Campus V - Departamento de Ciências Humanas (DCH) - Santo Antônio de Jesus
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Navegando Campus V - Departamento de Ciências Humanas (DCH) - Santo Antônio de Jesus por Orientador "Cordeiro, Marluce Arapiraca dos Santos"
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- Item"O barro e a tradição: feira de Caxixis uma manifestação sociocultural no Recôncavo Baiano(Universidade do Estado da Bahia, 2021-12-20) Rocha, Karine Santos de Souza; Cordeiro, Marluce Arapiraca dos Santos; Santos , Denilson Lessa dos; Lessa , Andrea Ribeiro da SilvaResumo Este artigo tem por objetivo analisar a importância histórica da tradicional Feira de Caxixis, uma manifestação cultural que ocorre anualmente, a mais de dois séculos, na cidade de Nazaré, no Recôncavo baiano, durante o período da Semana Santa e que permanece como lugar de tradição, memória e patrimônio cultural, mantendo aspectos socioculturais e econômicos dos Municípios de Nazaré das Farinhas e do Distrito de Maragogipinho-BA e uma riqueza em saberes e fazeres artesanais que preservam valores culturais e ancestrais das comunidades locais de oleiros. Para realização da pesquisa, adotou-se como aspectos metodológicos, uma abordagem qualitativa, alinhada a relatos e contribuições de pesquisa da História Oral, com entrevistas estruturadas e semiestruturadas, combinada com método documental e bibliográfico com consultas aos acervos históricos disponíveis, bem como a coleta e registro de imagens. A História Cultural também serviu de aporte teórico desta pesquisa para compreensão de todo o processo de significação e identidade desse trabalho, que envolve não só a venda, mas a produção de símbolos, a preservação dos elementos culturais, a fabricação e comercialização dos Caxixis, o saber-fazer artesanal, o processo histórico de formação da feira e a sua força cultural intrínseca, que revelam práticas de invenção e produção de peças de barro, num diálogo entre elementos que promovem a conservação dos aspectos culturais e a ressignificação do comércio informal criativo, que persiste apesar da desvalorização dos grupos populares, especificamente de artesãos, com sua resistência cultural, práticas culturais, frente ao processo de desenvolvimento, assegurando a tradição histórica de trabalho dos oleiros e relações identitárias com seu ofício, agregando valor imaterial ao seu artesanato.