A curva e a encruzilhada: a relação entre roça e universidade nos sertões da Bahia, na contemporaneidade

dc.contributor.advisorQueiroz, Delcele Mascarenhas
dc.contributor.authorMacêdo, Maria Dalva de Lima
dc.contributor.refereeNunes Neto, Francisco Antonio
dc.contributor.refereeFreitas, Nacelice Barbosa
dc.contributor.refereeCosta, Livia Alessandra Fialho da
dc.contributor.refereeMattos, Wilson Roberto de
dc.date.accessioned2022-07-26T14:21:30Z
dc.date.available2022-07-26T14:21:30Z
dc.date.issued2020-09-23
dc.description.abstractA pesquisa trata da relação entre roça e universidade na contemporaneidade, nos sertões da Bahia. Objetiva responder qual o impacto da universidade na roça, no tocante aos processos de desterritorialização-reterritorialização versus políticas de “fixação do homem ao campo”. Fundamentada na História Oral e em Epistemologias do Sul, apresenta a escrita a partir do diálogo entre teoria e experiência, tendo as narrativas dos entrevistados como fonte principal, e, de forma metafórica, compara o acesso à universidade a curva e a encruzilhada do caminho. Nesta perspectiva, e considerando minha própria experiência de mulher negra da roça, me coloco como copartícipe dos sujeitos pesquisados. O trabalho apresenta a roça enquanto território híbrido, originado da fusão de negros, indígenas e brancos empobrecidos, cuja forma de estar no mundo configura uma cultura negra resultante da transferência de parte do patrimônio cultural de Àfrica para o Brasil; a roça que, em sucessivos processos de desterritorialização-reterritorialização em diferentes bases materiais, se multiterritorializa através de corpos em movimento e difere do conceito científicofilosófico de campo, escapando do sentido semantizador universal. A universidade é apresentada a partir de duas reformas: a do período militar e aquelas do período lulista. A relação entre universidade e roça é avaliada pelo duplo movimento de oferta e acesso. Neste contexto, o formato multicampi da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) representa um ganho para a roça, e, embora exija o deslocamento dos corpos da roça até a universidade, significa para estes corpos possibilidades de multiterritorializar-se. Contudo, a roça não é vista pela universidade, ao contrário, ambas se encontram em lados opostos da linha abissal que separa o conhecimento em válido (universidade) e invisível (roça). Validar o conhecimento produzido e reproduzido pela roça, contribuindo para a multiterritorialização e para a descolonização dos corpos dos seus sujeitos, constitui o desafio da relação entre roça e universidade.pt_BR
dc.description.abstract2This research deals with the relation between roça (countryside) and university during contemporaneity, in the backlands from Bahia. It aims to reflect about the university impact in the roça, regarding the de and re-territorialisation versus the policies on keeping people in the countryside . It was grounded in Oral History and in Epistemology of the South; it shows the writing from the dialogue between theory and experience and the main resource is the interviewed narratives, and, as a metaphor, it compares the university access to a bend and a fork in the road. In this perspective, and also considering my own experience as a black human from roça, I put myself as a coparticipant of the individuals surveyed. This research presents roça as a hybrid territory, arisen from the fusion of black, indigenous and impoverished white people, whose way of being-in-the-world sets black culture as a result of the transfer of part of cultural heritage from Africa to Brazil; roça where, in successive processes of de and re-territorialisation in different material beses, multi-territorialize themselves through the bodies in movement and differs from the philosophical- scientific concept of countryside, ruling out the universal semantized sense. The university is presented from two reforms: military period and the period ruled by president Lula. The relation between university and roça is assessed by the dual trend of supply of and access to. In this context, the multi campi format of the State University of Bahia (UNEB) represents a benefit to the roça and it calls for the displacement of bodies from roça to the university, what means to those bodies possibilities of multi territorialize themselves. However, roça is not seen by the university, on the contrary, both meet themselves in opposite sides of the abyssal line which sets apart the knowledge in valid (university) and invisible (roça). Validating the knowledge produced and reproduced by roça, contributing to the multi territorialization and to decolonization of the individuals’ bodies, makes up the challenge of the relation between roça and university.
dc.identifier.citationMACÊDO, Maria Dalva De Lima. A curva e a encruzilhada: a relação entre roça e universidade nos sertões da Bahia, na contemporaneidade. Salvador, 2020. 241 fls. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação e Contemporaneidade (PPGEDuC). Departamento Educação, Campus I, Universidade do Estado da Bahia. Salvador, 2020.
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/20.500.11896/2670
dc.identifier2.Latteshttp://lattes.cnpq.br/3556468946668299
dc.language.isopor
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccessen
dc.subject.keywordsRoçapt_BR
dc.subject.keywordsUniversidadept_BR
dc.subject.keywordsReterritorializaçãopt_BR
dc.subject.keywordsDescolonizaçãopt_BR
dc.titleA curva e a encruzilhada: a relação entre roça e universidade nos sertões da Bahia, na contemporaneidadept_BR
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesispt_BR
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
A curva e a encruzilhada a relação_Maria Dalva Macêdo.pdf
Tamanho:
6.71 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.58 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: