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Navegando Pós-Graduação por Orientador "Bulhões, Lígia Pellon de Lima"
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- ItemNa vida com todas as letras: manifestações sociais da escrita: práticas escolares e usos cotidianos(Universidade do Estado da Bahia, 2009) Mendonça, Lívia de Carvalho; Bulhões, Lígia Pellon de Lima; Borges, Carla Luzia Carneiro; Gilberto Nazareno Telles , Gilberto Nazareno TellesEste trabalho é resultado de pesquisa etnográfica, de base qualitativa, sobre a escrita enquanto um conjunto de práticas sócio-históricas. O seu objeto são as atividades de escrita desenvolvidas por duas escolas municipais de Feira de Santana – BA, cujos alunos são dos bairros de Sobradinho e Baraúna, e a sua relação com os usos cotidianos de escrita destes sujeitos no espaço familiar e comunitário. Uma escola é de educação regular, enquanto a outra apresenta uma proposta alternativa de ensino. Foram entrevistados quatro alunos e sete pais de alunos que residem há mais de quinze anos nos dois bairros. Os objetivos do trabalho foram: investigar se as práticas escolares de escrita atendem aos propósitos discursivos dos sujeitos; qual a atitude assumida pelos sujeitos com relação às suas práticas escolares de escrita; quais os gêneros textuais de escrita são contemplados na escola, e se eles se identificam com os gêneros textuais que circulam na vida cotidiana dos sujeitos; e, qual a relação que se estabelece entre oralidade, escrita e contexto de interação verbal. O referencial teórico utilizado pela pesquisa diz respeito a concepções de escrita em uma perspectiva sócio-cultural e no contexto de diferentes práticas discursivas dos diferentes sujeitos, com base em uma seleção de autores. Foi feita pesquisa de campo que contou, no total, com dezesseis visitas aos bairros. Escolheu-se um grupo representativo de sujeitos de acordo com os seguintes fatores ou variáveis sociais: gênero, faixa etária, escolaridade, tempo de moradia no local, profissão e renda familiar. Foram realizadas entrevistas abertas com temas gerais referentes às relações familiares, práticas de lazer, função na comunidade, práticas religiosas e práticas de escrita. Considerou-se também como procedimento de pesquisa a observação da atitude dos sujeitos com relação às suas práticas sociais, em especial às suas experiências enquanto leitores e redatores, tanto no contexto escolar quanto em sua vida cotidiana. Concluiu-se que os fatores ou variáveis: idade dos alunos, profissão e espaço comunitário são pertinentes para caracterizar as práticas de escrita dos sujeitos investigados. E que a escola tradicional ainda fundamenta o trabalho em língua portuguesa em uma concepção tradicional de língua e escrita, já que privilegia o estudo de regras da gramática normativa. Concluiu-se também que a escola complementar tem uma visão contraditória de língua e de escrita, por desenvolver uma prática tradicional de ensino do português, ao mesmo tempo em que, teoricamente, adota o texto como unidade do trabalho com a língua, considerando-a na perspectiva dos usos, como sugerem os Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Básica (1997). Portanto, de um modo geral, concluiu-se que não há relação entre as escritas escolares e as práticas sociais de escrita que fazem parte do cotidiano dos sujeitos. Por isso, conhecer os indivíduos torna-se imprescindível, o que mostra que não se pode simplesmente querer desenvolver atividades de leitura e de produção de textos na escola desvinculadas da realidade dos sujeitos, sob pena de estes estarem fadados a não se tornarem redatores e leitores eficientes, ou seja, a serem excluídos da vida com todas as letras.
