os constructos de Edward Said (1990; 2003; 2005) foram acionados para tratar sobre as demandas identitárias no exílio e sobre o orientalismo. Néstor Garcia Canclini (2005) foi imprescindível na discussão sobre as culturas híbridas e sobre o local dessas culturas. Utilizaram-se, ainda, os estudos de Homi Bhabha (1991; 2005), entre outros, que contribuíram para a reflexão acerca dos espaços do eu de Ayaan Hirsi Ali construídos em Infiel
- ItemLiteraturas de autoria indígena: metade cara, metade máscara(2017-03-27) Pinto, Milena Costa; Lima, Elizabeth Gonzaga de; Moreno, Luciana Sacramento; Costa, Suzane LimaNesta dissertação, investigam-se literaturas escritas de autoria indígena no intuito de identificar aspectos referenciais, como emergência, dimensões, perspectivas, circulação e constituição textual, situando-se o status dessas literaturas em relação a um sistema próprio e ao sistema canônico da literatura brasileira. O estudo busca compreender a relação entre Eliane Potiguara, autora de Metade cara, metade máscara (2004), corpus deste estudo, o contexto urbano-fronteiriço e a identidade indígena, destacando suas percepções acerca de questões de gênero alusivas à mulher indígena. Sob o título “Literaturas de autoria indígena: Metade cara, metade máscara”, o trabalho teve como percurso metodológico a pesquisa exploratória com investigação em campo teórico. Configurada como bibliográfica, a pesquisa foi contemplada pela fundamentação teórica de: Daniel Munduruku (2013; [2016]; 2008), com a questão do essencialismo identitário e da literatura, e os elos entre escrita e oralidade; Lynn Mario Souza (2006), com o status da literatura indígena enquanto canônica e marginal, nacional e local, e tendo a performatividade como marca da oralidade; Oscar Sáez (2006), com as figurações autobiográficas e coletivas aplicadas à análise do corpus; José Maurício Arruti (2006), com o conceito de etnogênese; Gersen Baniwa (2006), que mediou a discussão sobre a retomada étnica, com os conceitos de autonomia e autodeterminação; Gayatri Spivak (2010), com o conceito de essencialismo estratégico; Walter Mignolo (2003), com o conceito de colonialidade do poder; Stuart Hall (2013; 2014) com a reflexão sobre identidade e diáspora; Antonio Cornejo-Polar (2000), na compreensão da heterogeneidade das literaturas de autoria indígenas; Boaventura de Sousa Santos (2004), com a questão da racionalidade do Ocidente; Michel Foucault (2015), com a subversão do poder dominante; Anibal Quijano (2005), com o conceito de estereótipo. A abordagem sobre os aspectos fronteiriços está amparada na teoria de Gloria Anzaldúa (1987; 2012), que, assim como Judith Butler (2003), atribuiu aporte às questões de gênero. Constatou-se, ao longo da investigação, que uma atuação por políticas de identidade no âmbito do Movimento Indígena interferiu na emergência e extensão das literaturas de autoria indígena. Confirmou-se também a existência do selo do Estado brasileiro, na forma de legislações, na emergência e circulação dessas literaturas