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- ItemBase nacional comum curricular: apagamentos e implicações da diversidade na formação em exercício da coordenação pedagógica(2021) Lima, Fábia Alves; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Silva, Fabrício Oliveira da; Oliveira, Iris VerenaEsta pesquisa tem o propósito de compreender o papel da Coordenação Pedagógica (CP) como mediadora da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no contexto de sua prática com o coletivo docente, frente ao planejamento didático-pedagógico de suas demandas diárias, a fim de identificar se este coletivo faz ou não vazar a diferença no referido documento. O delineamento metodológico ancora-se na abordagem qualitativa e se inspira no paradigma pós-crítico. Adota-se como método a (Net)etnocartografia, com o uso da bricolagem da etnografia, cartografia e netnografia, motivado pela cartografia de Deleuze e Guattari (1998, 2014, 2010), cujas pistas produzidas por meio das narrativas e imagens foram cartografadas a partir dos dispositivos Ateli(net) e Diário de Bordo, em que os fios dos episódios adotaram como procedimento de análise o próprio método (Net)etnocartográfico em processos de produções vida-formação na cibercultura, desenhadas como proposta de intervenção. A (Net) etnocartografia em interface online conecta movimentos de autorias singulares e coletivas, visando rasurar a BNCC no contexto da prática da Coordenação Pedagógica e buscar caminhos e bifurcações nos territórios onde habitam os sujeitos da pesquisa. As pistas-resultados apontam a ausência de políticas públicas para a formação da CP e discussão nas formações sobre temáticas do cotidiano que envolve gênero, raça, povos do campo, quilombolas, ciganos, comunidades tradicionais, entre outros, bem como uma BNCC que pretende o controle político do conhecimento por meio de um currículo único, o qual não é desejável em um país com dimensões (continental) territoriais, diversidade cultural e desigualdades sociais. A CP vê na processualidade da (Net) etnocartografia, via os seis (06) Ateli(net’s), pontos de conexão, contradições, atravessamentos e possibilidades de re-leituras dos espaços pedagógicos em proposições, teoricamente, enredadas pelos saberes que se articulam e se convertem em ações transformadoras, criadoras e ativas nos contextos de vida e com vidas do devir-outro, cujo rizoma-formação não tem começo e tampouco fim, pois se encontra sempre no meio e entre as linhas de fuga imperceptíveis, que se desdobrarão também na pós-defesa, criando fios que serão conectados, num ir e vir, sem simetria, experimentando as irregularidades da intuição e do inconsciente dos sujeitos, que sempre serão coautores desse trajeto de vida-pesquisa-trans-formação.
- ItemBase nacional comum curricular: apagamentos e implicações da diversidade na formação em exercício da coordenação pedagógica(UNEB, 2021-11-30) Lima, Fábia Alves; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Sousa, Denise Dias de Carvalho; Silva , Fabrício Oliveira da; Oliveira , Iris VerenaEsta pesquisa tem o propósito de compreender o papel da Coordenação Pedagógica (CP) como mediadora da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no contexto de sua prática com o coletivo docente, frente ao planejamento didático-pedagógico de suas demandas diárias, a fim de identificar se este coletivo faz ou não vazar a diferença no referido documento. O delineamento metodológico ancora-se na abordagem qualitativa e se inspira no paradigma pós-crítico. Adota-se como método a (Net)etnocartografia, com o uso da bricolagem da etnografia, cartografia e netnografia, motivado pela cartografia de Deleuze e Guattari (1998, 2014, 2010), cujas pistas produzidas por meio das narrativas e imagens foram cartografadas a partir dos dispositivos Ateli(net) e Diário de Bordo, em que os fios dos episódios adotaram como procedimento de análise o próprio método (Net)etnocartográfico em processos de produções vida-formação na cibercultura, desenhadas como proposta de intervenção. A (Net) etnocartografia em interface online conecta movimentos de autorias singulares e coletivas, visando rasurar a BNCC no contexto da prática da Coordenação Pedagógica e buscar caminhos e bifurcações nos territórios onde habitam os sujeitos da pesquisa. As pistas-resultados apontam a ausência de políticas públicas para a formação da CP e discussão nas formações sobre temáticas do cotidiano que envolve gênero, raça, povos do campo, quilombolas, ciganos, comunidades tradicionais, entre outros, bem como uma BNCC que pretende o controle político do conhecimento por meio de um currículo único, o qual não é desejável em um país com dimensões (continental) territoriais, diversidade cultural e desigualdades sociais. A CP vê na processualidade da (Net) etnocartografia, via os seis (06) Ateli(net’s), pontos de conexão, contradições, atravessamentos e possibilidades de re-leituras dos espaços pedagógicos em proposições, teoricamente, enredadas pelos saberes que se articulam e se convertem em ações transformadoras, criadoras e ativas nos contextos de vida e com vidas do devir-outro, cujo rizoma-formação não tem começo e tampouco fim, pois se encontra sempre no meio e entre as linhas de fuga imperceptíveis, que se desdobrarão também na pós-defesa, criando fios que serão conectados, num ir e vir, sem simetria, experimentando as irregularidades da intuição e do inconsciente dos sujeitos, que sempre serão coautores desse trajeto de vida-pesquisa-trans-formação.
