Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA)
URI Permanente para esta coleção
O Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA) vem para ampliar a oferta ao Ensino de Pós-graduação à sociedade baiana, nordestina e nacional, com ênfase na valorização dos recursos naturais, territórios de identidade, bem como a sua relação com a saúde humana e animal, ampliando os estudos sobre Ciências Farmacêuticas e áreas afins, de forma integrada e interdisciplinar. A partir disso, esse Programa abraçará a valorização dos recursos naturais, a sua relação com a atenção à saúde, análise de variáveis que interferem no processo saúde/doença, assim como o avanço tecnológico e inovações. O Programa estará direcionado por duas grandes linhas: Linha 1) Prospecção de Fármacos e Recursos Naturais; e Linha 2) Avaliação de Fármacos, Biomarcadores, Produtos Naturais e Sintéticos.
O Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Farmacêuticas, Mestrado Acadêmico, nasce para exercer relevante papel técnico, Científico e social. Para tal, proporcionará o aperfeiçoamento profissional de docentes e egressos da UNEB, demais Universidades e Faculdades do Estado da Bahia, região Nordeste e outras regiões do país, quicá, de outros países, assim como a inserção desses profissionais na pesquisa e mercado de trabalho.
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA) por Orientador "Boa Sorte, Ney Cristian Amaral"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAplicabilidade da dose diária definida de antimicrobianos em pacientes neonatais de um hospital regional do interior da Bahia(2022-02-04) Oliveira, Cinara Rejane Viana ; Boa Sorte, Ney Cristian Amaral; Alves, Izabel Almeida; Oliveira Filho, Alfredo Dias deA Organização Mundial da Saúde, diante do avanço da resistência bacteriana, propõe ações que visam controlar o surgimento das bactérias multirresistentes. Entre essas ações, encontra-se o cálculo da Dose Diária Definida de antimicrobianos. Para que esse cálculo seja realizado, é utilizado como padrão o peso de um adulto de 70kg, excluindo assim a possibilidade de sua aplicação em neonatologia e pediatria. Objetivo: Calcular a Dose Diária Definida de antimicrobianos, em uma UTIN de um Hospital público no interior da Bahia. Metodologia: trata-se de um estudo transversal realizado no período de setembro de 2018 a junho de 2020 na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Geral de Guanambi. Resultados: 410 pacientes foram incluídos, desses a maior parte foi do sexo masculino 217 (53%). Do total 26 (6,34%) foram a óbito. Os pacientes prevalentes foram os prematuros 277 (68,5%), nascidos por via parto artificial 249 (60,73%), o peso médio ao nascer foi 2213g. A média da temperatura foi 36,2° C, a da frequência cardíaca foi 140,3 bpm, a frequência respiratória média correspondeu a 51,4 ipm, a dos leucócitos foi 12,14 céls/mm3 x 1000 e a média das plaquetas foram 265,0 céls/mm3 x 100.000. Encontrou-se baixa frequência de hemocultura, sendo o diagnóstico mais prevalente o de sepse neonatal precoce presumida 406 (99%), 120 pacientes apresentaram resultado alterado no exame de Proteína C reativa. A presença de bolsa rota foi constatada para 159 pacientes, e 140 (34,2%) gestantes utilizaram antimicrobianos, com principal justificativa relacionada ao tratamento de infecção do trato urinário 117 (83%). Os antimicrobianos mais utilizados por paciente foram a gentamicina (408 vezes, ou 99,5% do total), ampicilina (407 vezes, ou 99,2% do total), amicacina (29 vezes, ou 7% do total) e oxacilina (21 vezes, ou 5,12% do total), sendo a média de duração de tratamento igual a 9,8 dias. A associação de antimicrobianos mais utilizada foi a ampicilina com gentamicina, que ocorreu 406 vezes (99%). O cálculo da diferença entre o DDD adulto e a DDDn obteve valores em média 26 vezes menores. Conclusões: Após o cálculo da Dose Diária Definida neonatal foi verificado que os valores são comparáveis com outros estudos internacionais possibilitando a incorporação dessa proposta no monitoramento de consumo de antimicrobianos em unidades neonatais.
