Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) em Educação e Diversidades (MPED) - Jacobina
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) em Educação e Diversidades (MPED) - Jacobina por Orientador "Leal, Ione Oliveira Jatobá"
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- ItemA educação ambiental dialógico-problematizadora nas escolas públicas no município de Jaguarari-BA: conexões com a reserva natural Maria Maria(2023-10-05) Costa, Márcia Regina de Souza; Leal, Ione Oliveira Jatobá; Pinho, Maria José Souza; Saito, Carlos HirooEsta pesquisa traz uma discussão para o fomento da Educação Ambiental Dialógicoproblematizadora tendo como referencial uma Unidade de Conservação da Natureza. Buscouse compreender o potencial da Educação Ambiental Dialógico-problematizadora em conexão com a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Maria Maria. Os objetivos específicos foram: apresentar o conceito de Educação Ambiental Dialógico-problematizadora para as coordenadoras pedagógicas de ensino; instigar saberes coletivos, construções e debates de uma Educação Ambiental voltada aos conflitos socioambientais; evidenciar os potenciais da RPPN Maria Maria para a Educação Ambiental Dialógico-problematizadora; e, por fim, construir uma sequência didática em Educação Ambiental Dialógico-problematizadora a ser trabalhada na rede pública de ensino. A metodologia trouxe o paradigma do pensamento freireano, e, como método, este estudo priorizou o procedimento da pesquisa-formação. Como dispositivo, foram realizadas oficinas-formação colaborativas, e as fontes para a construção dos dados foram os procedimentos construídos no processo de intervenção a partir do uso de questionários e diário de campo da pesquisadora. As participantes da pesquisa foram as coordenadoras dos últimos anos do Ensino Fundamental da rede pública de ensino do município de Jaguarari – Bahia. Como resultado, com base nos temas geradores e nas problematizações, foram levantados, a partir de aspectos contextuais, elementos críticos da Educação Ambiental em espaços formativos. O diagnóstico dos problemas socioambientais feito de forma participativa favoreceu o engajamento das participantes da pesquisa na proposta de ações afirmativas em processos investigativos acerca de sua realidade. Ao propor-se uma Unidade de Conservação da Natureza como potencial para o fundamento de uma Educação Ambiental crítica, percebeuse que o ato de sensibilizar e despertar o interesse das pessoas pode ser um início para o fomento da Educação Ambiental Dialógico-problematizadora nas escolas. Contudo, é preciso mais, a exemplo de investimentos em pesquisas e em políticas públicas eficazes, bem como de engajamentos que permitam a divulgação e a atuação nas questões de ordem educacional socioambientais. Como produto resultado desta pesquisa, foi elaborada, de forma coletiva, uma sequência didática em Educação Ambiental Dialógico-problematizadora a ser apresentada aos professores que trabalham na rede de ensino, para discussão e aplicação nas escolas do município de Jaguarari-Bahia.