- ItemCartografias de uma neolinguagem inclusiva: outras gramáticas na língua portuguesa na cibercultura(2023-07-09) Menezes, Jadla Morais; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Santos, Dina Maria Rosario dos; Salvadori, Juliana; Santos, Edméa Oliveira dosEsta pesquisa toma como tema de estudo a Neolinguagem Inclusiva assumida em sua perspectiva não binária, que abriga uma cartografia sobre os sujeitos dissidentes a linguagem e visibilização em redes na Cibercultura e nos ambientes educacionais, em especial, na educação básica. Tem como objetivo central: analisar como a Neolinguagem interroga a linguagem através da diferença, pelo diverso, dissidente e heterogêneo, a fim de afirmar a inclusão da mesma no ensino da Língua Portuguesa de modo que os/as/es sujeitos se sintam visibilizados/as/es como sujeitos de linguagem. Como objetivos específicos definimos: a) Produzir uma genealogia da linguagem dita neutra, perfomatizando outra história que descontinua formas de se ver o gênero binário na LP, considerando o sujeito como um efeito de linguagens, discursos. b) Enredar cartograficamente as disputas de narrativas na cibercultura sobre a Neolinguagem e o seu uso como forma de uma comunicação não-binária. c) Apresentar estratégias cartografadas para a inserção da neolinguagem no ensino da Língua Portuguesa na educação básica, a fim de produzir cartografias da diferença de modo a visibilizar os sujeitos/eis. Adota como método a cartografia, que se faz como um mapa aberto, objetivando trazer uma história outra para essa cortinagem binária que a Língua Portuguesa implantou e defende. Os/as/es sujeitos coautores/as/ies da pesquisa foram os/as usuários/as/ies na Cibercultura e o Ciberespaço através dos corpus de análise: Youtube e Twitter Como procedimento de análise o próprio método cartográfico. Na primeira fase da pesquisa realizou-se a revisão sistemática do tema em estudo no recorte temporal de 2015 até 2021 na base de dados SciELO e Google Acadêmico cujos resultados apontaram para a escassez de pesquisas devido a atualidade do tema, ampliando-se assim, o escopo da revisão para uma cartografia na cibercultura. Como resultados centrais a pesquisa destaca: embates emergentes e coexistentes na cibercultura e seus jogos de força que cambiam entre um discurso impositivo sobre a Neolinguagem gerando a informação, a desinformação e/ou a propagação de fake news nesses espaços, assim como discursos defensores da Neoliguguagem como movimento de inclusão e desvinvisibilização dos sujeitos; cartografia da neoliguguagem com estratégias de promoção, espaço de visibilidade, respeitando a forma como cada pessoa deseja ser identificada; NI, visa desconstruir as normas binárias tradicionais e reconhecer a multiplicidade de identidades de gênero e orientações sexuais, encontra tanto apoio entusiástico quanto resistência firme na cibercultura do Instagram, Youtube e Twitter, conforme (corpus de análise cartografados). Os/as/es usuários/as que abraçam essa forma de linguagem frequentemente enxergamna como uma oportunidade de respeitar a autodeterminação das pessoas, promovendo inclusão e desconstruindo estereótipos de gênero. Eles veem o uso de pronomes inclusivos e outras adaptações linguísticas como um ato de inclusão social e linguística, uma maneira de afirmar o direito de cada falante.
- ItemDesenvolvimento das aprendizagens na educação infantil: contribuições da neurociência(UNEB, 2024-06-28) Oliveira, Nádja Luana Barros Cavalcanti; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Carvalho, Fernanda Antoniolo Hammes de; Coelho, Patrícia Júlia Souza; Nunes, Jacy Bandeira AlmeidaEsta pesquisa de mestrado investigou o desenvolvimento das aprendizagens das crianças de 0 a 6 anos, tomando como fundamento teórico a aplicação dos conhecimentos de neurociência na Educação Infantil, tendo como contexto o Centro Municipal de Educação Infantil Olívia dos Santos Silva - CMEI Olívia, em Jacobina - BA. Partiu de duas questões investigativas: como vem acontecendo o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil na instituição CMEI Olívia, no município de Jacobina - BA? E como a neurociência pode contribuir para o desenvolvimento dessas aprendizagens? O objetivo geral consistiu em compreender o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil, tomando como fundamento o potencial das contribuições da neurociência. Entre os objetivos específicos, destacou-se: analisar os documentos legais e a literatura da área sobre o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil; cotejar as contribuições dos fundamentos da neurociência, com destaque para as funções executivas, dialogando com as práticas existentes e as novas orientações para o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil; inventariar os conhecimentos prévios das professoras acerca dos fundamentos e das práticas que elas já realizam; e gerar, colaborativamente, orientações teóricas e metodológicas para o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil do CMEI Olívia, através da realização de ateliês de formação. Utilizando a abordagem qualitativa e pesquisa colaborativa, ancoradas na reflexão da bricolagem como paradigma epistemológico, foram utilizados dispositivos de construção de dados, como análise documental, observações e entrevistas semiestruturadas. Para a análise dos dados, foi utilizada a Teoria Fundamentada em Dados (TFD). As participantes foram as professoras da Educação Infantil. Os resultados apontaram que o jogo e a atividade lúdica são metodologias de ensino já presentes em suas práticas. No entanto, foi identificado que uma parte das professoras desconhece os estudos de neurociência aplicados à educação e sinalizaram a necessidade de uma formação continuada específica nessa área. Como produto, foram propostas orientações teóricas e metodológicas para a construção de um plano de formação, através de ateliês formativos, intitulado “Otimizando o Aprendizado Infantil”, que será apresentado à Secretaria de Educação do Município de Jacobina como uma proposta de formação continuada para o município. Considera-se que a neurociência pode fornecer estratégias eficazes para aprimorar o ensino e a aprendizagem na Educação Infantil, promovendo o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças.
