Dor musculoesquelética por fator ergonômico associado em trabalhadores técnico-administrativos universitários
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Resumo
Objetivo: Estimar a prevalência de dor musculosquelética e seus fatores ergonômicos associados em servidores técnico-administrativos de uma universidade pública no Estado da Bahia. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal com servidores técnico-administrativos com mais de um ano na função e lotados no Departamento Ciências da Vida da Universidade do Estado da Bahia. Dados primários foram coletados de novembro de 2018 a junho de 2019. Foram utilizados os instrumentos Quick Exposure Check, o Questionário Nórdico de Sintomas Musculoesqueléticos e o Diagrama de Corlett & Manenica. Foram empregados os testes de X2 de Pearson ou de Fischer e foram considerados como estatisticamente significantes valores de p< 0,05. Resultados: A prevalência de dor musculosquelética foi elevada de modo geral. A população do estudo foi composta, majoritariamente, por indivíduos do sexo feminino, com idades variando entre 26 e 44 anos, cor da pele preta ou parda e com menos de 15 anos na instituição. O seguimento mais acometido foi o ombro, com a intensidade de moderada/alta. Observaram-se diferenças de proporção relacionadas aos riscos ergonômicos para homens na região dos ombros (p=0,040), para trabalhadores com 45 anos em função do estresse (p=0,036), para os terceirizados e comissionados na região do pescoço (p=0,038) e entre os que apresentavam sintomas depressivos em função do ritmo (p<0,001). Conclusão: A prevalência de dor musculoesquelética foi elevada e os fatores ergonômicos associados foram sexo, idade, vínculo de trabalho e sintomas depressivos. Os resultados ressaltam a necessidade de novos estudos e de investimentos para melhorar as condições de trabalho.