“Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”: o impacto do trio elétrico no carnaval soteropolitano (1951-1975).
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Resumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar o surgimento e o processo de consolidação do trio elétrico no carnaval soteropolitano entre os anos 1951-1975. O carnaval em Salvador ao longo do tempo se configurou como um espaço marcado pelas constantes disputas por participação social, e o trio elétrico surge nessa festa em um momento de acirramento dessas disputas. Motivado pelo desfile do clube carnavalesco pernambucano, Vassourinhas, nas ruas da capital baiana no início da década de 1950, o trio elétrico possui duas datas para sua primeira apresentação no carnaval soteropolitano e teve uma participação ativa no processo de reconfiguração do modelo festivo por qual passou o carnaval em Salvador entre os anos 50 e 70 do século XX. Este trabalho “conta” uma história do trio elétrico no carnaval soteropolitano nos 25 anos iniciais de participação do mesmo nessa festa, a partir das narrativas de jornais soteropolitanos do período. Também utilizamos obras bibliográficas que versam sobre o carnaval de Salvador e memórias que possibilitam perceber a dinâmica dessa festa e a atuação do trio elétrico na mesma. Inserido em um contexto de transformações no carnaval da capital baiana, o trio elétrico em 25 anos conseguiu um papel de destaque nessa festa, sendo apropriado e transformado em expressão carnavalesca caracterizadora do carnaval soteropolitano, uma importante ferramenta na promoção turística e um ícone dessa festa.