Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Estudo de Linguagens (PPGEL)
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O Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens/PPGEL, vinculado ao Departamento de Ciências Humanas do Campus I da Universidade do Estado da Bahia, tem sua sede na cidade de Salvador/Bahia. Recomendado pela CAPES (Ofício N◦ 602-11/2005/CTC/CAPES–19/09/2005), foi implantado em 2006, ofertando o Curso de Mestrado. Na avaliação do quadriênio 2013-2016, alcançou a nota 4, obtendo, em 2020, a aprovação do curso de Doutorado. Recomendado pela CAPES e reconhecido pelo Ministério da Educação através da Portaria 997, de 23/11/2020, publicada no D.O.U. de 24/11/2020, o Doutorado tem início em 2021.
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Estudo de Linguagens (PPGEL) por Orientador "Gonçalves, Luciana Sacramento Moreno"
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- ItemCaminhos para o letramento literário: a tessitura do Projeto Institucional de Leitura em Pindobaçu-BA(2017-10-05) Muricy, Alba Vanúsia Nascimento; Gonçalves, Luciana Sacramento Moreno; Rios, Márcia; Besnosik, Maria Helena da RochaO presente trabalho constitui-se em estudo acerca do letramento literário, desenvolvido no âmbito do Projeto Chapada, a partir de práticas, realizadas no Projeto Institucional de Leitura (PIL). Este apresenta como eixo o fomento ao letramento literário e se constitui de ações leitoras diversas, desenvolvidas no ensino fundamental da rede municipal de Pindobaçu - BA. Essa pesquisa objetiva investigar como práticas de leitura, a exemplo da “Poesia na Calçada” e do “Intervalo com Rubem Alves”, dentre várias outras, contribuem para letramento literário, tecem uma rede escolar leitora e provocam o despertar do interesse pela leitura entre diferentes leitores, a saber: alunos, professores, familiares, comunidade não escolar. Nesta investigação, defende-se que as práticas de letramento literário se inserem no campo da democratização do conhecimento, sobretudo, o artístico e, precisam comprometer-se com aqueles que foram historicamente marginalizados por uma tradição de leitura elitista e excludente. Para isso, embasa-se nas discussões da Sociologia da Leitura a partir da compreensão desta como prática cultural, social e histórica Chantal Horellou-Lafarge, Monique Segré (2010) e Roger Chartier (2011), nas contribuições de Antônio Cândido (2012) para quem a literatura tem um papel humanizador, configurando-se em direito básico do ser humano, nas reflexões sobre letramento literário abordadas por Rildo Cosson (2012). Caracteriza-se por uma abordagem qualitativa, a partir da pesquisa bibliográfica e de seu cunho descritivo e de análise documental. Entende-se que percursos investigativos como estes podem auxiliar para o alargamento da discussão em torno da promoção da leitura e do fomento de tais práticas além de propiciar elaborações reflexivas que se consolidem em letramentos outros. Pois, embora a temática da leitura tenha conquistado lugar nas discussões pedagógicas, os espaços formativos e o contexto escolar encontram-se ainda muito distanciados de práticas efetivas e consolidadas.
- ItemContos de fadas proscritos: dialogando com o silêncio(2019-03-28) Araújo, Michelle Cristine Garrido de; Gonçalves, Luciana Sacramento Moreno; Santos, Luciene Souza; Amaral,SayonaraEste trabalho, Contos Proscritos: Dialogando com o silêncio, resulta dabuscapelacompreensão à ausência/esquecimento de contos, em contraste comaabundânciade versões e atualizações de outros, a partir da leitura da compilaçãodosirmãosGrimm, da editora Cosac Naify do ano de 2012. A fim de compreender asrazõesdas proscrições de tantos contos, iniciou-se uma busca através dos contosdosirmãos Grimm, com respaldo teórico para elucidá-las. Chamou-sedecontosproscritos e foram escolhidos para o trabalho aqueles que não ganharamnovasroupagens e/ou não se fizeram conhecidos ao passar dos séculos, sendo, portanto,recolhidos e esquecidos. O objetivo deste trabalho foi compreender os motivospelosquais estes contos não foram adaptados. O percurso metodológico emqueessapesquisa foi pautada é de natureza qualitativa e descritiva, baseada empesquisabibliográfica e análise dos textos literários, especialmente dos contos proscritosdacompilação dos Irmãos Grimm. Para compor a fundamentação teórica desteestudo,foram pesquisados e analisados elementos das suas histórias paraquefossepossível seguir a trilha dos caminhos desses contos. Para compreender ohumanoatravés destes, foram estudados: Coelho (2003), na morfologia dos contos, queutiliza-se da sua função uniforme como modo para encontrar umaexplicaçãohistórica para a sua razão e similitude com Vladmir Propp (2010); oestudodahistória pelo viés do não escrito, do não óbvio, do opaco e estranho, examinandoassurpresas dos textos com Robert Darnton (2011); o caminho da literaturainfantil noBrasil e as mudanças na concepção de infância nas obras de Zilberman(2003); acompreensão sobre os clássicos por Calvino (1993); contribuições daPsicanálisenas leituras dos contos de fadas com Bruno Bettelheim (2016); por fim, estudossobre o tabu e as proibições sociais em Freud (1996) e O mal-estar nacivilização,também em Freud (1996). Foi observado que, dentre os cento e cinquenta e seis contos da compilação, apenas doze tornaram-se clássicos. Paraanalisarecompreender essa proscrição, foi criada uma categoria para os contos que foi chamada de “contos proscritos: perigos sociais”. Apesar de compreender que existem outros possíveis motivos para as proscrições, esse trazreflexõespertinentes a esse trabalho.
