Arlindos e negros: o nome próprio em uma irmandade de cor na Bahia dos séculos XIX e XX

dc.contributor.advisorCoelho, Juliana Soledade Barbosa
dc.contributor.authorSouza, Hirão Fernandes Cunha e
dc.contributor.refereeAlmeida, Aurelina Ariadne Domingues
dc.contributor.refereeSantos, Elisângela Santana dos
dc.contributor.refereeSantos, Lucas Campos
dc.contributor.refereeSilva, Jorge Augusto Alves da
dc.date.accessioned2025-03-26T17:08:07Z
dc.date.available2025-03-26T17:08:07Z
dc.date.issued2017-09-17
dc.description.abstractA presente Tese teve como escopo realizar um estudo sobre os antropônimos existentes em uma inédita base de dados, isto é, os requerimentos de entrada de novos sócios da Sociedade Protetora dos Desvalidos, uma irmandade de cor, criada em Salvador, no século XIX. Para realizar tal propósito, foi necessário voltar no tempo e entender como surgiram os antigos sistemas de nomeação, ou seja, o latino e o germânico, as mudanças sofridas em cada um deles e, por fim, como se deram essas mudanças, dando origem a outras práticas de nomeação, tomando como base o aporte teórico de vários autores, a exemplo de Câmara Jr. (1975), Piel (1960), Bourin (2001), Castro (2006) e Carvalhinhos (2007). Fez-se necessário também mostrar como as novas práticas de nomeação foram se desenvolvendo (expandindo para outras áreas fora da Europa) e como se deu a criação de leis para recepcionarem essas práticas. Além disso, objetivou-se trazer à baila a discussão sobre a antroponímia dessa parcela negra da população de Salvador, para tentar explicar, sociohistoricamente, o porquê de esses negros terem recebido, em sua maioria, nomes de origem europeia em detrimento de seus nomes de procedência africana. Para alcançar tais objetivos, os antropônimos foram catalogados e analisados, somando um montante de 649 prenomes, e foi feita uma pesquisa de cunho etimológico, buscando a origem dos nomes levantados a partir do confronto entre os dados extraídos do corpus e os dados fornecidos pelo Dicionário etimológico da língua portuguesa: nomes próprios, de Antenor Nascentes, de 1952, e pelo Dicionário onomástico etimológico da lingua portuguesa, de José Pedro Machado, de 2003. Como esperado, pelos resultados alcançados, percebeu-se que foi mantida a tradição lusa, já que a maioria dos antropônimos seguiu a prática portuguesa de nomear. No entanto, como meta última de análise, tencionou-se também identificar a possível presença de prenomes destoantes da tradição e, pelos dados, foi possível perceber que, mesmo com a forte presença dessa tradição nos antropônimos da SPD, constatou-se uma encurtada mudança, com a ocorrência de 22 antropônimos considerados neológicos, uma quantidade pequena, diga-se de passagem, mas que já mostra uma pequena fissura nessa tradição e aponta novos caminhos para os estudos antroponímicos no Brasil.
dc.description.abstract2Esta tesis tuvo como objetivo realizar un estudio sobre antropónimos existentes en una base de datos inédita, es decir, los requisitos de entrada de nuevos miembros de la Sociedad Protectora de Desfavorecidos, una hermandad de color, fundada en Salvador, en el siglo XIX. Para lograr este propósito, fue necesario volver al tiempo y entender la forma en que se produjo el sistema de nomenclatura antigua, o sea, el latín y la germánica, los cambios sufridos em cada uno de ellos, y finalmente, cómo ocurrieron estos cambios, dando origen a otras prácticas de denominación, tomando como base el aporte teórico de varios autores, a ejemplo de Câmara Jr. (1975), Piel (1960), Bourin (2001), Castro (2006) y Carvalhinhos (2007). Era necesario también mostrar cómo las nuevas prácticas de nomenclatura fueron desenrollándos e (la expansión a otras zonas fuera de Europa) y cómo ocurrió la creación de leyes para recibir estas prácticas. Además, el objetivo era abrir el debate sobre la antroponímia de esta porción negra de la población de Salvador, para intentar explicar, sócio históricamente, ¿por qué estos negros recibieron, en su mayoría, los nombres de origen europeo en lugar de sus nombres de origen africana? Para lograr estos objetivos, antropónimos fueron catalogados y analizados, sumando um total de 649 nombres de pila, fue hecha una pesquisa de naturaliza etimológica, buscando el origen de los nombres recaudados a partir de la confrontación entre los datos extraídos del corpus y los datos disponibles en el Diccionario etimológico de la lengua portuguesa: nombres de pila, Antenor Nascentes, 1952, y en el Diccionario etimológico onomástico de la lengua portuguesa, José Pedro Machado, 2003. Como era de esperar, por los resultados obtenidos, se dio cuenta de que se mantuvo la tradición portuguesa, ya que la mayoría de los antropónimos siguieron la práctica portuguesa de nombrar. Sin embargo, como la última meta-análisis, se propuso también a identificar la posible presencia de prenombres disonantes de la tradición y porlos datos, podemos ver que incluso con la fuerte presencia de esta tradición en los antropónimos SPD, hubo un corto cambio con la ocurrencia de 22 antropónimos considerados neológicos, una pequeña cantidad, por cierto, pero ya muestra una pequeña grieta en esta tradición y señala nuevos caminos para estudios antroponímicos en Brasil. -
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dc.identifier.citationSOUZA, Hirão Fernandes Cunha. Arlindos e negros: o nome próprio em uma irmandade de cor na Bahia dos séculos XIX e XX. Orientadora: Juliana Soledade Barbosa Coelho. 2017. 483f. Tese (Doutorado em Língua e Cultura, Universidade Federal da Bahia). Departamento de Ciências Humanas, Campus IV, Universidade do Estado da Bahia), Jacobina-BA, 2017.
dc.identifier.urihttps://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/7958
dc.language.isopor
dc.publisherUNEB
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/
dc.rights2Attribution 3.0 Brazilen
dc.subject.keywordsSociedade Protetora dos Desvalidos
dc.subject.keywordsPopulação negra
dc.subject.keywordsAntropônimos neológicos.
dc.titleArlindos e negros: o nome próprio em uma irmandade de cor na Bahia dos séculos XIX e XX
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis
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