Esta dissertação – inserida na área de Gestão do Conhecimento – tem por objeto de estudo os elementos que constituem as relações de convivência no âmbito escolar, procurando, de início, contextualizar a estrutura da instituição escolar na sociedade contemporânea e os mecanismos da gestão democrática, em evidência, sobretudo a partir do processo democrático vivenciado pela educação, com a Constituição Federal de 1988 e a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Nº 9394/96. Em seguida, abordam-se os princípios e paradigmas da convivência humana, discutindo os conceitos de cultura, poder e linguagem, entrelaçando-os com a escola enquanto espaço social de convivências múltiplas. E, por fim, analisam-se, com base na técnica do grupo focal, as percepções dos profissionais de educação sobre o tema em foco, apresentando seus reflexos nas ações pedagógicas. O trabalho empírico foi desenvolvido a partir de uma abordagem qualitativa, onde o grupo de discussão dialoga sobre um tema em particular, ao receberem estímulos apropriados para o debate. Essa técnica distingue-se por suas características próprias, principalmente pelo processo de interação grupal, que é uma resultante da procura de dados qualitativos. Destaca-se que o grupo focal facilitou a abordagem dos elementos das relações de convivência, desconstruindo e reconstruindo conceitos e buscando novas respostas para as inquietações que o tema conjuga. A metodologia adotada para o desenvolvimento do estudo permitiu analisar, de um lado, a percepção que os profissionais da educação têm sobre gestão escolar, políticas educacionais, projeto pedagógico, colegiado escolar, eleição para dirigentes e, de outro, princípios, ideias e experiências, no que se refere às relações de convivência na escola. A pesquisa demonstrou que a percepção que os profissionais de educação têm sobre os constituintes das relações de convivência na escola interferem na ação pedagógica desenvolvida no âmbito escolar