A descentralização do sujeito na contemporaneidade, revelada em “A fúria do corpo”, narrativa de João Gilberto Noll
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Resumo
No século XX, ocorreu processualmente uma mudança nas formas de se relacionar socialmente. Os indivíduos, que antes se sentiam 'tranquilos' em seus mundos, com identidades "fixas', foram descentrados. Novos padrões identitários, plurais, cambiantes, permearam todos os estamentos sociais; maneiras pluridimensionais de enxergar-se e aos outros são postas em cena, o mundo perde o eixo. Na contemporaneidade os 'eus' vagam 'livremente' no turbilhão vertiginoso das transformações da globalização. 'Achar-se' é algo ingente. Esta sensação de 'inexistência', de deslizamento é refletida nas artes em geral. Na literatura, João Gilberto Noll, constrói em 'A Fúria do Corpo', o arrebatamento erótico da procura por um sentido no 'caos', por um paraiso perdido. As personagens revelam que o centro já não existe, somente a ansia, o desejo, a busca.