Ou nós vamos, ou a gente vai :a variação do pronome de primeira pessoa do plural na Bahia
dc.contributor.advisor | Lopes, Norma da Silva | pt_BR |
dc.contributor.author | Fonseca, Fernanda Figueira | |
dc.contributor.referee | Carvalho, Cristina dos Santos | pt_BR |
dc.contributor.referee | Araújo, Silvana Silva de Farias | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2022-09-14T16:48:22Z | |
dc.date.available | 2022-09-14T16:48:22Z | |
dc.date.issued | 2021-08-13 | |
dc.description.abstract | Este estudo sociolinguístico tem como foco a variação na expressão do pronome de primeira pessoa do plural como preenchimento do sujeito em sete mesorregiões do Estado da Bahia. Para o seu desenvolvimento, foram utilizados os pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista Laboviana, em interface com a Dialetologia (CARDOSO et al., 2014). Tomamos como objetivo investigar os grupos de fatores condicionantes para a escolha das variantes do fenômeno, buscando mapear como como essa variação se apresenta nas Mesorregiões da Bahia. Além disso, comparamos os resultados encontrados com outras análises, Lopes (1993), Omena (1996a, 1996b, 2003), Mendonça (2010), Foeger (2013), Mattos (2014), Vianna e Lopes (2015) sobre o mesmo fenômeno. O corpus alvo de observação são as entrevistas realizadas com 28 informantes, sendo 04 falantes da cidade escolhida de cada uma das mesorregiões baianas, a saber: Centro-Norte baiano (Irecê), Nordeste Baiano (Alagoinhas), Extremo Oeste Baiano (Barreiras), Vale São Franciscano Baiano, (Barra), Centro-Sul Baiano (Vitória da Conquista), Sul Baiano (Ilhéus) e Metropolitana de Salvador (Salvador), que são registradas pelo acervo do Projeto Atlas Linguístico do Brasil, o ALiB. A pesquisa em questão parte do estudo pioneiro de Omena (1996a, 1996b), que indica fatores linguísticos e sociais que condicionam o uso de a gente ao invés de nós. Corroborando as pesquisas de Omena (1996a, 1996b), as análises de Lopes (1993) mostram que fatores linguísticos e socioculturais estão inter-relacionados ao favorecimento do uso de a gente e afirma que essa forma já é implementada no Português Brasileiro. As variáveis controladas nesta pesquisa foram: paralelismo formal, saliência fônica, tempo/modo verbal, sexo, faixa etária e mesorregião. Os resultados gerais denotam que a forma a gente é a preferida pelos falantes das mesorregiões baianas – 71,7%. Verificamos como favorecedores da forma inovadora os seguintes contextos linguísticos e extralinguísticos, respectivamente: a) quanto ao Paralelismo Formal: (i) um antecedente a gente; (ii) o a gente em 1ª referência; b) quanto à Saliência Fônica: (i) quando a diferença entre a 3ª pessoa do singular e a 1ª pessoa do plural da forma verbal se restringe apenas acréscimo de -mos; c) quanto à variável Sexo, as mulheres são as propagadoras da variante; d) quanto à variável Faixa Etária, os jovens são os propulsores do a gente; e) quanto à variável Mesorregiões, são favorecedoras as mesorregiões Metropolitana de Salvador, Centro-Sul Baiano e Centro-Norte Baiano. A investigação da alternância nós e a gente demonstrou que, na variedade oral do português falado nas Mesorregiões baianas, assim como os resultados de diversas pesquisas sobre o fenômeno no português brasileiro, a ocorrência da forma a gente é bastante utilizada no lugar de nós e dá mostras de um crescente uso dessa forma, em sincronias futuras. | pt_BR |
dc.description.abstract2 | This sociolinguistic study focuses on the variation in the expression of the first-person plural pronoun as the subject's filling in seven mesoregions of the State of Bahia. For its development, the theoretical-methodological assumptions of Labovian Variationist Sociolinguistics were used, in interface with Dialectology (CARDOSO et al., 2014). Our objective is to investigate the groups of conditioning factors for the choice of the phenomenon's variants, seeking to map how this variation presents itself in the Mesoregions of Bahia. In addition, we compared the results found with other analyses, Lopes (1993), Omena (1996a, 1996b, 2003), Mendonça (2010), Foeger (2013), Mattos (2014), Vianna and Lopes (2015) on the same phenomenon. The corpus object of observation are the interviews carried out with 28 informants, being 04 speakers of the city chosen from each of the mesoregions of Bahia, namely: Center-North of Bahia (Irecê), Northeast Bahia (Alagoinhas), Far West of Bahia (Barreiras), Vale São Franciscano Baiano, (Barra), Center-South Baiano (Vitória da Conquista), Sul Baiano (Ilhéus) and Metropolitana de Salvador (Salvador), which are registered by the collection of the Linguistic Atlas Project of Brazil, the ALiB. The research in question is part of the pioneering study by Omena (1996a, 1996b), which indicates linguistic and social factors that condition the use of us instead of us. Corroborating the research by Omena (1996a, 1996b), the analyzes by Lopes (1993) show that linguistic and sociocultural factors are interrelated to favoring the use of a gente and states that this form is already implemented in Brazilian Portuguese. The variables controlled in this research were: formal parallelism, phonic salience, tense/verbal mode, gender, age group and mesoregion. The general results show that the people form is preferred by speakers of Bahia's mesoregions – 71.7%. We found that the following linguistic and extralinguistic contexts favored innovative form, respectively: a) regarding Formal Parallelism: (i) an antecedent to us; (ii) the people in 1st reference; b) as for the Phonic Salience: (i) when the difference between the 3rd person singular and the 1st person plural of the verbal form is restricted to the addition of -mos; c) as for the variable Sex, women are the propagators of the variant; d) regarding the Age group variable, young people are the people's drivers; e) as for the variable Mesoregions, the Metropolitan mesoregions of Salvador, Centro-Sul Baiano and Centro-Norte Baiano are favoring. The investigation of the alternation between nós and a gente showed that, in the oral variety of Portuguese spoken in the Mesoregions of Bahia, as well as the results of several researches on the phenomenon in Brazilian Portuguese, the occurrence of the form we are widely used in our place and gives shows an increasing use of this form, in future syncs. Key-Words: Sociolinguistics. ALIB. Nós and a gente. Bahian mesoregions. | EN |
dc.identifier.citation | FONSECA, Fernanda Figueira. Ou nós vamos, ou a gente vai: a variação do pronome de primeira pessoa do plural na Bahia. Orientador: Norma da Silva Lopes. 2021. 123 f. Dissertação(Mestrado em Estudos de Linguagens - PPGEL) - Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2021. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/20.500.11896/3266 | |
dc.identifier2.lattes | http://lattes.cnpq.br/2750123736247661 | pt_BR |
dc.language.iso | por | |
dc.rights | info:eu-repo/semantics/openAccess | en |
dc.subject | Sociolinguística | pt_BR |
dc.subject | ALiB | pt_BR |
dc.subject | Nós e a gente | pt_BR |
dc.subject | Mesorregiões baianas | pt_BR |
dc.title | Ou nós vamos, ou a gente vai :a variação do pronome de primeira pessoa do plural na Bahia | pt_BR |
dc.type | info:eu-repo/semantics/masterThesis | pt_BR |