Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Estudo de Linguagens (PPGEL)
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O Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens/PPGEL, vinculado ao Departamento de Ciências Humanas do Campus I da Universidade do Estado da Bahia, tem sua sede na cidade de Salvador/Bahia. Recomendado pela CAPES (Ofício N◦ 602-11/2005/CTC/CAPES–19/09/2005), foi implantado em 2006, ofertando o Curso de Mestrado. Na avaliação do quadriênio 2013-2016, alcançou a nota 4, obtendo, em 2020, a aprovação do curso de Doutorado. Recomendado pela CAPES e reconhecido pelo Ministério da Educação através da Portaria 997, de 23/11/2020, publicada no D.O.U. de 24/11/2020, o Doutorado tem início em 2021.
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Estudo de Linguagens (PPGEL) por Orientador "Lopes, Norma da Silva"
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- ItemA expressão da futuridade verbal em Santo Antônio de Jesus: uma análise variacionista(Universidade do Estado da Bahia, 2012-04-25) Santos, Eduardo Pereira; Lopes, Norma da Silva; Oliveira, Josane Moreira de; Carvalho, Cristina dos SantosEsta pesquisa trata da expressão da futuridade verbal na cidade baiana de Santo Antônio de Jesus pelo enfoque da Teoria da Variação ou Sociolinguística Variacionista, a partir dos trabalhos de William Labov. Identifica as estratégias de futuridade verbal usadas nessa comunidade de fala, as variáveis linguísticas e sociais condicionadoras da seleção dessas formas em corpus sincrônico de língua falada distensa. Aponta o desaparecimento da forma sintética de futuro. Focaliza a relação entre a forma perifrástica de futuro, formada pelo verbo auxiliar ir e outro verbo no infinitivo, e a forma de presente com valor de futuro. Testa variáveis comuns à área, como ‘Ausência/Presença de outro constituinte de valor temporal’, ‘Paralelismo sintático-discursivo’ e ‘Paradigma verbal’, ‘Papel temático do sujeito’ e ‘Tipo semântico do verbo principal’, mas acrescenta a ‘Telicidade’, como aspecto semântico. Nesta variedade do português falado no Brasil, há o espraiamento da forma perifrástica de futuro, que convive em variação estável com a forma de presente, restrita esta a contextos específicos de uso, a saber: na expressão de futuro pelo verbo ir pleno ou outro verbo, inacusativo ou que apresente o traço acional da telicidade; na presença de outro constituinte de valor temporal; em sentenças matriz vinculadas a outra sentença subordinada adverbial condicional; com sujeito de primeira pessoa (argumento externo) com traço [+ agentivo]. Além dessas variáveis linguísticas, a pesquisa aponta a variável ‘Saída/Permanência na comunidade’ como característica social relevante para a seleção das formas de futuridade entre os santo antoniense.
- ItemConcordância verbal, mercado de trabalho e ensino médio: um olhar sociolingüístico sobre a fala e escrita de mulheres de comunidades populares de salvador(Universidade do Estado da Bahia, 2009) Mattos, Mattos, Andréa Andrade de; Lopes, Norma da Silva; Bulhões, Lígia Pellon de Lima; Souza , Emília Helena Portella Monteiro deEsta dissertação analisa, a partir da teoria Sociolingüística Variacionista, a aplicação da concordância verbal de terceira pessoa do plural em textos oral e escrito de 12 mulheres que estão em fase de conclusão do terceiro ano do Ensino Médio, em escola pública de Salvador no turno noturno, observando as variações lingüísticas e sociais e suas correlações. A pesquisa parte de dois pressupostos: primeiramente, a concordância verbal é um fenômeno lingüístico variável e sofre fortes influências – e estigmatização – sociais, por, historicamente, revelar a classe social e econômica do falante; e, em segundo lugar, a atividade profissional pode contribuir, até mais que a aprendizagem formal da língua materna proposta pela escola pública, para a aplicação das regras propostas pelas gramáticas normativas. Tendo-os como ponto de partida, o percurso deste trabalho inclui uma discussão, numa perspectiva teórica, sobre os conceitos de língua, a partir do entendimento da linguagem, suas relações com a sociedade e o ensino formal de língua portuguesa, mais especificamente o Ensino Médio e as políticas públicas para este nível de ensino, que inclui a inserção do mercado de trabalho como um de seus objetivos. Aplicando o processo metodológico da Sociolingüística, percebeu-se que, no corpus oral, as mulheres da faixa etária 1 (17-23 anos) aplicam mais a regra de concordância verbal que as mulheres da faixa etária 2 (24-35 anos) e essas mais que as da 3 (mais de 35 anos), mesmo estas tendo um maior tempo em sala de aula, por conta da aprendizagem tardia, e maior tempo no mercado de trabalho. Em contrapartida, elas estão mais identificadas com a comunidade de fala, por conta do reduzido contato com outros contextos lingüísticos. No corpus escrito, são as mulheres da faixa etária 2 quem mais correlacionam o sujeito com o verbo em número, seguidas das alunas mais novas. A variável saliência fônica, no nível 6, é/são, como a que mais favorece a aplicação de CV, enquanto o nível 1, bebe/bebem, a menos favorecedora. No texto escrito, apenas três variáveis foram selecionadas: faixa etária, posição do sujeito e saliência fônica. Além disso, o fato de essas mulheres exercerem uma atividade profissional não promove, mais que a escolarização, a aplicação de regras normativas relativas à concordância verbal, pois a profissão que desenvolvem não exige, diretamente, o uso da norma padrão. Todos estes resultados realçam que a influência da comunidade de fala é muito significativa nas normas vernaculares. Percebeu-se, também, que não há uma transferência “natural” da escrita para a oralidade, como esperam os programas educacionais.
