História contada: subjetividade, racismo e professoralidade na prática do conto dos ITAN dos Orixás

dc.contributor.advisorOliveira, Rosemary Lapa de
dc.contributor.authorCorreia, Ivonice Costa
dc.contributor.refereeBrandão, Diego Rodrigues
dc.contributor.refereeBorba, Valquíria Claudete Machado
dc.date.accessioned2025-10-02T14:56:52Z
dc.date.available2025-10-02T14:56:52Z
dc.date.issued2024-12-05
dc.description.abstractEste trabalho buscou investigar como a contação de história, a partir dos itans das religiões de matriz africana, pode desenvolver consciência racial e favorecer o diálogo para a afirmação identitária de crianças negras. A pesquisa teve como objetivo principal analisar como a contação de história dos itans, baseados nas religiões de matriz africana, contribui para o desenvolvimento de consciência racial e afirmação identitária de crianças negras.Como objetivos específicos, descrever experiências pessoais, de construção de apego pela contação de histórias para crianças negras, através do itan; discutir a construção da identidade docente de uma professora em formação (professoralidade), a lei 10.639/2003, os parâmetros curriculares (PCN) e a base nacional comum curricular (BNCC) para educação infantil com a educação pelos itans; refletir sobre os itans como prática pedagógica que contribua para uma educação brasileira antirracista e demais valores éticos. Para tanto, esta pesquisa se apoiou nos estudos de itan (Povoas, 2004), (Prandi, 2001), (Souza, 2013), (Reis, 2017), (Poli, 2019), narrativa autobiográfica (Souza, Passeggi e Vicentini, 2011), oralidade (Oliveira e Arapiraca 2022), (Brice, 2023), (Hampaté Bá, 1962), (Machado, 2000), Lei 10.639/03 (Planalto, 2003), racismo (Souza, 2021), (Santos, 2012), professoralidade (Pereira, 2016), (Schon, 1983), (Jesus e Carvalho, 2020), (Tardif e Raymond, 2000), e educação (Paulo Freire, 1996). Neste trabalho, são exploradas minhas experiências de racismos vivenciados na infância e adolescência, refletindo como essas violências moldaram a minha identidade, cultura, ancestralidade e prática pedagógica. A investigação proposta neste trabalho contempla uma pesquisa autobiográfica. A partir de uma abordagem antirracista, é analisada a importância de narrativas orais e mitológicas dos orixás como ferramentas educativas e de resistência, apoiadas na Lei 10.639/2003. Através da literatura oral, são estabelecidos diálogos sobre práticas educativas com mitos dos orixás, reconhecendo e celebrando a riqueza da cultura afro-brasileira. A hipótese para essa pesquisa é de que a contação de histórias tem uma perspectiva que revela o aprender, pois termina sempre com uma lição de vida, um ensinamento, mesmo que não seja revelado verbalmente no final. O trabalho busca-se integrar diferentes saberes e práticas por meio das experiências relatadas que buscaram favorecer a construção de uma educação inclusiva e reflexiva, protagonizando a ancestralidade dos orixás e seus significados para também combater o racismo. A conclusão é de que este trabalho visa contribuir para a efetivação da Lei 10.639/2003, com efeito relevante na formação de um espaço educativo que celebra a diversidade cultural e combate às desigualdades raciais, implementando reflexões críticas sobre a identidade e a subjetividade no contexto educacional no Brasil. Palavras-chave: Contação de História. Racismo. Professoralidade. Infâncias Negras.
dc.description.abstract2This study sought to investigate how storytelling, based on the itans of African-based religions, can develop racial awareness and foster dialogue for the affirmation of Black children's identities. The main objective of the research was to analyze how storytelling based on the itans, based on African-based religions, contributes to the development of racial awareness and identity affirmation among Black children. Specific objectives included describing personal experiences of building attachment through storytelling for Black children through the itan; discussing the construction of a pre-service teacher's teaching identity (professorality); Law 10.639/2003; the curriculum parameters (PCN) and the National Common Curricular Base (BNCC) for early childhood education with education through the itans; and reflecting on the itans as a pedagogical practice that contributes to an anti-racist Brazilian education and other ethical values.To this end, this research was supported by studies of itan (Povoas, 2004), (Prandi, 2001), (Souza, 2013), (Reis, 2017), (Poli, 2019), autobiographical narrative (Souza, Passeggi and Vicentini, 2011), orality (Oliveira and Arapiraca 2022), (Brice, 2023), (Hampaté Bá, 1962), (Machado, 2000), Law 10.639/03 (Planalto, 2003), racism (Souza, 2021), (Santos, 2012), professoriality (Pereira, 2016), (Schon, 1983), (Jesus and Carvalho, 2020), (Tardif and Raymond, 2000), and education (Paulo Freire, 1996). This work explores my experiences with racism during my childhood and adolescence, reflecting on how these acts of violence shaped my identity, culture, ancestry, and pedagogical practice. The research proposed in this work involves autobiographical research. From an anti-racist perspective, the importance of oral and mythological narratives of the orishas as educational and resistance tools is analyzed, supported by Law 10.639/2003.Through oral literature, dialogues are established about educational practices with myths of the orishas, recognizing and celebrating the richness of Afro-Brazilian culture. The hypothesis for this research is that storytelling has a perspective that reveals learning, as it always ends with a life lesson, a teaching, even if not revealed verbally at the end. The work seeks to integrate different knowledge and practices through reported experiences that seek to foster the construction of an inclusive and reflective education, highlighting the ancestry of the orishas and their meanings, while also combating racism. The conclusion is that this work aims to contribute to the implementation of Law 10.639/2003, with a significant impact on the formation of an educational space that celebrates cultural diversity and combats racial inequalities, implementing critical reflections on identity and subjectivity in the educational context in Brazil. Keywords: Storytelling. Racism. Teacherhood. Black Childhoods.
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.identifier.citationCORREIA, Ivonice Costa. História contada: subjetividade, racismo e professoralidade na prática do conto dos ITAN dos Orixás. Orientadora: Rosemary Lapa de Oliveira. 2025. 35f. Trabalho de conclusão de curso (Licenciatura em Pedagogia) - Departamento de Educação I, Campus I, Universidade do Estado da Bahia, Salvador - BA, 2025
dc.identifier.urihttps://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/9821
dc.identifier2.Latteshttp://lattes.cnpq.br/8815562574689406
dc.language.isopor
dc.publisherUniversidade do Estado da Bahia
dc.publisher.programColegiado de Pedagogia
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
dc.rights2Attribution-NoDerivs 3.0 Brazilen
dc.subject.keywordsContação de História
dc.subject.keywordsRacismo
dc.subject.keywordsProfessoralidade
dc.subject.keywordsInfâncias Negras.
dc.titleHistória contada: subjetividade, racismo e professoralidade na prática do conto dos ITAN dos Orixás
dc.title.alternativeStory told: subjectivity, racism and professorality in the practice of the tale of the ITAN of the Orixás
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis
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