Nos traços da mulher: a menina negra na literatura infantil negro-brasileira

creativework.keywordsRepresentação
creativework.keywordsMenina Negra
creativework.keywordsEditora Mazza
creativework.keywordsLiteratura infantil negro-brasileira
creativework.keywordsEscrita feminina negra
dc.contributor.advisorOliveira, Sílvio Roberto dos Santos
dc.contributor.authorSantos, Shirlene Almeida dos
dc.contributor.refereeOliveira, Sayonara Amaral de
dc.contributor.refereeSouza, Marcos Aurélio dos Santos Souza
dc.date.accessioned2017-07-05T14:06:43Z
dc.date.available2017-07-05T14:06:43Z
dc.date.issued2016-04-29
dc.description.abstractNo imaginário infantil, comumente, as histórias se iniciam com a célebre frase “Era uma vez”, em geral sucedida pela descrição da princesa apresentada como bondosa, bonita, sábia e de pele clara que supera os infortúnios vindouros, se apaixona e vive feliz para sempre. A literatura infantil está repleta de representações como essas, que se consolidaram ao longo do tempo e contribuíram para a ausência dos negros no cenário literário e/ou para uma representação objetificada, historicamente iniciada com o processo escravagista, fortalecendo, assim, a proliferação de uma série de estereotipia em relação ao negro. Quando analisamos a presença do negro, mais especificamente da menina negra na literatura, descobrimos que a maior parte das produções foi feita por brancos representando personagens negras como verdadeiras caricaturas, pois, de acordo com Cuti (2010), os autores brancos se recusam a abandonar sua brancura no ato da produção literária, logo, não acessam a subjetividade negra. Para estar no lugar do outro, para tentar traduzir o outro é necessário um desprendimento de si mesmo. Mediante tais constatações buscamos outras formas de ler a menina negra na literatura infantil e julgamos que ninguém melhor para falar das meninas negras de agora do que as meninas negras de outrora (mulheres). As mulheres negras possuem a experiência de menina negra já vivida e o anseio de representações futuras. A mulher negra quando escreve pensa em todo seu coletivo. A literatura escrita por negros sobre os negros possui muitos objetivos, dentre eles, o de combater o racismo e a estereotipia. A literatura negra é o grito dos que tinham direito apenas ao sussurro, é a voz dos ditos marginais, é a escrita das suas experiências e questões. É a voz de homens, mulheres e crianças negras. O presente trabalho objetivo de analisar o que as mãos negras femininas têm produzido e como estas produções têm representado as meninas negras. E, diante da impossibilidade de analisar a representação da menina negra em toda historiografia literária brasileira, encontramos a editora Mazza, que publica obras infantis produzidas por negros, sobre negros, intencionando libertá-los dos estereótipos, empoderando-os. Por conseguinte, analisamos dez obras da editora Mazza escritas por mulheres negras representando personagens negras, a fim de verificar como os estereótipos marginalizantes, racistas e sexistas preconceituosos estão sendo desconstruídos. Martha Rodrigues, Madu Costa, Nilma Lino Gomes, Maria do Carmo Galdino, Patrícia Santana, Iris Amâncio e Kiusam de Oliveira são os nomes das escritoras negras que tem produzido textos literários que colocam em evidência as meninas negras, sua história, sua estética, sua religião, sua cultura e suas demandas. Este movimento de desconstrução, auto afirmação, combate ao racismo, escrita negra e propagação de novas representações negras se constitui em uma onda chamada de “nós por nós” (se a história é sobre o negro, deixem que eles segurem a caneta). Imbricado neste movimento de resistência foi que esta pesquisa bibliográfica insurgiu. Consideramos que esta discussão auxiliará no fortalecimento da premissa de que a história da escritora/menina negra não pode passar em branco.pt_BR
dc.description.abstract2In the children's imagination, often, the stories begin with the famous phrase "Once upon a time" generally succeeded by the description of the Princess presented as kind, beautiful, wise and clear skin that overcomes the coming misfortunes, falls in love and lives happily ever. Children's literature is replete with representations as these, which have been consolidated over time and contributed to the absence of blacks in the literary scene and / or an objectified representation historically started with the slave process, strengthening thus the proliferation of series of stereotyping in relation to black. When we analyze the presence of black, more specifically the black girl in the literature, we found that most of the production was done by white representing black characters like true cartoons because, according to Cuti (2010), white authors refuse to leave its whiteness in the act of literary production, so do not access the black subjectivity. To be in the place of the other, to try to translate the other a detachment from self is necessary. Upon such findings we seek other ways of reading the black girl in children's literature and believe that no one better to talk about black girls now than black girls of yore (women). Black women have a black girl experience already experienced and the longing for future representations. The black woman when he writes thinks of all his collective. The literature written by black on black has many goals, among them, to fight racism and stereotyping. The black literature is the cry of those who were entitled only to whisper, is the voice of marginal said, is the writing of his experiences and issues. It is the voice of men, women and black children. This study aims to analyze what the female black hands have produced and how these productions have represented the black girls. And, given the impossibility of analyzing the representation of the black girl in the whole Brazilian literary historiography, we find the Mazza publisher, which publishes children's books produced by black on black, intending to release them from stereotypes, empowering them. Therefore, we analyzed ten works of Mazza editor written by black women representing black characters in order to verify how the marginalizing stereotypes, racist and sexist bigots are being deconstructed. Martha Rodrigues, Madu Costa, Nilma Lino Gomes, Maria do Carmo Galdino, Patricia Santana, Iris Amancio and Oliveira Kiusam are the names of black writers who have produced literary texts which show black girls, its history, its aesthetics, its religion, their culture and their demands. This movement of deconstruction, self affirmation, combating racism, black writing and spread of new black representations constitutes a call wave of "us by us" (the story is about the black, let them hold the pen). Imbricated in this resistance movement was that this literature rebelled. We believe that this discussion will assist in strengthening the premise that the story of writer / black girl can not go unchallenged. Keywords: Children's literature; Black-brazilian; Black women writing; Representation; Black girl; Publisher Mazza
dc.identifier.citationSANTOS, Sirlene Almeida dos. Nos traços da mulher: a menina negra na literatura infantil negro-brasileira. Orientador: Silvio Roberto dos Santos Oliveira. 247f.Dissertação(Mestrado em Estudos de Linguagens), Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Ciências Humanas,(DCH), Campus I, Salvador, 2016.
dc.identifier.urihttps://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/529
dc.identifier2.latteshttp://lattes.cnpq.br/3055332337007195
dc.language.isopor
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccessen
dc.titleNos traços da mulher: a menina negra na literatura infantil negro-brasileirapt_BR
dc.title.alternative2In the traces off women: the black girl in afro-brazilian children's literature
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesispt_BR
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