- ItemLíderes negras em Salvador: fala e preconceito(2015-03-31) Santos, Janete Fernandes Suzart da Silva; Lopes, Norma da SilvaO desenvolvimento dessa pesquisa toma por base os fundamentos da Teoria da Sociolinguística Variacionista, proposta por Labov em 1972 (LABOV, 2008), que insiste na relação entre língua e sociedade. O corpus da pesquisa é composto por entrevistas com oito mulheres negras, com idade entre 40 a 65 anos, moradoras de bairros periféricos de Salvador, que ocupam uma posição de liderança em sua comunidade. A pesquisa tem objetiva analisar a variação da concordância de número no sintagma nominal, fenômeno que comporta duas variantes no português: a realização com marcas de plural- S e a variante Ø (sem o S). Sendo assim, propõem-se como objetivos: (i) identificar os condicionamentos lingüísticos e sociais da concordância de número no sintagma nominal na fala dessas mulheres; (ii) analisar a própria avaliação das falantes acerca da variação do fenômeno em estudo e sobre a variante Ø (zero - ausência da marca de plural); (iii) identificar o estigma e a forma como esse fato pode interferir no falante; (iv) identificar a atitude do mercado de trabalho diante da variação lingüística. Das análises realizadas na pesquisa, pode-se observar que o condicionamento individual, relacionado à experiência de vida, foi a primeira variável selecionada; retirando essa variável da análise, outras três foram selecionadas: escolaridade (mais escolaridade, mais concordância), saliência fônica (mais saliente, mais concordância) e número de elementos do sintagma (sintagmas menores, mais concordância).
- ItemOu nós vamos, ou a gente vai :a variação do pronome de primeira pessoa do plural na Bahia(2021-08-13) Fonseca, Fernanda Figueira; Lopes, Norma da Silva; Carvalho, Cristina dos Santos; Araújo, Silvana Silva de FariasEste estudo sociolinguístico tem como foco a variação na expressão do pronome de primeira pessoa do plural como preenchimento do sujeito em sete mesorregiões do Estado da Bahia. Para o seu desenvolvimento, foram utilizados os pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista Laboviana, em interface com a Dialetologia (CARDOSO et al., 2014). Tomamos como objetivo investigar os grupos de fatores condicionantes para a escolha das variantes do fenômeno, buscando mapear como como essa variação se apresenta nas Mesorregiões da Bahia. Além disso, comparamos os resultados encontrados com outras análises, Lopes (1993), Omena (1996a, 1996b, 2003), Mendonça (2010), Foeger (2013), Mattos (2014), Vianna e Lopes (2015) sobre o mesmo fenômeno. O corpus alvo de observação são as entrevistas realizadas com 28 informantes, sendo 04 falantes da cidade escolhida de cada uma das mesorregiões baianas, a saber: Centro-Norte baiano (Irecê), Nordeste Baiano (Alagoinhas), Extremo Oeste Baiano (Barreiras), Vale São Franciscano Baiano, (Barra), Centro-Sul Baiano (Vitória da Conquista), Sul Baiano (Ilhéus) e Metropolitana de Salvador (Salvador), que são registradas pelo acervo do Projeto Atlas Linguístico do Brasil, o ALiB. A pesquisa em questão parte do estudo pioneiro de Omena (1996a, 1996b), que indica fatores linguísticos e sociais que condicionam o uso de a gente ao invés de nós. Corroborando as pesquisas de Omena (1996a, 1996b), as análises de Lopes (1993) mostram que fatores linguísticos e socioculturais estão inter-relacionados ao favorecimento do uso de a gente e afirma que essa forma já é implementada no Português Brasileiro. As variáveis controladas nesta pesquisa foram: paralelismo formal, saliência fônica, tempo/modo verbal, sexo, faixa etária e mesorregião. Os resultados gerais denotam que a forma a gente é a preferida pelos falantes das mesorregiões baianas – 71,7%. Verificamos como favorecedores da forma inovadora os seguintes contextos linguísticos e extralinguísticos, respectivamente: a) quanto ao Paralelismo