Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA)
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O Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA) vem para ampliar a oferta ao Ensino de Pós-graduação à sociedade baiana, nordestina e nacional, com ênfase na valorização dos recursos naturais, territórios de identidade, bem como a sua relação com a saúde humana e animal, ampliando os estudos sobre Ciências Farmacêuticas e áreas afins, de forma integrada e interdisciplinar. A partir disso, esse Programa abraçará a valorização dos recursos naturais, a sua relação com a atenção à saúde, análise de variáveis que interferem no processo saúde/doença, assim como o avanço tecnológico e inovações. O Programa estará direcionado por duas grandes linhas: Linha 1) Prospecção de Fármacos e Recursos Naturais; e Linha 2) Avaliação de Fármacos, Biomarcadores, Produtos Naturais e Sintéticos.
O Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Farmacêuticas, Mestrado Acadêmico, nasce para exercer relevante papel técnico, Científico e social. Para tal, proporcionará o aperfeiçoamento profissional de docentes e egressos da UNEB, demais Universidades e Faculdades do Estado da Bahia, região Nordeste e outras regiões do país, quicá, de outros países, assim como a inserção desses profissionais na pesquisa e mercado de trabalho.
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA) por Orientador "Silva, Genoile Oliveira Santana"
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- ItemImpacto de um programa de intervenções na adesão a medicamentos em pacientes com colite ulcerativa: ensaio clínico randomizado(2020-12-31) Pacheco, Mila Palma; Silva, Genoile Oliveira Santana; Boa Sorte, Ney Cristian Amaral; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Santos, Raquel Rocha dosIntrodução: A colite ulcerativa (RCU) é uma doença crônica que necessita de medicamentos contínuos para seu controle e, portanto, a falta de adesão se constitui uma barreira para o alcance das metas terapêuticas. Objetivos: Avaliar o impacto de um programa de intervenções em pacientes com RCU não aderentes ao tratamento medicamentoso. Métodos: Ensaio clínico randomizado controlado paralelo com dois braços (1:1) aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Foram incluídos pacientes diagnosticados com RCU classificados como não-aderentes de acordo com teste Morisky Green (TMGL), dentre outros critérios. O programa foi composto por intervenções educacionais e comportamentais. Desfecho primário: taxa de adesão em 180 dias de acordo com TMGL, sendo o risco relativo (RR) com IC95% utilizado como medida de eficácia e Regressão logística utilizada para estimar RR ajustados (IC95%) para confundidores. Desfecho secundário: qualidade de vida (QdV) em 180 dias de acordo com SF-36. Análise da QdV foi realizada comparando-se as medianas das diferenças dos 8 domínios do escore SF-36, pré e pós intervenções com o teste t de Student. As variáveis que apresentaram diferenças de p<0,20 foram incluídas na construção dos modelos de Regressão Linear Múltipla. A análise incluiu os dados de agosto/2019 a outubro/2020. Resultados: Foram alocados 46 e 49 pacientes no grupo controle (GC) e intervenção (GI), respectivamente, e 76 tinham finalizado o protocolo até outubro de 2020. A maioria (67/70,5%) era do sexo feminino, foi mais frequente a declaração de cor da pele preta (43/45,7%) e de procedência urbana (85/89,5%). Oitenta e dois (86,3%) participantes tinham moderada adesão, sendo 56 (58,9%) do tipo não intencional. Na linha de base, o GC teve maior proporção de não aderentes intencionais quando comparados ao GI (p=0,004). Não foi observada melhor taxa de adesão pós intervenções, mesmo após ajuste por tipo de não adesão OR 0,91 (IC95%: 0,34-2,46). Na análise multivariada, as intervenções se mantiveram eficazes como promotoras de melhores escores de QdV para o domínio “Dor”, quando ajustado para gravidade da RCU e estado civil (β=16,990, p=0,008), e para o domínio “Vitalidade”, quando ajustado para gravidade da RCU (β=10,056, p=0,027). Conclusões: Nesta pesquisa, o programa de intervenções demonstrou uma melhoria significativa para a QdV, em específico para os domínios de “Dor” e “Vitalidade”. Este resultado é de extrema importância para pacientes de RCU, por ser uma doença crônica, incurável, com reconhecido impacto negativo na QdV. A exposição ao programa de intervenções proposto não foi capaz de produzir diferença significativa entre grupos comparativos na taxa de adesão aos medicamentos para os pacientes não aderentes com RCU. No entanto, sugerimos que em futuros estudos, sejam consideradas diferenças de menor magnitude do desfecho para o cálculo amostral, menores intervalos para mensuração da adesão, e inclusão de novas formas de interação entre o paciente e equipe assistencial.