- ItemDissidências e (Im)pertinências de gênero no território escolar: memorial cartográfico Lucemberg(2018) Oliveira, Lucemberg Rosa ; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Salvadori, Juliana Cristina; Auad, Daniela; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoA pesquisa de mestrado intitulada Memorial Cartográfico: dissidências e (Im)pertinências de gênero no espaço escolar, realizada numa escola municipal da rede de Barra do Mendes - BA, toma como centralidade as questões que envolvem o gênero, entre eles as performances, bem como as práticas pedagógicas e formação docente. Teve como objetivo principal compreender como as performances de gênero são apresentadas na escola a partir das reflexões sobre as práticas pedagógicas dos/a colaboradores/a da pesquisa e como objetivos específicos: descrever por meio de observações participantes em quais momentos as performances de gênero são identificadas/silenciadas na escola e cartografar os conceitos- chave relativos às performances de gênero. A pesquisa se ancora no horizonte qualitativo, utilizando o método cartográfico para apontar epistemologicamente e metodologicamente a esta procedimento de construção e análise dos dados, tendo em vista a perspectiva pós-crítica, de questionar os próprios modos de fazer pesquisa, permitindo ao pesquisador se emaranhar por uma gama de procedimentos aos quais outros tipos de pesquisa tradicionais não permitiriam, ela não se prende ao formalismo metodológico, o que nos permite classificá-la como pós-moderna, pós-crítica e pós-estruturalista. A pesquisa cartográfica difere de outros modos de fazer pesquisa. Baseados, sobretudo, no impacto epistemológico conduzido por Deleuze e Guatarri (1995) – propositores desse conceito – no campo da filosofia, acabam por cotejar no que concerne à produção investigativa na área das ciências humanas, em geral, e especialmente no campo da educação. Como dispositivos de construção dos dados, utilizaram-se Ateliês de pesquisa, e observação participante, buscando registrar, problematizar e refletir sobre as práticas e, consequentemente, formar professores/a em exercício para o trato com a temática. Assim o saber é, sobretudo, produto e processo das redes heterogêneas de interações de agregados sociais humanos e não-humanos (condições objetivas e subjetivas da realidade). Como resultado/produto final, foi elaborado pelo coletivo docente o Projeto didático-pedagógico para o trato da diversidade de gênero na sala de aula. Além disso, a pesquisa apontou que ainda há um longo caminho para implementar as discussões sobre gênero na escola, uma vez que as pessoas que foram o corpo dessa instituição ainda buscam maneira de silenciar tais questões e quando estas ultrapassam os limites do que ocasionou a ser “normal”, os (a) estudantes são vistos como objetos. Ainda, foi possível verificar que muitos professores e professoras ainda se sentem, em muitas ocasiões, reféns de práticas pedagógicas, ainda distantes das demandas dos sujeitos da contemporaneidade, embora estes estejam presentes na escola, no cenário da diversidade, esta ainda é regida, por uma estrutura muito hierárquica, que insiste em olhar mais para a normatividade do que para a diversidade, principalmente no que se refere às questões de gênero.
- ItemEducação feminista e antirracista: narrativas de estudantes negras em Mirangaba-BA(2019) Santos, Amanda Oliveira dos; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Cardoso, Cláudia Pons; Barros, Zelinda dos SantosNesta investigação, analisei narrativas autobiográficas de seis estudantes negras, do Ensino Fundamental II, do turno noturno, de uma escola pública, em Mirangaba, Bahia. Com idades entre 15 a 30 anos, essas mulheres re-velaram suas histórias, entre março e abril de 2019. O exercício de análise objetivou identificar e refletir sobre as discriminações interseccionais (CRENSHAW, 2002; 2004; 2019; AKOTIRENE, 2018) que acometem as estudantes negras e desenvolver na escola, a partir das experiências narradas (HOOKS, 2017), estratégias pedagógicas que combatam o racismo e o sexismo e promovam pertenças afrocentradas. O método de pesquisa adotado para chegar às narrativas foi o autobiográfico (BUENO, 2002), com o apoio de um questionário fechado e do dispositivo de pesquisa desenvolvido especificamente para esta investigação: a Projeção Coletiva (SANTOS; SILVA, 2017). As narrativas apontaram para os efeitos da subordinação estrutural (CRENSHAW, 2002; 2004) que submete mulheres negras a estereótipos (GONZALEZ, 1984) e experiências de “burros de carga” da sociedade (TRUTH, 1867 apud AKOTIRENE, 2018), desde a colonização, retirando-lhes o direito de exercer plenamente suas habilidades intelectuais, que ficam restritas ao tempo e ao espaço escolar. A discriminação mista ou composta promove efeitos devastadores sobre seus corpos, que padecem da solidão (PACHECO, 2013; SOUZA, 2008; COSTA, 2019) e rejeição dos seus sinais diacríticos (GOMES, 2006; KILOMBA, 2019). E a violência do racismo patriarcal (SILVA, 2013) deixa marcas profundas em seus corpos e em suas memórias. No entanto, para resistir à fome, ao racismo, à violência, elas criam uma rede de mães e irmãs e se cuidam entre si. Como resultado/produto da trajetória de pesquisa, além da dissertação, foram elaborados e realizados projetos didático-pedagógicos com foco na Lei nº 10.639/03, numa perspectiva feminista negra, considerando a responsabilidade da escola, como instituição comprometida com os direitos humanos, de lidar com as causas e as consequências dessas discriminações, bem como propor estratégias de resistência.