- ItemO protagonismo das mulheres agricultoras no Piemonte Da Diamantina/BA: experiências dos quintais às cadernetas agroecológicas(2022-02-22) Lacerda, Tamara Rangel de; Leal, Ione Oliveira Jatobá; Lima, Jamille da Silva; Ferreira, Maria Jucilene Lima; Jalil, Laeticia MedeirosPartindo da compreensão das desigualdades sociais de gênero, raça e classe refletidas na vida das mulheres, e de como o capital se apropria de seus trabalhos, a presente pesquisa participante se estruturou no paradigma materialista histórico-dialético e nas teorias feministas (SILIPRANDI, 2008; SILVA, 2020), trabalho teve como objetivo sistematizar o processo de construção, participação e fortalecimento das protagonistas – agricultoras e técnicas –, através da metodologia das Cadernetas Agroecológicas (CA) no território do Piemonte da Diamantina/BA. A metodologia político-pedagógica das CA’s foi desenvolvida por organizações feministas ligadas ao movimento agroecológico para visibilizar e valorizar os trabalhos das agricultoras, que não costumam ser considerados pela economia clássica, capitalista e patriarcal (TELLES, 2018; CARDOSO et al., 2020). Baseada na economia feminista, portanto, as CA’s tem demonstrado que as agricultoras, além de garantirem segurança e soberania alimentar das famílias, são as guardiãs da agrobiodiversidade e detém conhecimentos fundamentais para a reprodução dos agroecossistemas (JALIL et al., 2019). Olhando por esse viés, de que formas a metodologia político-pedagógica da CA contribuiu para alterar realidades na autonomia das mulheres agricultoras na região do Piemonte da Diamantina na Bahia? Para responder a essa questão, a pesquisa buscou aprofundar os conhecimentos acerca do feminismo e da agroecologia para superação das desigualdades; analisar a contribuição da metodologia das CA’s no assessoramento técnico da COOPESER no âmbito do projeto Pró-Semiárido; sistematizar como se expressam as narrativas das mulheres sobre as relações sociais de gênero e de trabalho no agroecossistema familiar. Foram discutidos os dados sistematizados das CA’s de 32 agricultoras durante um ano, seus mapas da sociobiodiversidade e questionários socioeconômicos, juntamente aos relatos e experiências registradas no diário de bordo, no grupo das agricultoras no whatsapp e nas rodas de conversas online com a equipe técnica. Foi possível identificar que as agricultoras se tornaram mais empoderadas sobre a gestão do agroecossistema e sobre si próprias, despertando maior autoestima e ampliando as participações políticas em seus territórios. Ao analisar o agroecossistema e a divisão sexual do trabalho, foi concluído que todas as agricultoras ocupam a maioria dos subsistemas que produzem renda, em comparação aos seus companheiros. Além disso, são elas que garantem a maior parte das atividades realizadas para a reprodução da vida, como o trabalho doméstico e de cuidados. Mesmo diante de alguns desafios com as anotações, proveniente da sobrecarga de trabalhos, as mulheres demonstraram que desenvolvem o saber-fazer agroecológico principalmente através de seus quintais, onde garantem o autoconsumo familiar, criam redes de solidariedade e se reconhecem enquanto agricultoras. Por outro lado, seu trabalho não se limita apenas ao quintal, sendo preciso garantir que exerçam autonomia em todos os espaços no agroecossistema, na família, nas organizações sociais e nas políticas públicas. A pesquisa também demonstrou como as CA’s beneficiam as agricultoras na abordagem de um assessoramento técnico pautado na pedagogia feminista. A equipe técnica da COOPESER relatou que o trabalho com a metodologia ampliou os olhares para aqueles espaços que sempre estiveram ocupados pelas agricultoras, mas que na dinâmica do ATER convencional ficavam invisibilizadas ou secundarizadas. Como produto de intervenção, etapa inerente ao mestrado profissional, foi proposto o Intercâmbio Feminista Agroecológico para que as agricultoras possam fortalecer sua auto-organização na luta contra as violências machistas e patriarcais nos territórios.
