A conversão do Cerrado em áreas agrícolas tem prejudicado a qualidade do solo devido ao uso de práticas de manejo convencionais, resultando na degradação dos atributos do solo e na redução da matéria orgânica e aumento da emissão de CO2. O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de distintos sistemas de manejo sobre os atributos químicos e biológicos do solo em áreas do Cerrado na Bahia. A pesquisa foi realizada no município de Correntina-BA. Foram estudadas três áreas com diferentes usos do solo: área de plantio direto, área de plantio convencional e área de cerrado nativo. As variáveis analisadas foram: macronutrientes (Ca, Mg, K e P), micronutrientes (B, Fe, Zn, Cu, Mn), Atividade enzimática (β-glucosidase e arilsulfatase), determinação da emissão de CO2, determinação da temperatura do solo e umidade. Os resultados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Para a avaliação da interação entre emissão de dióxido de carbono, C-CO2, temperatura do solo, t oC e umidade gravimétrica do solo Ug, foi utilizado os coeficientes de correlações de Pearson e para os gráficos utilizou-se o sigmaplot versão 10. Os resultados indicaram uma maior concentração de macronutrientes e micronutrientes no solo do sistema de plantio direto. No âmbito biológico, as enzimas β-glucosidase e arilsulfatase demonstraram maior atividade nesse sistema de manejo. A análise das emissões de CO2 revelou diferenças significativas, influenciadas tanto pelo sistema de manejo quanto pelo período do ano. A umidade surgiu como um fator determinante, associando os meses mais úmidos a menores emissões de CO2. Além disso, a temperatura também desempenhou um papel, destacando-se que os meses mais quentes resultaram em maiores emissões de CO2 nos sistemas de manejo adotados.