Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado e Mestrado Acadêmico) em Critica Cultural (Pós-Critica)
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado e Mestrado Acadêmico) em Critica Cultural (Pós-Critica) por Orientador "Messeder, Suely Aldir"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemO saber – fazer das pretas de Camaçari: do improviso às novas formas de (re)existir.(Universidade do Estado da Bahia, 2019-07-24) Guimarães, Fabiane Fernandes; Messeder, Suely Aldir; Barbosa, Elaine Cristina Cambui; Barbosa, Lucia Maria de Lima; Conceição, Sérgio Henrique da; Moutinho, LauraEsta pesquisa versa sobre a construção do saber-fazer e das subjetividades de mulheres negras, trabalhadoras por conta própria, da Cidade de Camaçari-BA. No caminhar teórico metodológico percebermos que o mote dos estudos que imbricam o saber-fazer e as relações de gênero valorizam a discussão sobre o protagonismo feminino, entretanto tal protagonismo decorre da estereotipada divisão sexual do trabalho, onde as mulheres ocupam funções de menor prestígio. Notou-se, portanto, a escassez de estudos que abordem o saber-fazer de mulheres negras, sobretudo no que se refere às atividades não vinculadas à vida privada e/ou ditas não femininas. A pesquisa possui procedimentos metodológicos quali-quantitativos. Primeiramente, aplicamos os questionários com os/as trabalhadores/as por conta própria (salão de beleza e bares), cujos conteúdos seguiram três dimensões: 1) Perfil sócio-econômico cultural; 2) Saber-fazer; 3) Perfil do estabelecimento. Segundo, fomos a campo para reconstruir as histórias de vidas das mulheres pretas participantes da etapa anterior. Nesta empreitada com/sobre as mulheres pretas observamos o quão a violência doméstica, a fome, a desilusão e a solidariedade entre as mulheres conduziram ao desejo de trabalhar por conta própria. Com isto, acolhemos a ideia de um mercado informal estruturado por uma herança escravocrata, mas ao mesmo tempo, sinalizamos como as mulheres pretas agenciam o seu saber-fazer para montar o seu próprio negócio e sustentar a sua família.