- ItemSaúde na cultura escolar: análise dos discursos de coordenadoras pedagógicas do ensino médio na cidade de Jacobina – Bahia(2020) Brasileiro, Maria Florência Dias Bezerra; Leal, Ione Oliveira Jatobá; Almeida, Carla Verônica Albuquerque; Mattos, Nicoleta Mendes de; Sousa, Denise Dias de CarvalhoNão há como promover saúde sem que paralelamente haja uma preocupação em desenvolver processos educativos para a saúde. Nesse sentido, a escola se constitui em um espaço privilegiado para falar sobre o tema. Porém, como as práticas pedagógicas são construídas vai depender dos paradigmas que no campo da saúde se ressignificaram ao longo da história. Assim, essa pesquisa visou compreender a memória discursiva sobre a temática na cultura escolar a partir da análise dos discursos de Coordenadoras Pedagógicas do Núcleo Territorial de Educação do Piemonte da Diamantina com a finalidade de poder contribuir para deslocar as práticas pedagógicas em direção à construção social da saúde. Para tanto, se ocupou de duas questões norteadoras: qual a memória discursiva das Coordenadoras Pedagógicas sobre o tema saúde? Como as formações discursivas das Coordenadoras Pedagógicas podem ressignificar o ensino de saúde na educação básica? Tem como objetivo geral: identificar a memória discursiva das participantes sobre o tema saúde na educação básica. E como objetivos específicos: explicitar como o processo histórico-ideológico de construção da educação em saúde brasileira contribuiu para a formação da memória discursiva das participantes; analisar como as formações discursivas das coordenadoras ressignificam o ensino de saúde na educação básica e organizar e mediar encontros formativos online sobre promoção da saúde no espaço escolar. Trata-se de uma pesquisa qualitativa ancorada no paradigma interpretativo e na pesquisa social que traz a Análise de Discurso francesa, à luz de Orlandi, como método de investigação e como dispositivo de análise e discussão dos dados produzidos por uma pesquisa de campo. De forma a responder aos objetivos da pesquisa, foram aplicados questionários, entrevista narrativa, rodas de conversa e diário de bordo. Os resultados sugerem que a memória discursiva das participantes mantém relação direta com a história dos paradigmas que fundamentam as políticas de saúde e ainda com o cotidiano do tema vivenciado na cultura escolar. Os encontros formativos revelaram que apesar da coexistência de paradigmas positivistas e sociais de conceber saúde entre as coordenadoras, as práticas, nas escolas, permanecem estacionadas no modelo de educação tradicional biologicista, centrado na figura do profissional da saúde e na mudança do comportamento humano desvinculada da análise sobre os condicionantes e determinantes do processo saúde-doença. Como proposta inicial de intervenção, os encontros formativos buscaram provocar deslocamentos nas práticas pedagógicas em direção ao modelo social de saúde mediante a reflexão sobre os condicionantes e determinantes estruturais do processo saúde-doença.
- ItemVisibilizar para somar: contribuições dadas à gestão para o reconhecimento da matripotência na vida escolar(2021-08-30) Rios, Lenizan Passos; Leal, Ione Oliveira Jatobá; Lima, Jamille da Silva; Galrão, Paula da Luz; Almeida, Carla Verônica AlbuquerqueEsta pesquisa, de abordagem qualitativa e realizada sob a perspectiva do método participante, propôs um estudo investigativo acerca de como ocorre a relação entre a gestão e a família dos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental de uma escola pública da rede municipal em Jacobina – Bahia. Tal estudo fez-se necessário mediante a constatação da importância da escola e da família, tanto na construção do conhecimento escolar quanto como garantia do princípio da gestão democrática para autonomia escolar. Somado a isso, buscamos a compreensão de como a gestão escolar percebia esta relação, e, em contrapartida, a ótica dessas famílias acerca de sua participação na escola. Conduziu-se este estudo pela observância de que a participação da família na escola, do modo como vem ocorrendo, se dá, majoritariamente, pela participação da mulher neste processo. A ancestralidade reconhece o saber feminino como essência da vida, como fonte da própria vida. E, por este viés, procurou-se, também, analisar o processo históricosociocultural que perpetuou a divisão sexual do trabalho, e, em consequência disso, estabeleceu a ideia de que é à mulher que cabe, exclusivamente, as obrigações com os trabalhos do lar e a responsabilização pela educação dos filhos. Neste intento, diante de tantas atribuições destinadas à mulher-mãe, e estando ciente de que é ela quem está à frente deste processo de acompanhamento escolar, ainda que de maneira (e porque é) considerada insuficiente, objetivou-se investigar como a equipe gestora de uma escola municipal de Jacobina poderia contribuir para o processo de reconhecimento e a valorização da mulher-mãe na vida escolar dos educandos. Como resultado deste estudo, realizamos a rede de escuta e apoio, espaço para o diálogo genuíno entre gestoras e mães, a fim de que constitua, a partir desta ação inicial, um espaço consolidado para esta parceria.