- ItemPráticas de escrita de estudantes universitários em diferentes contextos da vida cotidiana(2015-03-09) Santos, Selmo Alves dos; Bulhões, Lígia Pellon de Lima; Machado, Rosa Helena Blanco; Barreiros, Patrício NunesAs novas formas de produção, materialização e circulação dos textos, principalmente a partir do advento da cultura impressa, por volta do século XVIII, na fase intermediária da industrialização, trouxeram transformações significativas às práticas de escrita, tornando-as muito mais complexas. Em consequência disso, houve também mudança considerável de perfis dos sujeitos letrados diante do novo papel da leitura e da escrita. Nessa dissertação, tem-se como objetivo investigar as práticas cotidianas de escrita de estudantes das disciplinas Leitura e Produção de Textos e Novos Paradigmas da Educação, do Curso de Pedagogia da Faculdade Regional da Bahia (UNIRB), do município de Salvador (BA). Esses estudantes são oriundos de bairros populares do referido município e dos municípios de Lauro de Freitas e Simões Filho. As experiências de escrita e leitura são confrontadas com as atividades escolares de escrita que são desenvolvidas por eles no contexto de sala de aula, levando-se em conta os gêneros de escrita que compõem estes domínios discursivos, os chamados multiletramentos digitais, e a atitude que estes alunos revelam sobre o seu desempenho como leitores e redatores de textos acadêmicos. Trata-se de um estudode base etnográfica, que está orientado pela releitura dos pressupostos teóricos de herança bakhtiniana. Apesquisa indica, no tocante à cultura escrita, que se vive um momento de produção de textos nos formatos mais diferenciados, por meio dos quais os sujeitos promovem usos e atitudes da língua, interagem com os seus pares para tratarem de assuntos cotidianos, constituindo-se a escrita como espaço único, numa prova inquestionável da existência da vida através da permanência da palavra
- ItemPráticas sociais de escrita de sujeitos das áreas rural e urbana do município de Itaberaba – BA(Universidade do Estado da Bahia, 2016-03-30) Tanan, Carla Eliana da Silva; Bulhões, Lígia Pellon de Lima; Machado, Rosa Helena Blanco; Souza, Emília Helena Portella Monteiro deNeste estudo apresentamos um confronto entre as práticas de escritas dos contextos escolares e não-escolares desenvolvidas pelos sujeitos de uma escola do campo e uma escola urbana. Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de investigar quais os usos e atitudes que os sujeitos da pesquisa assumem sobre as atividades de leitura e produção de textos desenvolvidos por estes, no contexto escolar, em confronto com as práticas de escrita que fazem parte de outros contextos de suas vidas cotidianas. Fundamentamos a pesquisa nos conceitos de língua escrita como prática social, nos pressupostos de letramento ideológico, em gêneros do discurso na perspectiva bakhtiniana e de atitude linguística no sentido de ação ou comportamentos sobre o uso da língua. Para coleta dos dados, utilizamos os princípios metodológicos da pesquisa qualitativa de base etnográfica. O corpus foi constituído de textos impressos, imagens, entrevistas e textos do espaço virtual. Para sua constituição, realizamos um total de 54 visitas às casas dos sujeitos, observamos a 10 aulas de língua portuguesa, nos contextos rural e urbano, e realizamos um total de 11 horas de entrevista com os sujeitos. Por meio das análises feitas, constatamos que as práticas cotidianas de escrita opõem atividades escolares às demais práticas culturais letradas que fazem parte dos diferentes domínios discursivos da vida diária dos sujeitos da pesquisa, já que no contexto escolar da disciplina língua portuguesa as atividades com os textos são prioritariamente tarefas para aferição de aprendizado de conteúdos formais sobre a língua. Constatamos também que há diferença pertinente entre práticas de escrita com base na variação espacial entre campo e zona urbana. Que as práticas de escrita iniciam sujeitos em atividades religiosas, formando-se leitores. E que os hipertextos do mundo virtual fazem parte da vida cotidiana dos sujeitos pesquisados, introduzindo-os em espaços de interação multicultural e multimodal.
- ItemUsos sociais da escrita : uma abordagem etnográfica na comunidade do Baldez(Universidade do Estado da Bahia, 2010) Cerqueira, Sandra Sinara Araújo; Bulhões, Lígia Pellon de Lima; Alkmim, Tânia Maria; Machado, Rosa Helena BlancoEste estudo apresenta, por meio de uma abordagem etnográfica, reflexões sobre os usos e concepções de escrita em uma comunidade de um pequeno município do interior baiano. Os dados coletados provêm de entrevistas a dez sujeitos do local, de observações registradas em anotações de campo, de registros fotográficos e de textos escritos produzidos pelos sujeitos pesquisados. A análise baseia-se em autores cujas concepções de língua e de escrita colocam nas como práticas sociais. A orientação assumida para a compreensão da escrita na comunidade é a de que ela é desenvolvida como competência social estabelecida em contextos de práticas regulados por disposições adquiridas pelos sujeitos, por habitus, bem como por suas necessidades de uso. Daí depreende-se que concepção de escrita os sujeitos pesquisados apresentam como referência às suas práticas. Nessa perspectiva, o contexto se define pela própria comunidade estudada, percebida em ações sociais compartilhadas por indivíduos em situações que se alteram constantemente, de modo a também serem alteradas as relações entre os sujeitos. Para isso, caracterizam-se os indivíduos pesquisados, a comunidade e as relações estabelecidas entre eles