A hora dos reis barbudos: a ficção de José J. Veiga e o discurso do realismo fantástico

dc.contributor.advisorAraújo, Jorge de Souza
dc.contributor.authorMenezes, Adriano Antônio Lima
dc.date.accessioned2025-01-21T14:30:03Z
dc.date.available2025-01-21T14:30:03Z
dc.date.issued2003
dc.description.abstractA segunda metade do século XX foi a responsável pelo maior contato entre as literaturas dos países latino-americanos. As décadas de 60 e 70, no Brasil, assim como em quase toda a América Latina, foram marcadas por um sistema político ditatorial, em que predominavam a censura e a perda de liberdade de expressão. O romance "engajado" da primeira metade do século XX já entrara em crise, sendo aprimorado um novo estilo, que buscava o real no maravilhoso, tal qual definiu o cubano Alejo Carpentier, ou um realismo mágico do imaginário indígena, para o guatemalteco Miguel Angel Astúrias, ou ainda um realismo fantástico, definido pelo argentino Júlio Cortázar. Nesse contexto, José J. Veiga (1915-1999), escritor brasileiro, publicou seus primeiros romances: A Hora dos Ruminantes (1966) e Sombras de Reis Barbudos (1972). A priori, o fantástico de suas obras pode ser buscado não no momento de hesitação ou dúvida entre o real e o irreal, ou o natural e o Sobrenatural; mas no efeito resultante do confronto entre duas realidades possíveis na ficção: realidade referencial (realista) e realidade "irreal" [fantástica). Ele se manifesta como um jogo, onde se constrói um universo, um mundo "real", baseado nas realidades "possíveis" da ficção; ao mesmo empo em que empresta "realidade" contextual a algo "irreal", para a Experiência referencial do leitor. De qualquer modo, utilizando o fantástico não apenas como hesitação, José J. Veiga dialoga com seus contemporâneos latino-americanos, ao misturar elementos do imaginário local e regional com o universal; elementos de uma linguagem coloquial com uma linguagem trabalhada; caracterizando, também, a situação política de um país, um continente ou mesmo do mundo, através de vilarejos do interior do Brasil.
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.identifier.citationMENEZES, Adriano Antônio Lima. A hora dos reis barbudos: a ficção de José J. Veiga e o discurso do realismo fantástico. Orientador: Jorge de Souza Araújo. 2003. 111f. Dissertação. (Mestrado em Literatura e Diversidade Cultural, da Universidade Estadual de Feira de Santana-BA). Departamento de Ciências Humanas, Campus IV, Universidade do Estado da Bahia, Jacobina-BA, 2003.
dc.identifier.urihttps://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/7247
dc.language.isopor
dc.publisherUNEB
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/
dc.rights2Attribution 3.0 Brazilen
dc.subject.keywordsEstudos literários
dc.subject.keywordsRealismo fantástico
dc.subject.keywordsLiteratura
dc.titleA hora dos reis barbudos: a ficção de José J. Veiga e o discurso do realismo fantástico
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesis
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