- ItemEfeitos nos níveis séricos, adesão terapêutica, parâmetros clínicos, e hematológicos após mudança em posologia do ácido fólico em crianças com doença falciforme(2020-12-12) Soares, Maria Isabel Silva; Boa Sorte, Ney Cristian Amaral; Silva, Genoile Oliveira Santana; Noblat, Lúcia de Araújo Costa BeislIntrodução: A Doença Falciforme (DF), uma das patologias hematológicas hereditárias de mais elevada frequência mundial, tem no estado da Bahia, a maior incidência do Brasil. Em seu manejo, o ácido fólico (AF) apresenta-se como terapia profilática para a anemia hemolítica persistente. Em geral, o AF era utilizado em doses diárias de 5mg, após os dois anos de idade. Atualmente, tem-se preconizado a redução desta posologia, sendo recomendado a dose de 5mg, três vezes na semana. Objetivo: Comparar os níveis séricos de ácido fólico, em crianças com DF, acompanhadas por Serviço de Referência em Triagem Neonatal do estado da Bahia, durante o período de novembro de 2018 a março de 2020, antes e após a mudança na posologia prescrita desse medicamento, analisando-se os efeitos clínico-laboratoriais e de adesão terapêutica. Métodos: Estudo observacional, longitudinal, prospectivo, com crianças entre 2 a 11 anos, com hemoglobinopatias SS ou SC, diagnosticadas pela triagem neonatal, em uso de AF. Foram aplicados questionários validados, Teste de Morisky-Green (TMG) e Brief Medication Questionnaire (BMQ), para avaliação da adesão à farmacoterapia, e coleta, em prontuário eletrônico, de dados sociodemográficos, parâmetros hematológicos, níveis séricos de AF, e eventos clínicos. Após três a quatro meses da mudança, nova mensuração e avaliação dessas variáveis foram realizadas. Após análise descritiva, comparação dos níveis de AF, parâmetros hematimétricos, adesão e eventos clínicos foram realizados com teste de McNemar e teste de Wilcoxon. Resultados: Todas as 50 crianças apresentaram níveis medianos de folato sérico elevados nos dois momentos de aferição. A atualização da prescrição reduziu os níveis séricos de folato em 22%, no entanto sem alterações no percentual de indivíduos com folato elevado. Esse achado foi ainda mais significativo para as crianças em uso de AF 5mg/dia, que tiveram suas prescrições ajustadas para AF 5mg, 3x/semana (p=0,040). A adesão terapêutica foi “máxima” em apenas 36,8% e 39,5%, respectivamente para o TMG e BMQ. Considerações finais: O ajuste das prescrições de AF reduziu os níveis séricos medianos de folato, no entanto, sem alterações relevantes para parâmetros hematimétricos, eventos clínicos e adesão. Dessa forma, faz-se necessário reavaliar a aplicação posológica de suplementação adequada do ácido fólico, considerando condições clínicas da criança, impactos futuros a sua saúde e custo-efetividade.
- ItemPerfil de uso de medicamentos e adesão terapêutica em indivíduos com Epidermólise Bolhosa em um centro de referência em Salvador-Bahia: estudo transversal(Universidade do Estado da Bahia, 2024-03-27) Araújo, Marta Moura ; Boa Sorte, Ney Cristian Amaral; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Leite, Maria Efigênia de QueirozIntrodução A Epidermólise Bolhosa (EB) é uma doença rara, caracterizada por alterações nos tecido cutâneo e mucoso com a presença de lesões bolhosas e erosões da pele ocasionadas por mínimos traumas. As principais consequências são o prurido, infecção de pele, anemia, desnutrição crônica e dor. O tratamento é sintomático, com uso de coberturas especiais para as feridas, e uma gama de medicamentos para reduzir os sintomas apresentados. Na Bahia, o Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes) é referência para tratamento da EB. Objetivo: Investigar o perfil de uso de medicamentos e a adesão terapêutica em indivíduos com EB na Bahia Método: Estudo transversal com os indivíduos atendidos com EB entre julho e dezembro de 2023. A gravidade da doença e a adesão terapêutica foram avaliadas, respectivamente, pelo Escore de Gravidade da Epidermólise Bolhosa de Birmingham (BEBS) e o Brief Medication Questionnaire (BMQ). Estatística descritiva e prevalência de uso de medicamentos foram descritos, agrupados por tipo de medicamento (anti-histamínicos, antibióticos, reposição de ferro, outras vitaminas e oligoelementos, analgesia e psicotrópicos). Análises multivariadas foram realizadas com a Regressão Linear Múltipla (RLM) e a Regressão de Poisson com variância robusta (RPVR). Resultados: Foram avaliados 48 pacientes, na maior parte crianças com faixa etária entre 1 a 11 anos (43,7%), sexo feminino (56,2%), pardas (41,6%), cuidadas pela genitora (58,3%) e com subtipo EB distrófico (66,6%). O uso de anti-histamínicos (50,0%), suplementação/reposição de ferro (50,0%) e vitaminas (39,5%) predominaram entre os avaliados. Em média(DP), os pacientes referiram usar, nos últimos sete dias, 2,4(1,8) medicamentos/dia, variando de 0 a 6 classes diferentes. Aqueles com EBD/EBJ usaram, em média(DP), o dobro de medicamentos/dia, comparados àqueles com EBS (2,7[1,7] vs. 1,3 [1,4];p=0,016). Observou-se uma associação significativa entre a gravidade da doença e o maior número de medicamentos (p<0,001). A adesão a todos os domínios do BMQ foi de 31,3%, sendo o domínio crença o mais aderente (31,3%) e o domínio recordação o menos aderente (47,9%) (p<0,001). Após ajuste para o tipo de cuidador e gravidade da doença, o número de medicamentos foi associado à não adesão em todos os domínios do BMQ (RP: 1,16: IC95%: 1,01 - 1,36;p=0,029). Conclusões: Foi observado o predomínio da polifarmácia entre os pacientes estudados e uma correlação entre o número de medicamentos e a gravidade da doença, o que se reflete no maior uso de medicamentos entre os pacientes com as formas distrófica recessiva e juncional. O uso de anti-histamínicos, vitaminas e suplementação de ferro predominaram entre os avaliados. A adesão terapêutica foi maior entre o domínio "crença" e entre os pacientes adultos que eram os próprios cuidadores. Um aumento no número de medicamentos utilizados foi associado a não adesão, após ajuste para gravidade da doença e cuidador responsável pela administração do medicamento.