Formal: (i) um antecedente a gente; (ii) o a gente em 1ª referência; b) quanto à Saliência Fônica: (i) quando a diferença entre a 3ª pessoa do singular e a 1ª pessoa do plural da forma verbal se restringe apenas acréscimo de -mos; c) quanto à variável Sexo, as mulheres são as propagadoras da variante; d) quanto à variável Faixa Etária, os jovens são os propulsores do a gente; e) quanto à variável Mesorregiões, são favorecedoras as mesorregiões Metropolitana de Salvador, Centro-Sul Baiano e Centro-Norte Baiano. A investigação da alternância nós e a gente demonstrou que, na variedade oral do português falado nas Mesorregiões baianas, assim como os resultados de diversas pesquisas sobre o fenômeno no português brasileiro, a ocorrência da forma a gente é bastante utilizada no lugar de nós e dá mostras de um crescente uso dessa forma, em sincronias futuras.
- ItemA preposição NI em Vitória da Conquista: usos e avaliação do falante(2013-03-27) Paes, Maria Bethania Gomes; Lopes, Norma da Silva; Carvalho, Cristina; Teixeira, Eliana PitomboEm linhas gerais, analisa-se nesta pesquisa o uso da forma ni, variante da preposição em, nos falantes de Vitória da Conquista- BA, com o objetivo de definir os condicionamentos linguísticos e sociais da utilização da referida forma, bem como a avaliação subjetiva do falante em relação a essa variante. Para tal, foram feitos três tipos de mapeamento: considerando-se a interferência das variáveis sociais na utilização da variante ni, a saber, idade e escolaridade; observando-se a interferência de variáveis linguísticas, como a presença e tipo de elemento pré - nominal, valor semântico do sintagma, gênero do sintagma, função do sintagma; e analisando a avaliação subjetiva dos falantes a partir de textos que contemplam a variante ni. O corpus oral de análise é constituído por 18 entrevistas com duração média de 20 minutos, gravadas no ano de 2012 na referida cidade, com falantes estratificados por escolaridade e faixa etária. Considerando-se os pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística variacionista de William Labov, buscou-se identificar as restrições linguísticas e sociais à escolha da variante ni. Para a quantificação dos dados, foi utilizado o programa Varbrul. Os resultados obtidos, ao considerar-se o tempo aparente, não possibilitaram a afirmação de que há uma mudança em curso envolvendo as variantes em e ni. Considerando-se os fatores linguísticos, conclui-se que sintagmas preposicionais sem elementos nominais posteriores à posição da preposição são grandes favorecedores do uso da variante ni, assim como sintagmas com valor semântico de tempo e do gênero feminino. Quanto aos aspectos sociais, tem-se que os mais escolarizados usam a variante ni em menor proporção; os falantes da faixa etária 3, os mais velhos, são os que mais utilizaram a forma ni, uso esse diminuído na faixa etária dois e um, por conta de interferências sociais, o que poderia relacionar-se a fases pretéritas da comunidade em que essa forma fosse de uso mais geral, hipótese inicial deste trabalho. Quanto à avaliação da variante ni, os informantes apresentaram posicionamentos negativos quanto ao uso da mesma, não se dando conta, porém, que fazem uso dessa forma. A pesquisa confirma, portanto, a tese elaborada por Labov (2008 [1972]) referente aos mecanismos de variação e mudança linguística, já que a variação observada mostra-se relacionada a pressões internas estruturais e sociais, ambas agindo conjuntamente