- ItemA Educação Sexual nos livros didáticos de Biologia: uma abordagem no campo do currículo(2016-07-26) Texeira, Roberto Santos Filho; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Botelho, Denise Maria; Gomes, Antenor RitaEste Trabalho Final de Conclusão de Curso de Mestrado Profissional, volta-se para a Educação Sexual dirigida à adolescentes, buscando problematizar processos de produção das diferenças sexuais e de gênero. Esta investigação sustentou-se nos campos dos Estudos Culturais e dos Estudos Feministas, articulados com a perspectiva pósestruturalista de análise. Realizamos pesquisa exploratória com a aplicação de questionário à estudantes do ensino médio, intervenção pedagógica através de Ateliê de Pesquisa Formativo e analisamos livros didáticos de biologia endereçados ao ensino médio. A pesquisa exploratória realizou-se a partir da análise de questionários respondidos por estudantes. Investigamos as necessidades e as dificuldades das/os estudantes em relação à Educação Sexual na escola. Os resultados indicaram que todas/os as/os entrevistadas/os consideraram importante a implantação da Educação Sexual na escola, entretanto, apontaram ausência de trabalho pedagógico em Educação Sexual em sua escola. Outro achado da pesquisa, evidenciado nos encontros do Ateliê de Pesquisa Formativo diz respeito à existência da dicotomia entre teoria e prática, uma vez que as/os docentes reconhecem a importância de se trabalhar a Educação Sexual na escola, mas, no entanto, não incluem em suas práticas a discussão desse tema. Ficou evidente ainda, a necessidade de investimento em ações pedagógicas que promovam efetivamente a Educação Sexual na escola. O processo analítico dos livros didáticos de biologia baseou-se nos achados da pesquisa exploratória, nas discussões sobre os temas relacionados à Educação Sexual ocorridas no Ateliê de Pesquisa Formativo, nos estudos das “representações” sexuais e de gênero marcardas nos livros didáticos e na tentativa de explicitar um modo de problematizar tais representações a partir de um processo de “desconstrução”. O modo como o gênero e a sexualidade estão representados produz significados que marcam e constituem não apenas o sujeito e as práticas normais, como também os sujeitos e as práticas “desviantes”, “não autorizadas”, “anormais”. Os resultados obtidos com a experiência, sustentada por uma metodologia de trabalho aberta, dialógica e participativa, possibilitaram as/aos docentes participantes da pesquisa um espaço de reflexão e de elaboração de vivências e experiências, o que propiciou uma reconstrução/ressignificação em relação às questões que envolvem a Educação Sexual. Assim, o estudo investigativo realizado possibilitou a construção de conhecimentos e de habilidades na área, instrumentalizando os sujeitos da Educação Básica para o enfrentamento das dificuldades e da complexidade das temáticas da Educação Sexual e para intervenções transformadoras, seja no âmbito pessoal, profissional ou escolar. Assim, considerando as informações obtidas será elaborado Documento Referencial em Educaçã Sexual.
- ItemEnsino de história e cultura afro-brasileira, africana e identidade: desafios e implicações nas práticas pedagógicas(2018) Medeiros, Marleide Alves de Oliveira; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Cardoso, Cláudia Pons; Sousa, Denise Dias de Carvalho; Barros, Zelinda dos SantosEsta pesquisa, intitulada Ensino de História e Cultura afro-brasileira, Africana e Identidade: Desafios e Implicações nas Práticas Pedagógicas, tem como objetivo geral diagnosticar a aplicabilidade da lei 10.639/03 para o ensino da História e Cultura Afro-brasileira, pois compreendemos que sua efetivação apresenta alguns desafios, sendo esta temática de grande relevância na valorização da identidade negra. Teve como lócus o Colégio Municipal Gilberto Dias de Miranda (CMGDM), na cidade de Jacobina, no ensino fundamental anos finais, com os/as docentes colaboradores/as, buscando fomentar as discussões para elaboração de uma proposta de Ciclos de Formação contínua, no que diz respeito à temática étnico- racial. Como metodologia, utilizamos a pesquisa-ação colaborativa, que se ancora no tipo de pesquisa qualitativa, inspirada no paradigma crítico-dialético, haja vista que esse pressuposto concebe a pesquisa como um trabalho de investigação, o qual estabelece uma aproximação entre o campo da escola e da realidade, na inter-relação do todo e das partes, teoria e prática. Utilizamos como aporte teórico os estudos de Hall (2002); Moita Lopes (2006); Silva (2014); Gomes (2002,2005,2011); Moreira e Candau (2003); Munanga (2012); Franco e Ghedin (2015), Nóvoa (2009) e Gamboa (1998,2010). Empregamos como instrumentos de construção de dados, no primeiro momento, a escala de valores; em seguida, na pesquisa efetiva em campo: observação participante, Ateliê de Pesquisa e grupo focal on line. Como procedimento de análise dos dados, recorremos à Análise de Conteúdo, tipo temática, segundo Bardin (2006) e Fontoura (2011). Os resultados apontam que a Lei 10.639/03 não está sendo aplicada no CMGDM e que as ações e práticas referentes à cultura africana ocorrem de forma folclórica, em momentos comemorativos e pontuais. Confirmou-se, também, que existe uma lacuna na formação municipal docente para o preparo dos/as docentes na Educação da relações étnico-raciais. Ademais, evidenciou-se que o Projeto Político-Pedagógico, os planos pedagógicos e os livros didáticos não contemplam as especificidades de uma educação antirracista e para a diversidade cultural dos /as estudantes. As fases da pesquisa foram delineadas ao longo do processo, considerando a colaboração entre pesquisadora e os /as docentes, de forma a estabelecer uma proposta de intervenção da pesquisa como resultado/produto final, ou seja, o Ciclo de formação contínua a ser implantado na rede municipal de ensino.
