Reforma curricular em geografia na Universidade do Estado da Bahia: construção social e o papel dos sujeitos em uma teia de significações entre o pensado e o possível

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2017-08-04
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Resumo

A discussão ora exposta, propõe uma reflexão de aspectos relevantes da teoria curricular, traçando um paralelo entre o currículo prescrito e o currículo vivenciado nas práticas cotidianas pedagógicas desses profissionais, superando a ideia de uma hegemonia curricular formal em detrimento das práticas pedagógicas cotidianas vivenciadas nos espaços escolares e fora deles como sujeitos produtores de sentidos, compreendendo que a produção dos currículos formais e a vivência do currículo são processos cotidianos de produção cultural, que envolvem relações de poder tanto em nível macro quanto micro. Trazemos como questão de pesquisa: quais sentidos discursivos de conhecimento escolar estão em disputas nos movimentos de permanências e mudanças curriculares do curso de Licenciatura em Geografia na Universidade do Estado da Bahia/Campus IV-Jacobina? Os discursos evidenciados trazem elementos que denotam a necessidade de relacionarmos as práticas curriculares, a fluidez do currículo como artefato social, a partir das discussões acerca dos padrões de estabilidade e padrões de mudança, a partir do conjunto de ações que sustentam o currículo. Compreender esta lógica, mesmo que não saibamos de imediato ou com total clareza com quais propósitos e intencionalidades elas se manifestam, torna-se fundamental a fim de identificarmos os elementos pelos quais, dentro da teoria curricular, trazem reflexos e influenciam na estrutura do conhecimento escolar e na formação dos profissionais de educação, no nosso caso, os profissionais da Geografia. Buscaremos, a partir destas questões chave explicitadas relacioná-las com o processo de reforma curricular da UNEB, à maneira como este currículo formal foi implementado, sendo os sujeitos envolvidos neste processo, os docentes do referido curso e como se dão as relações de poder, conflitos ideológicos, processos de (re)significação do conhecimento, estabilidades e mudanças do currículo em questão. Portanto, pensaremos as questões curriculares a partir do entendimento do currículo como uma construção social, uma teia de significados pautada nas questões sociais na construção do conhecimento escolar. Numa perspectiva do currículo enquanto agente político, ideológico e cultural, entrelaçado e transformado/construído cotidianamente através dos discursos, das relações de poder, superando a dicotomia, do embate surgido entre currículo prescrito e vivido, através do reconhecimento espaço-tempo como elemento central no crescimento dos estudos culturais acerca do currículo, destacando as influências dos estudos curriculares na formação dos profissionais de Geografia, a partir da reforma curricular na Universidade do Estado da Bahia ocorrida na primeira década deste século.


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NUNES, Marcone Denys dos Reis. Reforma curricular em geografia na Universidade do Estado da Bahia: construção social e o papel dos sujeitos em uma teia de significações entre o pensado e o possível. ORIENTADOR: PROF. DR. RAFAEL STRAFORINI. 2017. 260f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Geografia) - Departamento de Ciências Humanas, Campus IV, Universidade do Estado da Bahia, Jacobina, 2017.
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