- Item“Oi, sim, sim, sim! Oi, não, não, não:” mercado editorial e circulação da literatura de Fábio Mandingo(Universidade do Estado da Bahia, 2025-06-10) Hurst, Bárbara Cristina Morais Pinto; Gonçalves, Luciana Sacramento Moreno; Oliveira , Sayonara Amaral de; Queiroz, Milena Britto deA presente dissertação mira a cena artística preta, destacando a literatura negra de contextos periféricos como foco desta pesquisa. Tem como objetivo ampliar a discussão sobre a literatura contemporânea e se propõe a observar os problemas enfrentados pela produção, divulgação e comercialização livreira no Brasil, assim como agem às editoras e livrarias periféricas no mercado editorial, trazendo para o centro da discussão o autor Fábio Mandingo, como escritor, que rasura o sistema literário e busca estratégias para publicação e circulação de seus livros. Dessa forma, inicialmente, delineou-se um panorama sobre a literatura contemporânea e acerca do mercado editorial, destacando-se a presença dos escritores da margem que estão cada vez mais atuantes no campo literário. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa de cunho exploratório e interpretativo, uma vez que se utilizaram os registros disponíveis decorrentes de pesquisas anteriores e documentos, além dos livros de Fábio Mandingo. Fez-se um estudo de caso a fim de permitir o aprofundamento a respeito do objeto da pesquisa. A pesquisa reúne um constructo de publicações acadêmicas sobre o mercado editorial e a respeito da literatura contemporânea, bem como entrevistas com o escritor Fábio Mandingo e o editor Marciano Ventura. Nesse sentido, o aporte teórico se organizou a partir das discussões sobre o termo contemporâneo trazidos por Silva (2019), Agambem (2009), Schollhammer (2009) e Resende (2008). Outra discussão norteadora da pesquisa sobre vozes marginalizadas foi trazida por Dalcastagnè (2012) e Reys Arias (2011) que trata sobre a produção literária existente na periferia e mercado editorial negro periférico. Patrocínio (2013) que aborda como a cena literária se apresenta na contemporaneidade. As análises desenvolvidas nessa escrita demonstram que o campo editorial brasileiro ainda é limitado, já que várias vozes deixam de ser evidenciadas e autores como Fábio Mandingo tem um papel importante na contemporaneidade por fazer protagonizar em sua obra sujeitos marginalizados e por apontar modos outros, para além da tradição, de produção literária.
- ItemOs olhos de dentro sobre as infâncias e identidades negras em Leite do Peito, de Geni Guimarães(Universidade do Estado da Bahia, 2023-05-15) Santos, Helena Vitória Nascimento dos; Gonçalves, Luciana Sacramento Moreno; Santiago, Ana Rita; Souza, Marcos Aurélio dos SantosA presente dissertação, de viés bibliográfico, visa analisar no livro Leite do Peito: Contos (2001), de Geni Guimarães, como pela ótica da infância são construídas as identidades negras apresentadas nos contos memorialísticos e ficcionalizados do mencionado livro. O intuito do estudo é problematizar, como modo curativo para o trauma com o racismo, o processo de emudecimento da escrita de mulheres negras, historicamente silenciadas pela teoria e crítica literárias brasileiras e ressaltar a produção deste segmento com foco na escrita autoral de Geni Guimarães, na tessitura do livro Leite do Peito: Contos (2001). Para tanto, objetiva-se investigar a trajetória do apagamento do personagem negro no romance brasileiro até o solo fértil da tradição negro-feminina, em especial, a produção de Maria Firmina dos Reis, Carolina de Jesus e Geni Guimarães; identificar na voz autoral geniniana, o entrelaçamento-roda entre negritude, memórias, identidades e cosmovisão africana, presentes nas escritas em prosa e poesia e o processo de enegrecimento e militância literária presentes nos escritos de Geni; relacionar a construção das identidades a comunhão familiar a partir das categorias: maternidade, paternidade e fraternidade no contexto do livro Leite do Peito e, por fim, analisar, dentro do simbolismo da árvore sagrada, a construção identitária que constitui a menina negra em seu processo de amadurecer e resplandecer. Elabora-se neste estudo, a memória como elemento essencial de construção de signos e desconstrução de discursos opressores, ressaltando-se o teor ficcional das tessituras do livro: Leite do Peito: Contos (2001), ao trazer a ótica da infância negra como norteador das vivências, amores, dores, saberes, culturas, fé e narrativas de todo uma comunidade negra no pós-abolição a partir da força vocal oriunda da personagem-narradora, ao evocar demandas políticas, socioculturais e históricas de sociedades marginalizadas e invisibilizadas na historiografia brasileira, combatendo estereótipos e destacando as experiências do Outro, representado pela coletividade descendente de africanos em uma escrita feminina negro-brasileira, identitária e centralizada na figura da menina negra.