- ItemFormação docente no IFbaiano Itapetinga: demandas coletivas, permanência e êxito estudantil(2016-07-26) Souza, Izanete Marques; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Souza, Eliseu Clementino de; Botelho, Denise MariaA pesquisa Formação docente no IF Baiano Itapetinga: demandas coletivas, permanência e êxito estudantil objetivou identificar as demandas de formação dos docentes do IF Baiano – Campus Itapetinga para a institucionalização do trabalho com diversidades socioeducativas e culturais dos estudantes das turmas do Curso Técnico em Informática subsequente ao Ensino Médio, com o fito de promover a institucionalização do trabalho com as temáticas da diversidade, considerando as demandas de formação apresentadas pelos seus docentes ao longo da pesquisa. A metodologia utilizada foi inspirada na abordagem epistemológica hermenêutica, ancorada na abordagem qualitativa, tendo como metodologia a etnografia para a construção do processo de conhecimento na pesquisa em educação o que resultou em um registro sistemático das informações e ações do IF Baiano – Campus Itapetinga. A análise temática do conteúdo foi adotada como procedimento de pesquisa analítico das informações contidas nas entrevistas narrativas. Para tal a autora central foi Laurence Bardin (2009). Essas análises foram ratificadas com as informações contidas nos demais instrumentos de pesquisa: questionário socioeconômico dos discentes, Projeto Pedagógico do Curso. Os principais resultados apontam a identificação das demandas formativas do coletivo (corpo docente e técnico administrativo em educação). Para o atendimento das demandas resultantes da pesquisa foi proposto ao Campus Itapetinga, lócus da pesquisa, uma Política de Formação com princípios formativos para as necessidades institucionais dentro da perspectiva de que a permanência e o êxito estudantil é um compromisso da coletividade, considerando neste bojo tanto os achados da pesquisa quanto as diversidades socioeducativas e culturais dos estudantes, as demandas de formação continuada apontadas, as condições estruturais do curso e as reflexões advindas da pesquisa da prática.
- ItemFormação em exercício e desenvolvimento das práticas pedagógicas docentes: um estudo de caso no âmbito do Programa de Formação de Professores - PARFOR em Várzea do Poço-BA(2016-07-26) Sousa, Nilcelio Sacramento de; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Sales, Marcea Andrade; Fontoura, Helena Amaral daEssa pesquisa está inserida no ambiente dos estudos acerca da formação de professores em exercício, mais especificamente nomeando como objeto de estudo a análise das contribuições do Programa de Formação de Professores da Educação Básica para o desenvolvimento das práticas docentes dos egressos do curso de Pedagogia. Buscou-se identificar as contribuições do Programa PARFOR/UNEB para a (re)construção das práticas docentes dos seus egressos; discutir a importância das práticas docentes desenvolvidas pelo PARFOR diante da ruralidade contemporânea e suas implicações no processo de aprendizagem. A pesquisa se desenvolveu, tendo como método o estudo de caso, através de uma abordagem de cunho fenomenológica. Utilizamos como dispositivos de pesquisa o questionário e a entrevista narrativa. Para a análise, interpretação dos dados, elegemos a método/técnica da Tematização, tendo como suporte teórico-metodológico Fontoura. Tivemos como colaboradores desse estudo três professores da Escola Municipal Laurentino Barreto Santos, situada no município de Várzea do Poço/BA. Os pressupostos teóricos que deram sustentação a este estudo foram tecidos através de várias vozes, dentre as quais destacamos: Pimenta, Freire, Nóvoa, Rios, Fontoura. Constatou-se, a partir do estudo, que a formação possibilitou o desenvolvimento das práticas pedagógicas docentes dos professores egressos, através do exercício reflexivo sobre a prática, ou seja, a formação ofereceu caminhos de certa forma para a tríade ação-reflexão-ação, possibilitando a (re)construção dos saberes-fazeres docentes. Os colaboradores da pesquisa narram ainda que a formação deixou um pouco a desejar no que diz respeito à contextualização com a realidade local e no tocante às temáticas relacionadas aos contextos de diversidade. Tal constatação demonstra a importância da construção de uma proposta formativa que reflita as práticas pedagógicas docentes de forma contextualizada e os contextos de diversidade.