- ItemA vibrante múltipla espanhola em aprendentes de espanhol como língua estrangeira na Bahia e em São Paulo: uma abordagem sociolinguística(2013-03-26) Gomes, Aline Silva; Lopes, Norma da Silva; Oliveira, Marion dos Santos; Bulhões, Lígia Pellon de LimaCom base nos pressupostos teóricos da Sociolinguística Variacionista, nesta pesquisa tem-se como objetivo principal analisar os condicionamentos para as diferentes realizações fonéticas do fonema vibrante múltiplo /r/ na produção oral de aprendentes brasileiros de Espanhol como Língua Estrangeira ELE nos Estados da Bahia e São Paulo. Os objetivos específicos são: i) verificar a aquisição de /r/, a depender do contexto fônico em que se apresenta; ii) verificar a aquisição de /r/, a depender da função sintática da palavra em que se encontra o fonema em estudo iii) identificar condicionamentos na realização de /r/ conforme a variedade regional dos aprendentes; iv) identificar diferenças na realização de /r/ conforme o nível de aprendizagem da língua espanhola; e v) relacionar a escolha das variantes ao estilo de fala empregado. O estudo tem como hipótese que, nas duas regiões investigadas, devido ao fato de terem variedades dialetais diferentes, e aos níveis diferentes de conhecimento da língua espanhola, a realização do fonema /r/ pelos falantes brasileiros de ELE deve refletir diferentes realizações fonéticas, resultantes de condicionamentos linguísticos (estruturais) e extralinguísticos (região geográfica, nível de aquisição e estilo de fala empregado). Os dados da pesquisa foram coletados de 10 informantes da Bahia e 10 informantes de diferentes cidades do interior de São Paulo, do gênero/sexo feminino, estudantes de graduação dos cursos de Letras/Espanhol de universidades públicas localizadas em Salvador/BA, em Campinas/SP e em Araraquara/SP. Utilizam-se questionários elaborados para a pesquisa, um gravador digital da marca Panasonic RR-US511 e os programas VARBRUL e Praat como recursos e instrumentos de coleta e análise de dados. Pretende-se, com esta investigação, poder contribuir para uma reflexão sobre a necessidade de se repensar o ensino do espanhol para aprendentes brasileiros sob um novo prisma, que considere as variedades dialetais existentes neste país.
- ItemVocê, a gente et alia indeterminam o sujeito em Salvador(Universidade do Estado da Bahia, 2010-03-23) Carvalho, Valter de; Lopes, Norma da Silva; Mota , Jacyra Andrade; Bulhões, Lígia Pellon de LimaA presente pesquisa investigou as principais estratégias para marcar a indeterminação do sujeito na fala urbana popular e culta de Salvador, registrando-as e descrevendo-as. Buscaram-se não só as formas consideradas canônicas pelas gramáticas tradicionais, tais como as formas verbais sem sujeito lexical expresso, o verbo na 3ª pessoa do plural (Ø+V3PP), o verbo na 3ª pessoa do singular mais o pronome “se” (Ø+V3PS+SE) ou ainda o verbo no infinitivo impessoal (Ø+VINF), mas também outras estratégias como “você”, “a gente”, “nós”, “eles”, “eu”, voz passiva sem a gente (VPSA), voz passiva sintética (VPASSINT) e as “formas nominais”, como, por exemplo, “o cara, o sujeito, o pessoal” entre outras. O trabalho foi desenvolvido de acordo com o enquadramento teórico-metodológico da Sociolinguística Variacionista, buscando identificar os contextos extralinguísticos ou sociais (gênero/sexo, escolaridade e faixa etária) e linguísticos (forma antecedente, mudança/manutenção do referente, tempo e modo verbal, tipo de verbo, preenchimento do sujeito, tipo de oração, grau de indeterminação) que justificassem os usos encontrados. Para a realização desta pesquisa, foram analisados quarenta e quatro inquéritos do tipo DID (Diálogo entre Informante e Documentador) do Programa de Estudos sobre o Português Popular Falado de Salvador (PEPP) e do Projeto de Estudo da Norma Linguística Urbana Culta de Salvador (NURC-SSA). Os dados, após sua coleta, foram submetidos à quantificação através do pacote de programa Varbrul 2S e do GoldVarb X. Os resultados mostraram que os falantes de Salvador nos diversos níveis de escolaridade fazem uso de várias estratégias para marcar a indeterminação do sujeito, principalmente das formas pronominais “você” e “a gente”, influenciadas por diversos fatores extralinguísticos e linguísticos.