Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado Acadêmico) em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC)
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado Acadêmico) em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) por Orientador "Brito, Gilmário Moreira"
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- ItemA campanha de educação de adultos na Bahia: formação para o trabalho, cultura e política (1947 a 1963)(Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-26) Ramos, Eliene Rodrigues; Brito, Gilmário Moreira; Sousa, Ione Celeste Jesus; Dick, Sara Martha; Silva, Paulo Santos; Costa , Livia Alessandra Fialho daEssa tese tem o objetivo de compreender as concepções educacionais para a formação de trabalhadores e as disputas políticas na Bahia pelas classes de ensino da Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos de 1947 a 1963. A Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), foi um plano de ensino supletivo aprovado pelo Ministério da Educação e Saúde em convênio com os estados e territórios da federação, para instalar classes de ensino supletivo para todo país. A pergunta que norteia a pesquisa é: como as concepções educacionais para a formação de trabalhadores provocaram disputas políticas pelas classes de ensino da Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos na Bahia de 1947 a 1963? A análise se pauta em acontecimentos educacionais, culturais e políticos que possibilitam compreender motivações, atitudes e divergências em grupos políticos e intelectuais envolvidos no fenômeno múltiplo e complexo da cultura política no contexto de 1947 a 1963. Trata-se de pesquisa documental cujas abordagem e problematização estão articuladas com as perspectivas de autores engajados com o modo de fazer história da educação que estabelece amplo diálogo com a história cultural, a exemplo de Beisiegel (1974); Berstein (1998); Bomeny (1993); Brito (2001); Carvalho (2014); Faria Filho (2014); Fonseca (2008); Galvão (2008); Gatti Jr. (2002); Gomes (2016); Luz (2009); Magalhães (2015); Paiva (2003); Silva (2011); Veiga (2008). A CEAA foi além das disputas político partidárias e instaurou novas formas de funcionamento com intervenção do Estado no processo de escolarização formal para adolescentes e adultos e inaugurou uma expansão do ensino supletivo tutelada pelo Estado para fortalecer a si próprio a partir da mudança de valores, costumes, crenças e práticas, na tentativa de formar trabalhadores.
- ItemLivros didáticos de história: concepções civilizatórias para o ensino primário da Bahia (1925-1933)(Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-23) Assis, Cristina Ferreira de; Brito, Gilmário Moreira; Galvão, Ana Maria de Oliveira; Luz, José Augusto Ramos; Pina, Maria Cristina Dantas; Reis, Joseni Pereira Meira; Vieira Filho, Raphael RodriguesO objetivo central desta pesquisa é analisar as concepções civilizatórias em livros didáticos de História no contexto da Reforma do ensino primário da Bahia entre 1925 e 1933. Situada no campo da Nova História Cultural, essa tese busca em três livros didáticos de História as possíveis relações entre as concepções neles presentes e aquelas que circularam no modelo educacional adotado durante a gestão de Anísio Teixeira, especificamente a partir da Reforma da educação primária durante o governo de Góes Calmon. Sua finalidade visa aproximar as práticas, conteúdos e instruções difundidas aos alunos e professores, interpretando-se mais especificamente o desenvolvimento de hábitos e comportamentos relacionados à civilidade entre as estratégias de instrução da escola primária na Bahia. Para isso, foram selecionados como fontes os livros didáticos Vultos e datas do Brasil, de Alberto de Assis, Nossa Pátria, de Rocha Pombo, e História da Bahia, de Pedro Calmon, indicados por Anísio Teixeira, na condição de Diretor de Instrução da Secretaria do Interior, Justiça e Instrução Pública do Estado da Bahia entre 1926 e 1927. No entrecruzamento da História da educação e da História cultural, situa-se o livro didático como instrumento da cultura escrita e suporte de relações e tensões estabelecidas entre a cultura escolar e outras culturas produzidas pela sociedade na Bahia. Para isso, interessa ainda compreender o tempo histórico, os costumes e valores republicanos em voga no contexto de adoção do primeiro Programa de ensino oficial do estado, que apontou metodologias de ensino e prescrições aos professores. Os livros foram analisados a partir de seu conteúdo e sua materialidade, segundo a perspectiva de Choppin (2009), Chartier (2002), Elias (1994), dentre outros autores. Ao indagar e problematizar as concepções civilizatórias difundidas pelos livros realizou-se um entrecruzamento entre as obras e outras fontes, como o Programa de ensino de 1925, as correspondências de Anísio Teixeira com os educadores e intelectuais, além de jornais e revistas, a fim de evidenciar aproximações e diferenças entre as concepções identificadas no contexto da reforma escolar da Bahia. Para investigar a trajetória dos autores, a produção dos livros e a circulação de suas concepções, a pesquisa se concentrou em biografias, jornais, revistas e outras obras publicadas por eles. Entre as considerações finais foram encontrados indícios sobre o leitor imaginado pelos autores e pelas editoras, e sobre as intencionalidades dos órgãos gestores em educar e civilizar a mocidade. Observou-se também que as palavras “civismo” e “família”, foram fortemente utilizadas pelos autores dos livros didáticos, mas “moralidade”, “instrução” e “cultura” foram as mais destacas como sinônimos das concepções civilizatórias, com ênfases e exemplos distintos, embasadas em discursos que tentavam orientar a modernização da sociedade. Contudo, as apropriações dos sentidos difundidos pelos livros não puderam ser contempladas, em razão dos desafios de realizar uma historicidade do leitor do início do século XX. Verificou-se, por fim, uma tentativa de modernização escolar eurocentrada, pautada em novos horários, métodos de ensino e comportamentos, inserida em um projeto civilizatório, que perpetuou as desigualdades já existentes na Bahia.