- ItemGestar II: proposta de formação continuada e suas contribuições para a prática pedagógica do professor de matemática(2016-07-25) Santana, Cecília Cabral Mascarenhas de; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Sales, Márcea Andrade; Roseira, Nilson Antônio FerreiraA presente pesquisa elegeu como objeto de estudo a docência e sua relação com a formação continuada de professores no âmbito do Programa GESTAR, considerando a problemática enfrentada no ensino da Matemática no espaço público escolar. Este trabalho volta-se para a formação continuada dirigida a professores de Matemática dos anos Finais do Ensino Fundamental, identificando as contribuições e limites evidenciados no processo de ensino da Matemática escolar. Esta investigação se ancorou nas contribuições de Garcia (1998), Fiorentini (2000), Nóvoa (2002), Perrenoud (2002), Tardif (2007), Gatti (2009), D‟Ambrósio (2010), Ramalho (2014) e Veiga (2012), como autores que subsidiaram a investigação. A pesquisa teve como objetivo central analisar a proposta de formação continuada ofertada pelo Programa GESTAR, na perspectiva de suas contribuições para a prática pedagógica do professor no processo de ensino da Matemática escolar. Trata-se de uma pesquisa alicerçada na perspectiva qualitativa, inspirada no paradigma epistemológico da hermenêutica. Como aporte na delimitação da metodologia, utilizamos como autores Ludke e André (1986), Bardin (1997), Ghedin e Franco (2008), Gil (2010) e Minayo (2011). A pesquisa realizou-se tendo como referências a entrevista semiestruturada e observações participantes das aulas de Matemática em duas escolas estaduais da cidade de Senhor do Bonfim/BA. Utilizamos ainda como dispositivo da pesquisa o Caso de Ensino aplicado junto à equipe gestora, coordenação e professores de Matemática em encontros de Atividade Complementar. Investigamos as necessidades e as dificuldades enfrentadas pelos docentes na viabilização de suas práticas pedagógicas na escola. Os resultados revelaram que todos os professores participantes da pesquisa consideraram importante o processo formativo do Programa GESTAR, bem como todo o suporte, acompanhamento/intervenção viabilizados pelos formadores em suas ações formativas. Entretanto, apontam a ausência de novos materiais (suportes pedagógicos), de políticas públicas que contribuam para o desenvolvimento de ações planejadas na escola e de apoio da gestão para o desenvolvimento das atividades no contexto escolar. Outro achado da pesquisa, apresentado nos momentos de observação participante diz respeito à existência de contextos que estabelecem relações entre teoria e prática, uma vez que os docentes reconhecem a importância de se trabalhar a partir de situações-problema no ensino da Matemática, mesmo evidenciando que essa prática tem ocorrido ainda de forma tímida em alguns contextos de ensino. Situações contextualizadas com outras disciplinas, utilização de outros materiais didáticos, que não somente o livro didático, elaboração de sequências didáticas em consonância com contextos atuais e significativos à vida do estudante, criados pelos próprios docentes, foram apontados como pontos positivos nos processos de ensino. Nesse sentido, apresentamos as informações emergentes do campo, sistematizadas em uma Cartografia das Práticas Pedagógicas.
- ItemA neurociência na pesquisa da prática docente: intervenções nas aprendizagens dos estudantes(2016-07-27) Liberato, Aline Araújo e Silva; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Sales, Marcea Andrade; Carvalho, Fernanda Antoniolo Hammes deEste estudo realizado na cidade de Remanso – BA toma a formação continuada docente como objeto de investigação, haja vista que é preciso trazer para o campo pedagógico as inovações e conclusões das ciências. Neste trabalho, tomamos como fonte de inspiração o conjunto de ações desenvolvidas pelo projeto Escrita para Todos. A abordagem teórica está ancorada nas contribuições da neurociência, numa dimensão para além dos aspectos biologizantes, haja vista que nos processos de aprendizagem aportam aspectos biológicos, cognitivos, psicológicos, culturais e subjetivos complexos. Os principais autores utilizados para subsidiar a investigação foram: Barbante, Amaro e Da Costa (2011), Capovilla, A.G. S e Capovilla, F.C. (2000), Elvira Souza Lima (2013), Erick Kandel (2014), Ivan Iziquierdo (2011), Leonor Bezerra Guerra (2011), Leonor Scliar Cabral (2003), McGuinness (2006), Morais, Kolinsky e Grimm-Cabral (2004), Perfetti, Landi e Oakhill (2013), Ramon M Consenza (2011), Robert J. Stenberg (2010), Roberto Lenter (2010), Rodrigues e Tomitch (2004), Snowling e Hulme (2013), Stanislas Dehaene (2012), Suzana Herculano Hozel (2007). A pesquisa teve como objetivo central investigar as contribuições da neurociência para o planejamento de intervenções docente em classes de alunos do 3º ano em defasagem idade/série. A metodologia adotada foi a pesquisa ação colaborativa, vinculada a critérios de escolha e interpretação numa perspectiva qualitativa, inspirada na reflexão hermenêutica como paradigma epistemológico. Como subsídio na construção da metodologia escolhida utilizamos os autores/autoras: Bardin (1977), Brandão (2003), Ferreira e Moura (2005), Gil (2010), Ghedin e Franco (2011), Guerra (2006) e Moreira e Caleffe (2008). Como instrumentos de construção dos dados, utilizamos questionário estruturado com aplicação mediada, entrevista semiestruturada, encontros periódicos com os sujeitos da pesquisa. Considerando a abordagem metodológica, foi elaborado e desenvolvido coletivamente o Plano de Formação intitulado Diálogos formativos. Utilizamos, ainda, como dispositivos da pesquisa, atividades de acompanhamento de aprendizagens de leitura e de intervenções aplicadas aos estudantes do 3º ano do ensino fundamental I, nas séries iniciais. Como resultado da pesquisa organizamos a Proposta de Formação Continuada para o município lócus da pesquisa, a qual tem o objetivo de subsidiar a organização do trabalho pedagógico num contexto neurocientífico. Os resultados obtidos apontaram que o estudo da neurociência elevou o indicador das percepções e expectativas das docentes colaboradoras quanto às aprendizagens dos estudantes e quanto ao ensino de leitura. Constatamos também, que o professor tomando posse de conteúdos neurocientíficos pode atuar mais efetivamente no processo de ensino e de aprendizagem e que ao compreender como o cérebro da criança se organiza para aprender, as professoras planejaram intervenções considerando o processo de aquisição da leitura de cada criança. Outros achados da pesquisa apontaram avanços diferenciados nos processos de leitura conforme o grau e nível de intervenções realizadas e os respectivos acompanhamentos dos estudantes. Didática, pedagogia, estudo neurocientífico e conhecimento da base linguística da língua portuguesa constituem o centro da problemática da não aprendizagem das crianças no processo de alfabetização. Sendo assim, esses elementos devem compor o conjunto de princípios a serem investigados na formação docente. Entretanto, estudar apenas conteúdos neurocientíficos da aprendizagem sem um conhecimento do princípio do sistema alfabético do português não dá condição de uma mudança de concepção de ensino e planejamento.
