Um novo ordenamento mundial, surgido a partir de conferencias realizadas no mundo a partir da década de 1970, que trataram de alertar a população do planeta com referência aos cuidados que se deve ter na manutenção dos recursos naturais e da preservação ambiental, com ênfase na busca da perenidade das águas, nos levou a realizar este trabalho na busca de colaborar com o município de Miguel Calmon, no entendimento dessa dinâmica e na modificação das práticas para melhor conseguir essa preservação tão necessária. Verificamos a princípio o ordenamento legal e como e onde começou a surgir a legislação pertinente ao caso de águas e seu gerenciamento, bem como a regulação da convivência das pessoas com os recursos hídricos, bem como o entendimento do recorte territorial bacia hidrográfica como unidade geográfica para a prática das ações. Chamou-nos bastante atenção o fato de o município de Miguel Calmon contar com uma unidade de conservação, o Parque Estadual de Sete Passagens, que trata com muita responsabilidade da fauna e flora existentes na sua área de atuação e no seu entorno, além de garantir com essas práticas a conservação das águas nascidas em seus domínios, garantindo por muito mais tempo a disponibilidade desse valioso recurso, e, assim sendo, procuramos com nossa pesquisa entender como se dá esse fenômeno, pois percebemos que dentro da área do parque as águas são mais abundantes e à medida que se afasta da zona do PESP esse recurso natural começa a escassear. Então pesquisando, entendemos que apesar de a população do entorno do parque e os moradores do vale do Rio Canabrava, mesmo que alguns entendam como importante, não praticam na sua totalidade ações de preservação ambiental capaz de manter preservada a bacia da qual se beneficiam com água para agricultura, consumo humano e dos animais. Pesquisando literatura a respeito, percebemos ser a unidade de conservação um aparato legal capaz de estabelecer normas e critérios de gestão ambiental participada além de conseguir promover, juntamente com o poder público ações de informação e educação ambiental capazes de modificar a situação de inércia com relação a preservação do meio ambiente e passar da teoria à prática de ações corretivas e preservativas com relação ao meio ambiente de forma sustentável. Defendemos a ideias, em nossas observações de que a escola, também é grande responsável por ações modernizadoras de práticas de conservação ambiental, saindo a campo para praticar e ensinar aos seus jovens a importância prática da conservação ambiental principalmente no que diz respeito a ações preventivas. Finalmente entendemos que a experiência e as práticas adotadas pelo PESP na conservação ambiental, precisa sair dos domínios do parque e se estender a todas as áreas do município, principalmente na conservação das bacias existentes na área adjacente do parque local que se constitui em uma província hidrológica com um potencial hídrico muito significativo para o município de Miguel Calmon e sua população.