Água, elemento essencial à vida, tanto nos aspectos biológicos como econômicos e sociais vem ao longo da história sofrendo ações antrópicas inconseqüentes incitada pela aparente abundância que aliados as variações na precipitação hidrológica, aumento da população e demanda, justificam o cenário de escassez e estresse hídrico qualiquantitativo. Dada sua importância este recurso hídrico deve ser gerenciado estrategicamente para promover o desenvolvimento econômico, mas principalmente garantir a sobrevivência da vida. Nesse sentido, os governantes devem projetar e executar ações direcionadas à solução de seus problemas. Neste paradigma, o estado da Bahia realiza programas de educação ambiental na tentativa de mobilizar e capacitar a população à participação na tomada de decisões e resolução de problemas. Esse trabalho se propõe a avaliar esse processo no município de Antônio Gonçalves, município integrante da bacia hidrográfica do Itapicuru, analisando o papel dos multiplicadores ambientais formados no programa de educação Ambiental – PEACS Itapicuru. Para tal finalidade foram apresentados os conceitos teóricos e breves históricos da política nacional e estadual de recursos hídricos, gestão de recursos hídricos, além de relatar as experiências baianas PEACS e PEAS (programa de Educação Ambiental para sustentabilidade). A metodologia utilizada na pesquisa envolve uma pesquisa de campo numa abordagem qualiquantitativa de cunho descritivo, foram realizadas além de levantamento bibliográfico, visitas e consulta aos arquivos do Ingá de Senhor do Bonfim e Salvador, foi aplicado questionário semi estruturado a vinte das trinta e oito pessoas participantes do curso de formação de lideres ambientais do PEACS. Os resultados constataram que os entrevistados conhecem bem os problemas dos recursos hídricos no município, no entanto, o curso de capacitação realizado não foi capaz de estimular práticas e ações que favorecem o sentimento de corresponsabilidade das pessoas e o envolvimento em ações de caráter comunitário uma vez que apenas 5% dos entrevistados participam de reuniões promovidas pelo Comitê de Bacias do Alto e Médio Itapicuru.