- ItemPedagogia feminista no território escolar: devires cartográficos no enfrentamento da violência sexual infantil(2020) Abreu, Laís Oliveira; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Silva, Zuleide Paiva da; Auad, Daniela; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoA presente pesquisa surge das inquietações corporificadas acerca da síndrome do silêncio diante do fenômeno da violência sexual infantil e dos altos índices desta prática criminosa no contexto brasileiro. Esta grave problemática perpassa os diversos âmbitos da sociedade e se reproduz no território escolar seja pela omissão ou por discursos e práticas que a naturaliza, mas este espaço tem papel preventivo e repressivo na rede de proteção prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA. Ao tomar este tema como objeto de pesquisa e a escola pública da educação básica como locus, nosso objetivo central buscou compreender as principais contribuições da pedagogia feminista para o enfrentamento da violência sexual infantil no território escolar na perspectiva da pesquisa-intervenção. Os objetivos específicos consistiram em: caracterizar o fenômeno da violência sexual infantil e suas principais implicações nas infâncias das crianças; mapear ações pedagógicas, ancoradas na pedagogia feminista, que contribuam para a prevenção da violência sexual infantil no território escolar e construir colaborativamente uma cartografia de afetos, visando contribuir para o enfrentamento da violência sexual infantil no território escolar. A pesquisa de abordagem qualitativa adotou o método cartográfico a partir de Deleuze e Guattari (1995) e Barros e Kastrup (2015), o qual se ancora no paradigma pós-crítico. Os dispositivos de pesquisa utilizados para a construção dos dados foram: observação, diário de campo/pesquisa e Ateliês de Pesquisa. Os sujeitos participantes, num total de nove, foram os/as docentes do turno matutino da escola pesquisada, coordenação pedagógica e direção, cuja participação se deu por livre adesão. Construímos na processualidade da cartografia um total de seis Ateliês de Pesquisa entre julho de 2019 e agosto de 2020, sendo o primeiro deles de caráter exploratório e os dois últimos realizados em ambiente virtual. Os resultados indicam pistas cartográficas dos agenciamentos tecidos pelo coletivo participante na tentativa de enfrentar as linhas duras que rizomatizam o contexto das temáticas que se conectam ao enfrentamento da violência sexual infantil: gênero, sexualidade, educação sexual. As linhas de fuga e suas dobras apontam a educação menor como um devir possível para promover desterritorializações no terreno liso da escola face às políticas públicas locais que não convocam a intersetorialidade para a ação em rede. A pedagogia feminista, mesmo que timidamente reconhecida, emerge nas narrativas que promoveram ação-reflexão-ação acerca das vivências, subjetividades e práticas pedagógicas nas paisagens do território escolar. Os resultados apontam ainda a ausência do viés interseccional nas práticas pedagógicas quanto às categorias de gênero, raça, classe, sexualidade etc, demandando reinvenções. Assim, o coletivo vê na Cartografia de Afetos uma possibilidade de ação concreta no território escolar. Contudo, percebe a necessidade de estudar mais as pedagogias feministas, inserir a discussão do ECA no Projeto Político Pedagógico-PPP da escola para que as práticas refletidas/construídas, a exemplo das palestras, entrevistas, rodas de conversa, caminhada/pedalada possam transbordar numa ação que de fato promova o enfrentamento da violência sexual infantil no território escolar.
- ItemPráticas discursivas docentes sobre as performances de gênero no contexto escolar(2019-09-30) Oliveira, Allisson Esdras Fernandes de; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Salvadori, Juliana Cristina; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoA pesquisa intitulada: “Práticas discursivas docentes sobre as performances de gênero no contexto escolar” toma como objeto de estudo as Práticas Discursivas de professores e professoras sobre as performances de gênero no contexto escolar. Busca compreender como as implicações socioculturais contribuem para o processo de constituição das performances de gênero. Para tanto, o embasamento teórico advém, principalmente, de uma perspectiva pós-estruturalista, no que se refere aos estudos de gênero em Butler (2010). O objetivo central da pesquisa é analisar como as práticas discursivas dos professores difundem e ou silenciam as performances de gênero no contexto da sala de aula. Optou-se como método a etnografia crítica por este possuir aderência com a proposta investigativa da pesquisa e ser um método fundado no campo da educação. Como lócus da pesquisa apresentamos uma escola pública de ensino Médio, do município de Xique-Xique, no estado da Bahia. Como dispositivos de pesquisa para a construção de dados, foram utilizadas entrevistas abertas, observações participantes com o uso do diário de bordo de modo a apresentar no decorrer das análises, maiores detalhes referentes às práticas discursivas dos professores participantes da pesquisa, num total de 10 docentes, sendo 3 homens e 7 mulheres. Como principais resultados da pesquisa, inferiu-se que a escola de modo geral, como instituição social, ainda reproduz certos discursos considerados arraigados em relação às questões referentes ao gênero e uma distante abordagem do tema durante as aulas. O estudo apontou ainda que segundo o coletivo docente, o Ateliê de Pesquisa contribuiu para a reflexãoação- reflexão das práticas pedagógicas, ao debaterem coletivamente sobre suas próprias narrativas advindas da entrevista , o que possibilitou novas estratégias acerca do trabalho com as performances de gênero no contexto escolar, considerando que as práticas discursivas dos professores e das professoras não dão ainda visibilidade as performances de gênero no contexto escolar, ao não abordarem de maneira frequente e participativa o levantamento de questões sobre o tema. A pesquisa marca ainda processos de transição de rupturas presentes nos discursos dos docentes no que se refere a normatividade de gênero. Outro dado apresentado é que se observou nas aulas e nos Atividades Complementares (AC) que ainda existem discursos preconceituosos no interior da escola, como também silenciamentos na abordagem das temáticas sobre gênero. Visualizou-se também um movimento que propõe mudanças no currículo escolar e a necessidade de formação em exercício, com os professores sobre o tema, tomando a escola como lócus da formação, bem como a importância de projetos didático-pedagógicos que envolvam a comunidade escolar como um todo, para realização de ações de combate ao preconceito e discriminação de gênero.