- ItemQualidade de vida de acordo com o tratamento medicamentoso de pacientes com doenças inflamatórias intestinais em um centro de referência(2022-12-21) Barbosa, Camila Medrado Pereira; Silva, Genoile Oliveira Santana; Almada Fernando de Mello; Sassaki, Ligia YukieAs doenças inflamatórias intestinais (DII) compõe um grupo de doenças crônicas e idiopáticas que cursam com períodos de remissão e recidiva, das quais se destacam a doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU). Podem afetar o âmbito biológico, social, emocional e psíquico do paciente, ocasionando diminuição global do seu bem estar. Diversos estudos têm demonstrado interesse pelo tema, uma vez que informações sobre qualidade de vida podem ser utilizadas para avaliar a eficácia e impacto dos tratamentos propostos. Objetivos: avaliar a qualidade de vida de acordo com o tratamento farmacológico de pacientes com doenças inflamatórias intestinais. Materiais e Métodos: Estudo transversal baseado na revisão de prontuários e aplicação do questionário SF-36 aos pacientes com DII acompanhados em um centro de referência em Salvador, Bahia, Brasil, no período de junho de 2018 a julho de 2019. Para elaboração do banco de dados e análise descritiva foi utilizado o software SPSS versão 21.0 for Windows. Resultados e Discussões: Foram avaliados 226 pacientes sendo 150 (66,4%) de RCU e 76 (33,6%) de DC. A média de idade foi de 41 ±13 anos para DC e 47 ±14 anos para RCU. Em ambas as doenças, sexo feminino foi o mais frequente (64% RCU e 56,6% DC). A maioria dos pacientes se autodeclararam pardos (54,7% RCU e 55,3% DC), eram provenientes da zona urbana (80,7% RCU e 82,9% DC) e tinham baixa renda familiar (68,7% RCU/ 69,7% DC), ganhando até 2 salários mínimos. Foram observados escores acima de 50 (escala 0-100) em todos os domínios do SF 36, sem diferença estatística entre os subgrupos de doença. Baixa qualidade de vida (escore<50) nos aspectos emocionais foi observado em mulheres com DC e em pacientes com doença estenosante e/ou penetrante. Todos os pacientes com RCU em uso de aminossalicilatos e todos com DC usuários de imunossupressores e imunobiológicos obtiveram escores de qualidade de vida acima de 50, em todos domínios do SF-36. Nos usuários de corticoides, pontuação de qualidade de vida menor do que 50 foi descrita no domínio dor com p=0,049. Conclusões: Boa qualidade de vida foi observado em todos os domínios do questionário SF-36, sem diferença entre DC e RCU. Variáveis como sexo, comportamento da doença e classe medicamentosa mostraram influência na qualidade de vida dos pacientes com DII
- ItemTuberculose ativa em pacientes com doença inflamatória intestinal sob tratamento, em uma região endêmica do nordeste do brasil, na américa latina(2020-11-28) Fortes, Flora Maria Lorenzo; Silva, Genoile Oliveira Santana; Boa Sorte, Ney Cristian Amaral; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Santos, Raquel Rocha dosIntrodução: A doença inflamatória intestinal (DII) tem maior incidência e prevalência nos países desenvolvidos. A terapia com o anti fator de necrose tumoral alfa (anti-TNF α) para o tratamento de doenças inflamatórias imunomediadas levou a um melhor prognóstico e qualidade de vida para esses pacientes. A tuberculose é uma doença infecciosa muito comum no Brasil, sendo considerada um grave problema de saúde pública. Devido à provável associação entre a terapia anti-TNFα e o desenvolvimento de TB ativa, alguns estudos foram realizados com o intuito de avaliar essa associação. No entanto, estudos no Brasil e na América Latina sobre o desenvolvimento de TB ativa em pacientes com DII em tratamento são escassos. Objetivo: Avaliar o risco de tuberculose ativa e possíveis variáveis associadas em pacientes com DII sob tratamento em área endêmica do nordeste do Brasil, na América Latina. Materiais e Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, incluindo pacientes com DII acompanhados em um centro de referência em Salvador, Bahia. Um questionário padrão, estruturado, foi preenchido com revisão de prontuários e entrevista, incluindo variáveis demográficas (sexo, idade); tipo de DII, aspectos clínicos da DII; história de TB ativa durante o tratamento; características e evolução da TB ativa; triagem e resultados iniciais e, quanto tempo após o início do anti-TNF α, a TB ativa foi desenvolvida. Resultados: Foram avaliados 301 pacientes com DII, 186 (61,8%) com retocolite ulcerativa e 115 (38,2%) com doença de Crohn. A média de idade (DP) foi de 45,8 (± 15,0) anos. Houve alta frequência de mulheres (62,5%) e de área urbana (82,7%). A terapia com imunossupressores, especificamente azatioprina, anti-TNF α e a combinação desses dois fármacos, associou-se a um maior risco de incidência de tuberculose ativa, com risco relativo de 5,85 (1,20 - 28,48); 3,93 (1,01 - 15,29) e 9,03 (2,38 - 34,28), respectivamente. A análise multivariada reforçou, consistentemente, que a terapia com bloqueadores do TNF α e com azatioprina aumentou significativamente o risco relativo de desenvolver TB ativa, em comparação com outros tratamentos. Quatro modelos multivariáveis foram avaliados e, em todos, o uso de bloqueadores do TNF α isoladamente ou em combinação com azatioprina foram fatores de risco importantes para a incidência de tuberculose ativa. De fato, quando ajustado para sexo, idade, tipo de DII e TB latente, o anti-TNF α com azatioprina aumentou, consistentemente, o risco relativo para 17,8 vezes mais que o tratamento convencional (IC95%: 5,91 - 53,67; p <0,001). Considerações Finais: o tratamento com anti-TNF α, azatioprina e a associação desses dois medicamentos aumentou, significativamente, o risco de TB ativa em pacientes com DII em uma área endêmica do nordeste do Brasil, na América Latina. Este risco aumentou quando o anti-TNF α foi combinado com a azatioprina. A TB tardia, diagnosticada 3 meses após o início do anti-TNF α, foi a mais frequente, sugerindo uma nova infecção por TB.
- ItemVariáveis associadas à fadiga em pacientes com Doença de Crohn sob tratamento farmacológico(Universidade do Estado da Bahia, 2024-06-10) Morais, Tayane Costa; Silva, Genoile Oliveira Santana; Giuffrida, Fernando de Mello Almada; Chebli, Júlio Maria FonsecaIntrodução: A fadiga na doença de Crohn (DC) é debilitante e dispendiosa para o paciente e o sistema de saúde. Até o momento, não há terapias bem estabelecidas, sendo importante investigar fatores de risco e, portanto, colaborar para prevenir ou reduzir os sintomas. Objetivo: Avaliar variáveis associadas à fadiga em pacientes ambulatoriais com DC sob tratamento farmacológico. Materiais e Métodos: Estudo transversal, realizado no ambulatório de doenças inflamatórias intestinais (DII) do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do HGRS – registro 5.681.087. Critérios de inclusão: diagnóstico de DC; 18 anos ou mais; usar medicamentos para DC. Critério de exclusão: condição que limita a capacidade de responder aos questionários e gestantes. Para coleta de dados foram aplicados: perfil sociodemográfico, Questionário de Doenças Inflamatórias – Fadiga (IBD-F), Escala Visual Analógica de Fadiga (EVA-F), Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21) (para avaliar sintomas de depressão, ansiedade e estresse), questionário para identificar a presença de insônia e coleta para exames laboratoriais. A análise dos dados foi realizada pelo programa SPSS versão 21.0. Resultados e Discussão: 77% dos participantes tinham sintomas de fadiga segundo o IBD-F. A média da fadiga pela Escala Visual Analógica foi 5,60 (DP 1,91). Dos pacientes com sintomas de fadiga, 52 (67%) eram do gênero feminino e 25 (33%) do gênero masculino (p=0,037). Quarenta e cinco pacientes praticavam atividade física regularmente, e destes, 66% tinham fadiga e 34% não apresentavam sintomas de exaustão (p=0,026). O tempo médio de diagnóstico dos pacientes com fadiga foi 96,92 meses (DP 74,92) e dos sem fadiga foi 128,04 meses (DP 106,75) (p=0,018). Houve associação entre fadiga e sintomas de depressão (p = 0,003), ansiedade (p = 0,004), estresse (p = 0,001) e insônia (p =0,003). Não foi encontrada associação entre fadiga e anemia, avaliação tireoidiana, marcadores inflamatórios, deficiência de vitamina B 1, B 12 e ferro. Conclusão: Não foi encontrada associação entre fadiga e anemia, deficiência de vitamina B1, B12 e ferro, função tireoidiana e marcadores inflamatórios em pacientes com DC sob tratamento farmacológico. Foi observada associação entre fadiga e gênero feminino, sedentarismo, depressão, ansiedade, estresse e insônia. Novos estudos são necessários para rastrear e compreender os fatores associados à fadiga na DC, colaborando na definição de tratamentos farmacológicos e não farmacológicos.