- ItemRetratos de mulheres sertanejas: entre imagens, histórias de vida e artes de si(UNEB, 2023-09-28) Mendes, Iane Rocha; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Gomes, Antenor Rita; Gomes, Gislene Moreira; Vasconcelos , Jane Adriana; Ávila , Maria AuxiliadoraEsta pesquisa toma como objeto de estudo as artes de si e histórias de vida das mulheres sertanejas ao tempo que busca analisar como as imagens podem potencializar o reconhecimento destas artes de si e histórias de vida na composição de perspectivas formacionais para a diversidade. Traz no seu objetivo geral, (Re)conhecer as mulheres sertanejas através de suas imagens, histórias de vida e artes de si a fim de visibilizar as perspectivas formacionais para a diversidade. A pesquisa investiga as trajetórias das mulheres sertanejas, explorando suas imagens e histórias de vida para (des)velar suas potencialidades e analisar como essas imagens e narrativas podem fortalecer perspectivas formativas para e pela diversidade. Para isso, são realizados A(r)teliês de pesquisa, que funcionam como espaços de formação colaborativa. Nesses ateliês, as mulheres sertanejas participantes têm a oportunidade de produzir narrativas de si por meio de imagens, utilizando o diário de campo e a escuta como dispositivos de construção dos dados. Metodologicamente, a pesquisa está alinhada à abordagem narrativa, considerando a narrativa tanto como o objeto de estudo quanto a forma de análise. Os A(r)teliês de pesquisa são utilizados como uma proposta de planejamento projetivo e interventivo com as colaboradoras, que são mulheres sertanejas do Departamento de Ciências Humanas da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Campus IV – Jacobina, pertencentes à microrregião de Jacobina-BA. Os resultados obtidos indicam um reconhecimento crescente da importância dos saberes e fazeres artísticos das mulheres sertanejas, bem como uma desconstrução das imagens estereotipadas associadas ao sertão, apontando ainda novos modos de habitá-lo.
- ItemSinais-vivências: o potencial criativo da literatura surda na ressignificação de experiências e narrativas surdas(2021) Campos, Maynara Costa de; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Salvadori, Juliana Cristina; Felix, José Carlos; Silva, Tiago Ribeiro da; Bento, Nanci AraújoEsta pesquisa teve como proposta compreender o potencial criativo da literatura surda em narrar os diversos modos de ser surdo/surda, tensionando identidades e diferenças nessa construção como singularidade na multiplicidade. Desse modo, para fundamentar esse percurso investigativo, nos subsidiamos em principais autores e autoras, tais como: Lodenir Karnopp (2008), Evaristo (2017), Candido (2002), Silva (2014), Hall (2014), Clandinin e Connelly (2000), Carvalho (2019), Deleuze e Guattari (2014) e outros, que tratam sobre a literatura contemporânea e seus marcadores identitários e culturais, bem como aqueles que dialogam sobre aspectos relacionados às narrativas e diferenças no campo da surdez. O horizonte metodológico desta pesquisa se ancora na abordagem qualitativa, pois tem como perspectivas centrais traçar um determinado contexto histórico das experiências literárias surdas através de suas narrativas. Esse estudo percorreu por atravessamentos das identidades e da diferença, inspirando-se na concepção pós-estruturalista, precisamente, ancorada à filosofia da diferença defendida por Gilles Deleuze (1997; 1998; 2000; 2006; 2014). Os fundamentos metodológicos foram os preceitos da pesquisa narrativa, tendo como procedimento de análise a própria narrativa à luz de Clandinin e Connelly (2000). Os participantes da investigação foram sujeitos surdos, dentre os quais oito estão localizados no Território de Identidade do Piemonte Norte do Itapicuru, e um pertencente ao território Portal do Sertão. Para a etapa de produção de dados, utilizamos como dispositivo a proposta de Tertúlias Dialógicas Literárias, as quais intitulamos de janelas sinalizantes. Os resultados obtidos foram: fornecimento de subsídios aos estudos literários contemporâneos, ampliando o conceito de literatura surda; além disso, emergiu em campo sinais-vivências como potencial criativo da literatura surda; a possível construção de um e-book literário colaborativo, o qual poderá contribuir com a educação numa perspectiva formativa evidenciado a materialidade das experiências e vivências surdas em suas diferenças por meio da literatura surda, proporcionando, portanto, discussões que destacam marcadores das diferenças culturais e linguísticas das pessoas surdas.